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Por:   •  14/4/2013  •  Tese  •  793 Palavras (4 Páginas)  •  672 Visualizações

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Evanildo Bechara tinha 11 anos quando cometeu seu primeiro erro de tradução. Viajando de Pernambuco para o Rio de Janeiro, de navio, o garoto que se tornaria um dos gramáticos mais famosos do Brasil fez uma parada em Salvador.

Entrou num restaurante e pediu um vatapá. O garçom perguntou como ele queria o prato. Bechara respondeu: “bem quentinho”, como era costume fazer-se em sua terra para determinar a temperatura da comida. Acabou tendo de engolir um bocado com muita pimenta. Foi então que as lágrimas brotaram de seus olhos.

“Aprendi na pele que ‘bem quentinho’, na Bahia, era “bem apimentado. Por conta desse episódio e de outros que vivi quando minha família me mandou para o Rio para estudar, passei a me interessar pelas diferenças que a língua portuguesa tem em diferentes lugares. Aí virei professor, viajei, dei aulas no exterior, lancei meus livros e cheguei aqui”, resume. Bechara, 80, hoje ocupa a cadeira 33 da Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 2000.

Todos nós conhecemos histórias parecidas: afinal, estamos nos comunicando todo o tempo. O episódio mostra que a comunicação não é um processo mecânico, em que uma informação simplesmente é transmitida de uma pessoa a outra.

Evanildo Bechara tinha 11 anos quando cometeu seu primeiro erro de tradução. Viajando de Pernambuco para o Rio de Janeiro, de navio, o garoto que se tornaria um dos gramáticos mais famosos do Brasil fez uma parada em Salvador.

Entrou num restaurante e pediu um vatapá. O garçom perguntou como ele queria o prato. Bechara respondeu: “bem quentinho”, como era costume fazer-se em sua terra para determinar a temperatura da comida. Acabou tendo de engolir um bocado com muita pimenta. Foi então que as lágrimas brotaram de seus olhos.

“Aprendi na pele que ‘bem quentinho’, na Bahia, era “bem apimentado. Por conta desse episódio e de outros que vivi quando minha família me mandou para o Rio para estudar, passei a me interessar pelas diferenças que a língua portuguesa tem em diferentes lugares. Aí virei professor, viajei, dei aulas no exterior, lancei meus livros e cheguei aqui”, resume. Bechara, 80, hoje ocupa a cadeira 33 da Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 2000.

Todos nós conhecemos histórias parecidas: afinal, estamos nos comunicando todo o tempo. O episódio mostra que a comunicação não é um processo mecânico, em que uma informação simplesmente é transmitida de uma pessoa a outra.

Evanildo Bechara tinha 11 anos quando cometeu seu primeiro erro de tradução. Viajando de Pernambuco para o Rio de Janeiro, de navio, o garoto que se tornaria um dos gramáticos mais famosos do Brasil fez uma parada em Salvador.

Entrou num restaurante e pediu um vatapá. O garçom perguntou como ele queria o prato. Bechara respondeu: “bem quentinho”, como era costume fazer-se em sua terra para determinar a temperatura da comida. Acabou tendo de engolir um bocado com muita pimenta. Foi então que as lágrimas brotaram de seus olhos.

“Aprendi na pele que ‘bem quentinho’, na Bahia, era “bem apimentado. Por conta desse episódio e de outros que vivi quando minha família me mandou para o Rio para estudar, passei a me interessar pelas diferenças que a língua portuguesa tem em diferentes lugares. Aí virei professor, viajei,

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