UM TOQUE DE CLASSICOS - Marx,Durkheim,Weber
Por: lilicaalmeida • 16/3/2017 • Resenha • 2.267 Palavras (10 Páginas) • 2.338 Visualizações
UM TOQUE DE CLASSICOS[1]
Marx,Durkheim,Weber
Elisangela Vieira
Apresentação
O presente trabalho que se segue tem como objetivo descrever de maneira sucinta e clara o segundo capítulo do livro Um Toque de Clássicos - Marx – Durkheim – Weber. Entretanto se faz necessário também compreender e descrever o que as autoras nos traz no item introdução deste livro, para melhor entendimento do que se segue. O livro é dividido em três capítulos, onde cada capitulo nos traz as concepções teóricas, implicações no contexto histórico da sociologia, na perspectiva de vida social compreendida pelos autores; Marx; Durkheim e Weber, sendo este o segmento das divisões dos capítulos.
Antes de iniciar propriamente a resenha descritiva da introdução e do segundo capitulo deste livro, que corresponde aos apontamentos teóricos do autor Durkheim, é relevante conhecer quem são as autoras no que diz respeito ao conhecimento na área e suas contribuições no meio onde se configura esta obra.
Autoras do livro:
- Tania Barbosa Quintaneiro
Nome em citações bibliográficas – QUINTANEIRO,Tania
Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (1974) e graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (1972). Professora aposentada do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Atua nas áreas de teoria sociológica clássica. Pesquisa a política interamericana e a atuação do Estado, com ênfase nas relações entre o Brasil, os Estados Unidos e América Latina no período da Segunda Guerra Mundial. Pesquisa relações de gênero por meio da produção de viajantes estrangeiros ao Brasil no século XIX. Tem se dedicado especialmente ao estudo da sociologia de Norbert Elias.
- Maria Ligia de Oliveira Barbosa
Nome em citações bibliográficas - BARBOSA, M. Ligia O.;BARBOSA, MARIA LIGIA DE OLIVEIRA
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1B - CA CS - Antrop., Arqueol., C. Política, Direito, Rel. Internacionais e Sociologia. Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (1977) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (1993). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordena o LAPES (Laboratório de Pesquisa em Ensino Superior/UFRJ/CNPq).Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: desigualdades sociais, hierarquias sociais, ensino superior e profissões, politicas públicas. Vice-Presidente para América Latina do RC04 - Sociology of Education - da ISA (International Sociological Association) 2010-2014 e 2014-2018. Vice Presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia 2015-2017.
- Maria Gardênia Monteiro de Oliveira
Nome em citações bibliográficas – OLIVEIRA, M. G. M.
Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais(1973) e mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais(1986). Atualmente é Professora Assistente do Centro de Ensino Superior Promove. Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Políticas Públicas.
Introdução
A Introdução do livro “Um Toque de Clássicos”, as autoras nos traz um apanhado de informações necessárias para o entendimento do contexto histórico no qual emerge a sociologia, na tentativa de compreender a vida social e apontar possibilidades de transformações a partir de fatos históricos que influenciaram nessa visão e perspectiva de vida coletiva, que apresenta a necessidade de compreensão de questões sucintas que são tão antigas quanto a humanidade.
O texto decorre sobre a sociologia, que como campo de estudo cientifico nasceu na tentativa de explicar o “caos” em que a sociedade se encontrava principalmente a partir do século XIV, onde a instabilidade era marca registrada da modernidade europeia, alicerçadas em três principais correntes de pensamento; O racionalismo; O empirismo e o iluminismo. Às mudanças econômicas, políticas e sociais que acontecem decorrente da industrialização, bem como dos antecedentes intelectuais da sociologia são os principais aspectos tratados no decorrer desse texto.
As primeiras reflexões mais sistemáticas sobre a sociedades se deu decorrente da revolução industrial, iniciada na Inglaterra no ano de 1750, onde surgem os novos grupos sociais; a burguesia e o proletariado, neste contexto se consolida um novo tipo de estrutura social; o modelo capitalista e paralelamente a ele, instaura-se a modernização da agricultura, que impulsiona o êxodo de famílias que buscavam por melhores condições de vida e de trabalho.
Concomitantemente a esse processo ocorre o crescimento de forma desordenada das cidades, e começam a aparecer os problemas da urbanização sem planejamento nem estrutura, como a fome, a falta de saneamento, doenças, alta taxa de criminalidade, etc. Porem essas situações atingiam quase que prioritariamente os menos abastados financeiramente, esta condição foi sendo amenizada somente próximo do século XVIII, com o advento das revoluções industrial e agrícola na Inglaterra.
As péssimas condições de trabalho, aliada a cargas horárias absurdas entre outros fatores foram responsáveis pela baixa expectativa de vida dos trabalhadores que em sua maioria não ultrapassava os 20 anos de idade, neste contexto crianças trabalhavam com jornada de trabalho igual a de adultos, distinguindo-se apenas no que se referia ao salário que em geral, constituía de metade do salário de um adulto. Essa situação somente teria uma “melhora” nas fabricas têxteis na Inglaterra a partir de 1933, proibindo crianças de trabalharem no período noturno, para que esse tempo fosse utilizado nos estudos.
Ocorrem também neste período importantes mudanças na instituição familiar, em questões por exemplo no que diz respeito ao controle das propriedades por parte das mulheres e autonomia dos filhos. Com a modernidade, os casamentos por escolha mútua passam a surgir com mais frequência e a infância e adolescência começam a ter reconhecimento.
É neste contexto que surgem associações e organizadas por parte dos trabalhadores que começam a se rebelar contra as arbitrariedades excessivas, forjando com isso novas formas de relações sociais, que carecem de compreensão. Neste sentido, Quintaneiro et al, destaca que “O esforço para entender as causas e os prováveis desenvolvimentos das novas relações sociais motivou a reflexão que veio a cristalizar-se na Sociologia”.
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