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Um Toque De Clássicos: Marx, Durkheim E Weber

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Por:   •  15/10/2014  •  791 Palavras (4 Páginas)  •  683 Visualizações

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Um toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber

O texto aborda as ideias dos pensadores que mais se destacaram na Sociologia, fundamentais para os estudantes da Saúde Coletiva.

Na última parte da série sobre o livro “Um toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber”, vamos abordar os temas e ideias centrais da obra de Max Weber.

À época de Max Weber, travava-se na Alemanha um acirrado debate entre a corrente até então dominante no pensamento social e filosófico, o positivismo, e seus críticos. O objeto da polêmica eram as especificidades das ciências da natureza e do espírito e, no interior destas, o papel dos valores e a possibilidade da formulação de leis.

Mas foram Marx e Nietzsche, reconhecidos pelo próprio Weber como os pensadores decisivos de seu tempo, aqueles que, segundo alguns biógrafos, tiveram maior impacto sobre a obra do sociólogo alemão. A influência de Marx evidencia-se no fato de ambos terem compartilhado o grande tema - o capitalismo ocidental - e dedicado a ele boa parte de suas energias intelectuais, estudando-o da perspectiva histórica, econômica, ideológica e sociológica. Weber propôs-se a verificar a capacidade que teria o materialismo histórico de encontrar explicações adequadas à história social, especialmente sobre as relações entre a estrutura e a superestrutura.

Em suma, procurou compreender como as ideias, tanto quanto os fatores de ordem material, cobravam força na explicação sociológica, sem deixar de criticar o monismo causal que caracteriza o materialismo marxista nas suas formas vulgares.

Weber endossa o ponto de vista segundo o qual as ciências sociais visam a compreensão de eventos culturais enquanto singularidades. O alvo é, portanto, captar a especificidade dos fenômenos estudados e seus significados. Mas sendo a realidade cultural infinita, uma investigação exaustiva, que considerasse todas as circunstâncias ou variáveis envolvidas num determinado acontecimento, torna-se uma pretensão inatingível. Por isso, o cientista precisa isolar, da “imensidade absoluta, um fragmento ínfimo”: que considera relevante. O critério de seleção operante nesse processo está dado pelo significado que certos fenômenos possuem, tanto para ele como para a cultura e a época em que se inserem. É a partir da consideração de ambos os registros que será possível o ideal de objetividade e inteligibilidade nas ciências sociais.

A concepção de sociedade construída por Weber implica numa separação de esferas - como a econômica, a religiosa, a política, a jurídica, a social, a cultural - cada uma delas com lógicas particulares de funcionamento. O agente individual é a unidade da análise sociológica, a única entidade capaz de conferir significado as suas ações.

É nas ações e no sentido que o agente lhes confere que se atualiza a lógica de cada uma das esferas da vida em sociedade, e é a partir do contexto significante da ordem na qual uma ação individual está inserida que poderemos compreender sociologicamente seu significado.

Uma das questões colocadas à Sociologia é a que se refere à persistência das

relações sociais. O que pode levar a que o conteúdo dessas relações ou elas próprias se mantenham? Dito de

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