Violência Nas Escolas

O documentário “Pro dia nascer feliz”, traz à tona problemas de grande relevância acerca da educação brasileira, e dá um foco especial na questão da violência que atinge o espaço escolar. É bom que se note que a violência crescente nas escolas atinge gravemente os alunos mas também aos professores e dirigentes escolares, assim como todos aqueles envolvidos no contexto escolar.

Pensamos , em primeiro lugar, o que é mesmo essa violência que entrou nas escolas de forma imperativa e crescente e vem causando tantos transtornos emocionais e físicos aos nossos alunos e professores? Faz-se necessário uma reflexão aprofundada. A violência se instala independentemente da escola, mas é neste espaço que encontra força e toma uma dimensão assustadora.

É certo que a violência que hoje está nas escolas, não nasceu lá. A violência nasce de um contexto externo maior. As crianças, desde muito cedo, começam a sofrer a violência dentro das suas próprias casas. São vítimas de pais ausentes, desregrados, agressivos, que perpetuam nessas crianças a baixa auto-estima e a revolta. No convívio social, elas também não encontram lugar para acolhimento, pois são vítimas de uma sociedade excludente, que teima em diferenciar, em marginalizar e onde o preconceito é cruel e real. O que podemos esperar dessas crianças que sofrem na pele diariamente a crueldade de uma sociedade capitalista e que valoriza sempre o melhor? Ou seja, aquele que tem mais oportunidades.

Na contra mão, vemos professores cansados, já no seu limite, com péssimas condições de trabalho e baixa remuneração. Esses professores que deveriam interferir positivamente na resolução dos problemas dessas crianças, enquanto no espaço escolar, já não são uma possível solução. É preciso uma outra forma de atuação.

A escola é espaço onde ocorrem as interações entre alunos e professores e onde, sem dúvidas, todos os problemas vividos externamente tanto pelas crianças, como pelos professores irão explodir. No convívio diários desses atores encontramos os embates e as reações violentas, cada vez mais comuns nas escolas. Tanto que adotamos de fora o termo bullying para definir o tipo mais comum de violência escolar nos dias de hoje e que tanto tem maltratado as nossas crianças. O bullying são as ameaças constantes dos mais fortes ( em algo ) aos mais fracos, que gera enorme tensão escolar e consequências imprevisíveis nos envolvidos. É o alto contra o baixo, o magro contra o gordo, o bonito contra o feio, o forte contra o mais fraco, e por aí vai, em um caminho de revolta que só gera mais e mais violência, podendo chegar a casos extremos de ataques físicos e até mesmo morte.

No meio de tantos problemas nos perguntamos o que devemos fazer para parar ou, pelo menos diminuir, essa triste realidade atual. No meu entendimento é necessário uma reflexão sobre como tratar essas crianças de uma forma mais acolhedora e onde ela possa estar confortável para poder se expressar e colocar suas emoções de forma mais pacífica. Chamar os pais para um maior envolvimento na vida dos filhos, oferecer programas para os professores poderem entender melhor o que se passa e encontrar novas formas de agir, beneficiando , inclusive, a si próprios, onde consigam dialogar eficazmente com seus alunos. È necessário que os governantes acordem para essa crescente e alarmante situação e entenda a real