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Via Expressa

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Por:   •  10/10/2014  •  753 Palavras (4 Páginas)  •  413 Visualizações

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1.0. INTRODUÇÃO

A cidade de São Luís, desenvolveu nos últimos anos um intenso processo de urbanização que contribuí-o para o aumento significativo na demanda por infraestrutura em diversos setores, caracterizados por áreas de ocupação desordenadas, problemas de saneamento e poluição ambiental, risco de habitabilidade, e os danos causados pela necessidade de melhorias ao sistema de trafegabilidade.

Diante destas condições a capital maranhense vem passando pela implantação de grandes projetos de urbanização ambiental. Com a necessidade de aumentar e adequar os espaços para o recebimento de fluxos do transporte público, considerado um desafio relevante que requer planejamento e implementação de atividades de forma adequada aos ambientes e as demandas da sociedade.

Neste contexto, a análise dos danos ambientais causados pela implantação do empreendimento “Via Expressa”, obra desenvolvida pelo Governo do Estado do Maranhão na capital, São Luís, objetivou-se conhecer os impactos ambientais e sociais em cursos, em alguns trechos do empreendimento, nas localidades do Ipase e Vinhais.

2.0. “VIA EXPRESSA”

A obra da “Via Expressa” ligará a Avenidas Carlos Cunha (Jaracaty) e Daniel de La Touche (Ipase). É um grande projeto do Governo do Estado do Maranhão, tem como objetivo a melhoria da mobilidade urbana da capital São Luís, apesar de serbastante criticada por especialistas em tráfego e ambientalistas, e também como obra de campanha politica.

A “Via Expressa” possui uma extensão total de 8.167,94m distribuídos em dois lotes de obras que correspondem a aproximadamente 100 milhões de reais em investimentos do tesouro nacional e contrapartida do Governo do Estado do Maranhão.

A obra é composta, além dos serviços de terraplanagem, drenagem, pavimentação, iluminação e paisagismo, por cinco importantes pontes de concreto armado com até 300m de comprimento, trata-se da implantação de uma avenida de pista dupla, com canteiro central, passeios laterais e ciclovias.

3.0. IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIOECOMICOS

A “Via Expressa” esta sendo construída no meio de Áreas de Preservação Permanente (APPs) caracterizadas por manguezais, várzeas e nascentes influenciadas pelas marés, próximas às margens do estuário do Rio Anil. Áreas de grande importância para a manutenção da fauna e flora da região e proteção dos recursos hídricos.

FIGURA – 02: Área a margens da Via Expressa

FONTE: Autores, 2014

FIGURA – 03: Área as margens da Via Expressa

FONTE: Autores, 2014

Atualmente com a implantação da “Via Expressa” há em curso diversas perturbações ambientais como também problemas socioeconômicos, observadas na visita realizada em alguns dos pontosdo empreendimento localizados próximos aos bairros, Vinhais Velho e Ipase de Baixo.

FIGURA – 04: Ponte da Via Expressa

FONTE: Autores, 2014

FIGURA – 05: Pistas da Via Expressa

FONTE: Autores, 2014

Os impactos identificados e os problemas socioeconômicos já viam ocorrendo com a ocupação populacional sem planejamento e que se agravarão com a implantação do empreendimento “Via Expressa”. Tais impactos e problemas são destacados a baixos como:

Devastação da cobertura vegetal devido ao traçado da via que se agrava ainda mais com especulação imobiliária, ocorrendo diariamente invasões e construções irregulares sem estrutura estabelecida para a região.

FIGURA – 06: Construções irregulares

FONTE: Autores, 2014

FIGURA – 07: Invasões

FONTE: Autores, 2014

Processos erosivos provocando o aterramento dos manguezais.

FIGURA – 08: Aterramento do mangue

FONTE: Autores, 2014

FIGURA – 09: Aterramento do mangue

FONTE: Autores, 2014

A ocupação imobiliária inadequada potencializa a destruição do ecossistema, devido o despejo de resíduos sólidos (lixo) e esgotos sem tratamento, contribuindo para o afugentamento da fauna e extermínio de espécies nativas.

FIGURA – 10: Lançamento de lixo e esgoto sem tratamento

FONTE: Autores, 2014

FIGURA – 11: Rio do Saco poluído

FONTE: Autores, 2014

4.0. COSIDERAÇÕES FINAISDiante do grande crescimento populacional que vem ocorrendo em São Luís nas ultimas décadas, é evidente que a cidade não estava devidamente planejada para suportar, no longo prazo, tão grandes demandas relativas a trânsito e transportes. Neste aspecto a instalação do empreendimento “Via Expressa” passa a ser imprescindível no tocante a recuperação da mobilidade urbana tão necessária na capital maranhense.

Em meio a essa problemática, é de suma importância o acompanhamento sobre as mudanças ocorridas nos sistemas ambientais devido à implantação da “Via Expressa”. Esse acompanhamento reflete a estudos dos impactos socioambientais, socioeconômicos e socioculturais em curso, assim como o monitoramento dos mesmos enfocando as necessidades de recompor a cobertura vegetal, criação de uma unidade de conservação na área de influencia do empreendimento para evitar a especulação imobiliária e proporcionar a melhoria das recargas de aquíferos locais, permitir a permanência de estoques da biodiversidade ameaçada de extinção local e regional, bem como propor a inserção de atividades de controle e monitoramento da ocupação do entorno.

Embora sejam atividades pontuais, os impactos positivos relacionados a implementação em médio prazo desses esforços, pode gerar melhorias significativas da qualidade ambiental das áreas adjacentes ao empreendimento da “Via Expressa”.

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