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Vinho Tinto De Mesa

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Por:   •  5/2/2015  •  6.426 Palavras (26 Páginas)  •  303 Visualizações

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CUSTEIO POR ABSORÇÃO DO VINHO TINTO DE MESA SECO ISABEL: ESTUDO DE CASO NA COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL GT

RESUMO

O presente estudo objetiva descrever, conceituar e analisar os custos direcionados ao setor vinícola, bem como os tributos, despesas e preço de venda. Dentre o mix de produtos da Cooperativa Agroindustrial GT optou-se a pesquisar o vinho tinto de mesa seco Isabel e suas formas de comercialização. Dentre os métodos de custeio utilizou-se o método de custeio por absorção por apropriar todos os custos gerais de fabricação e por este ser permitido pela legislação fiscal. Identificou-se os fatores determinantes para a formação do preço de venda e o resultado por tipo de embalagens utilizada pela cooperativa da amostra. O presente trabalho é caracterizado como estudo de caso e os levantamentos dos dados foram realizados por meio de revisão bibliográfica, entrevistas na empresa e pesquisa documental. Após os levantamentos de dados foi utilizado análise descritiva aonde pode-se supor alguns resultados, dentre eles que a embalagem é determinante e impactante na formação do preço de venda do vinho tinto de mesa seco Isabel; que a garrafa contendo750 ml proporciona maior resultado sobre as demais embalagens, representando 15,58% sobre o preço de venda, e, que a embalagem com menor retorno é a de 2.000 ml proporcionando resultado de 10,95% sobre o preço de venda.

Palavras-chave: Custos, Vinho, Preço de Venda, Cooperativa Vinícola, Agronegócios.

1 INTRODUÇÃO

A contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para o gerenciamento das empresas auxiliando nos controles das operações e na tomada de decisões. Os custos têm forte impacto na formação do preço de venda bem como os tributos também tem grande participação nos custos como o ICMS, ICMS- Substituição Tributária e o IPI.

No Brasil, a maior concentração de vinícolas localiza-se no estado do RS possuindo 62% do total das vinícolas brasileiras (ANDREOLA, 2010). O RS e responsável por 90% da produção nacional de vinhos (IBRAVIN, 2010). A cadeia produtiva da Uva e do Vinho se constitui como a mais significativa e também a mais estruturado do Pais. Conta com mais de 36 mil hectares de área plantada, aproximadamente 16 mil pequenos produtores e 615 vinícolas com CNPJ (ANDREOLA, 2010).

Este aumento de cultivo demandou a necessidade deste estudo e, para tanto, selecionou-se entre o mix de produtos, o vinho tinto de mesa seco Isabel, da Cooperativa Agroindustrial GT. Este produto é comercializado em 5 embalagens: 750 ml, 2.000 ml, 4.600 ml e bag in box de 5.000 ml. Procurou-se identificar os custos totais, as despesas, os impostos para a formação do preço de venda, bem como verificar a lucratividade da venda do vinho tinto de mesa seco Isabel para cada tipo de embalagem.

Como procedimentos metodológicos foram adotados, a pesquisa bibliográfica, consistindo numa revisão de literatura existentes em livros, dissertações, artigos científicos e materiais sobre o assunto em sites na internet.

2 REVISÃO TEÓRICA

2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para o gerenciamento das empresas auxiliando na função de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões. Conforme os autores Bernardi e Ducati (2005):

[...] A contabilidade é um dos sistemas de informações que se constitui em uma grande fonte de informação dentro das empresas. Essas informações são utilizadas entre outras, para planejar e tomar decisões. A Contabilidade Gerencial é a parte da contabilidade que visa transformar os dados contábeis em informações úteis para o tomador de decisão. Dentro da Contabilidade Gerencial destaca-se a Contabilidade de Custos, que foi desenvolvida, inicialmente, para a apuração e mensuração dos estoques (BERNARDI; DUCATI, 2005, p. 2.).

Elementos da contabilidade de custos segundo Cunha e Fernandes (2010):

Custos: é um gasto que é consumido dentro do processo produtivo na fabricação de bens ou prestação de serviço. São incorporados aos estoques, quando bens tangíveis, até o momento da venda, quando passam a ser representados pela DRE como custo do produto vendido ou custo do serviço Prestado. Os custos podem ser classificados em:

Diretos: são custos que podem ser identificados e apropriados com facilidade aos produtos/serviços gerados.

Indiretos: são aqueles de difícil identificação e para serem apropriados precisam de algum tipo de rateio.

Quanto ao volume de produção, os custos se dividem nas categorias:

Variáveis: são aqueles cujos valores variam de acordo com o volume de produção. Aumentam á medida que aumenta a produção agrícola.

Fixos: são aqueles cujo total não varia proporcionalmente ao volume produzido Leone (1997). ”Podendo existir mesmo que nada seja produzido” Cunha e Fernandes (2010, p.2).

2.2 SISTEMAS DE CUSTEIO

Entende-se que o sistema de custeio consiste num critério por meio dos quais os custos são apropriados à produção. De acordo com o sistema adotado, determinados custos podem ou não fazer parte dos custos, Moura (2005).

É evidente que a adoção dos métodos de custeio vai depender dos objetivos da empresa. Se a empresa tiver como objetivo respeitar a legislação fiscal, sem considerar as informações prestadas pela contabilidade de custos para a tomada de decisões, adotará o custeio por absorção. Entretanto, se a empresa utiliza as informações prestadas pela contabilidade de custo para a tomada de decisões, poderá adotar de forma complementar, o custeio variável, Moura (2005).

2.3 CUSTEIO POR ABSORÇÃO

De acordo com Wernke (2005, p.19) “este custeio é o mais adequado para finalidades contábeis, como avaliar estoques e determinar valor total de custos dos produtos vendidos a ser registrado na Demonstração de Resultado do Exercício”. A legislação brasileira exige a utilização deste método para compor o custo dos bens ou serviços vendidos. O “custeio por absorção se caracteriza pela apropriação de todos os custos do ciclo operacional interno aos portadores finais dos custos” Koliver (apud, MOURA, 2005,

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