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Vendas No Varejo

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Por:   •  1/9/2014  •  706 Palavras (3 Páginas)  •  448 Visualizações

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bserva-se uma tendência mundial de concentração no setor

varejista. Como conseqüência, aumenta seu poder de negociação

com fornecedores e estreitam-se seus laços com os

clientes. Em contrapartida, a indústria tenta adaptar-se na expectativa

de defender margens de negociação de preços, aumentar a distribuição

de seus produtos e criar novas formas de relacionamento com o

consumidor final. O artigo analisa a situação do varejo no país e no

mundo, explora sua relação com a indústria e oferece estimativas dos

impactos sobre os consumidores.

Ao que tudo indica, o varejo está entrando em uma nova

onda de concentração no Brasil. Após passarem os últimos

anos digerindo aquisições do passado e buscando ganhos

de eficiência, as empresas líderes voltam a crescer. Evento

emblemático foi a compra da rede Sonae pelo gigante norte-

americano Wal-Mart, no final de 2005, por US$ 760

milhões. Com a aquisição do quarto colocado no ranking,

o Wal-Mart aumentou suas vendas de R$ 6,1 bilhões para

previstos R$ 11 bilhões em 2005, o que o coloca próximo

ao Carrefour, o segundo colocado, com R$ 13 bilhões de

faturamento. Em primeiro lugar, continua o Pão de Açúcar,

com vendas de R$ 15,4 bilhões em 2004.

Para se ter uma idéia da concentração, esses três primeiros

colocados ficam muito distantes do quarto, a rede

gaúcha Zaffari, com faturamento de R$ 1,26 bilhão em

2004. Em números, a participação no faturamento do setor

representado pelo Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-

Mart subiu de 34,4% para 38,8% – um aumento de 12,8%.

Tendência de concentração. Essa concentração pode

ser observada nas estratégias de crescimento adotadas pela

rede Wal-Mart no Brasil. Além de ganhar musculatura no

Sul, onde o português Sonae dominava, o Wal-Mart é potente

no Nordeste, desde que, em 2004, adquiriu a rede

Bompreço, do grupo holandês Royal Ahold, por US$ 300

milhões. A rede ficou com 295 lojas em 17 estados. Em

2006, o Wal-Mart declarou que pretende ainda investir

R$ 600 milhões nas regiões Nordeste e Sudeste e abrir

nelas mais 15 lojas.

Se o Wal-Mart modificará o cenário brasileiro como

fez em seu país de origem, os Estados Unidos, ou se suas

estratégias não vão levar ao efeito desejado, como ocorreu

com o Sonae, que havia investido US$ 1 bilhão no Brasil e

regressou a Portugal, só o tempo dirá. Nem todas as aquisições

de grupos globais pelo mundo vêm dando certo,

mas um fato não pode ser ignorado: a crescente internacionalização

e a concentração do varejo. As redes se

globalizam, fazem compras centrais e diversificam os formatos

de lojas, o portfólio de produtos, canais e negócios.

Os cinco líderes do ranking mundial respondem atualmente

por 32% das vendas feitas pela indústria no planeta,

contra os 21% de cinco anos atrás. E a expectativa é de

que nos próximos cinco anos o percentual suba para 45%,

A indústria se queixa de práticas

comerciais que achatam suas margens na

negociação das condições de entrega,

armazenamento, colocação nas gôndolas e

participação em campanhas publicitárias.

de acordo com estimativa de Nirmalya

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