Vitiligo
Seminário: Vitiligo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: amandalarea • 13/11/2013 • Seminário • 1.365 Palavras (6 Páginas) • 391 Visualizações
O vitiligo é uma doença caracterizada pela presença de manchas brancas bem delimitadas com distribuição preferencial na face, mãos e região ano-genital.
Nalgumas etnias (raças), existe um forte estigma social associado à doença, com consequente marginalização dos indivíduos afetados. Esta doença é sempre de tratamento difícil e a terapêutica adequada é escolhida em função do quadro clínico.
O que é
O vitiligo consiste numa forma específica de leucodermia adquirida de causa desconhecida, em que foram excluídas as outras causas.
É uma doença caracterizada por lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, manchas brancas na pele com uma distribuição característica. Existe um forte estigma social associado à doença nalgumas populações, nomeadamente na raça negra e na Índia, em que os doentes com vitiligo são frequentemente marginalizados.
Quais as causas
O vitiligo é uma doença de causa desconhecida, mas existe uma história familiar da doença em 30% dos doentes.
A ausência parcial, ou total, dos melanócitos (células produtoras de melanina) funcionantes constitui a anomalia estrutural primária.
Apesar de existir ainda alguma controvérsia no seio da comunidade científica, pensa-se atualmente que o mecanismo de destruição dos melanócitos seja de natureza auto-imune (resultante de uma perturbação no sistema de defesa imunitária do organismo).
De fato, existem várias doenças auto-imunes que por vezes se manifestam em doentes com vitiligo, com é o caso da tiroidite, insuficiência da glândula supra-renal e anemia perniciosa.
Quais os sintomas
O vitiligo manifesta-se por lesões cutâneas de hipopigmentação melânica, bem delimitadas, com tendência para a simetria, rodeadas frequentemente por hiperpigmentação. As manchas brancas localizam-se preferencialmente na face, mãos e região anogenital, mas podem estar localizadas em outras áreas do corpo, como no tronco.
Por vezes, acompanham-se de despigmentação do sistema piloso, com presença de cabelos ou pelos brancos na zona das manchas. As mucosas (por exemplo: gengivas) raramente possuem lesões.O vitiligo pode ainda afetar os olhos, provocando irite (inflamação da íris), frequentemente assintomática, em 10% dos doentes e alterações da retina em mais de 30% dos doentes. Podem estar presentes outros sintomas, sobretudo em indivíduos em que o vitiligo está associado a outra doença auto-imune.
Como se diagnostica
O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico, pois as manchas de hipopigmentação têm geralmente uma localização e distribuição características. A biópsia cutânea revela ausência completa de melanócitos nas zonas afetadas, excepto nos bordos da lesão, e o exame com lâmpada de Wood é fundamental nos indivíduos de raça branca, para detecção das áreas de vitiligo.
As análises sanguíneas deverão incluir um estudo imunológico que poderá revelar a presença de outra doença auto-imune associada, como é o caso do lupus eritematoso sistémico e da doença de Addison.
Como se desenvolve
As manchas de vitiligo desenvolvem-se gradualmente ao longo da vida, com maior incidência na meia idade. Na maioria dos casos, sem terapêutica as lesões permanecem para sempre, registando-se repigmentação limitada e espontânea de algumas em cerca de 30% dos doentes. Com terapêutica adequada, a doença poderá ter uma melhor evolução através da tentativa de uniformização da coloração da pele.
Existem alguns fatores que podem precipitar o aparecimento das manchas, como traumatismos prévios (por exemplo: cortes), cicatrizes cirúrgicas e, sobretudo, é frequentemente mencionado pelos doentes uma associação a alturas de maior stress emocional (por exemplo: doença de familiar ou problemas financeiros). As lesões acentuam-se nos locais submetidos a pressão e atrito, nomeadamente o causado por peças de vestuário como o cinto, e são mais notórias quando existe uma maior exposição solar.
Formas de tratamento
O tratamento do vitiligo é sempre difícil e a terapêutica adequada é escolhida em função da localização e extensão das lesões, da duração e ainda do tipo de comportamento e reação face à doença.Caso a(s) área(s) de despigmentação seja(m) muito extensa(s), opta-se frequentemente por despigmentar a área de pele sã, de forma a uniformizar a coloração geral - para tal pode utilizar-se o creme de hidroquinona.
Pelo contrário, quando as manchas brancas são de dimensões pequenas ou médias, opta-se pela repigmentação. O método mais utilizado é o uso de psoralenos, por via geral ou tópica, cuja função é alterar o limiar de sensibilidade da pele à luz, sendo aumentado gradualmente o tempo de exposição diário até ao aparecimento de vermelhidão.
Este tratamento é prolongado, oscilando entre algumas semanas e seis meses. Por vezes, a tonalidade da pele repigmentada fica irregular, sobretudo a nível da face. Nalguns doentes, tem resultados favoráveis o método PUVA, em que o doente é irradiado com luz ultravioleta.
A corticoterapia de aplicação tópica ou sistémica permite também, ocasionalmente, bons resultados. No entanto, devem ponderar-se os efeitos colaterais desta medicação.
Nalguns países existem centros de referência especializados no tratamento de vitiligo, sendo usados diferentes métodos, com particular destaque para os de fototerapia. A maquilhagem tem sido também utilizada por alguns doentes, de forma a mascarar áreas de vitiligo que não cedem à terapêutica.
Formas de prevenção
Tal como acontece com a maioria das doenças de causa desconhecida, não existem formas de prevenção do vitiligo. Dado que existe história familiar em 30% dos casos, os familiares de indivíduos afetados poderão realizar uma vigilância periódica da pele
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