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Youtube e a revolução digital

Por:   •  13/9/2016  •  Resenha  •  2.703 Palavras (11 Páginas)  •  895 Visualizações

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Youtube e a revolução digital

O Youtube é uma das ferramentas digitais mais famosas e utilizadas em nosso dia a dia, sendo o objeto de estudo do livro dos autores Jean Burgess e Josua Green, que tem por nome “Youtube e a revolução digital”. A análise desta mídia surgiu em um dos ThinkTanks mais respeitados do mundo. Neste foram estudados conteúdos, marcas, mídias e fãs. Com base nesta pesquisa este livro foi elaborado.

Pode-se dizer que a ascensão desta e de outras mídias facilitadoras não excluem as antigas, elas podem coexistir, porem em grau menor de utilização, e infelizmente podem trazer prejuízos no âmbito da economia como diz esta citação do texto de KEEN: “Aqueles de nós que ainda leem jornais e revistas sabem que as pessoas estão comprando menos musicas também. Graças à pirataria desenfreada gerada pelas tecnologias de compartilhamento de arquivos, as vendas de musicas gravadas caíram mais de 20% entre 2000 e 2006.” (KEEN, 2009, pg. 11)

O primeiro capítulo aborda alguns significados e a origem desta nova mídia. São tratadas também analises de conteúdos mais populares do site, bem como reflexões sobre a participação cultural e o espaço desta mídia no cotidiano das pessoas. “Fundado por Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim, ex-funcionarios do site de comercio on-line Paypal, o site Youtube foi lançado oficialmente sem muito alarde em unho de 2005.” (BURGESS  E  GREEN,  2009, pg.17)

        De inicio o Youtube oferecia uma interface muito simples, na qual o usuário conseguia fazer uploads com facilidade, não era necessário conhecimento de alto nível ou técnico para utiliza-lo, apenas uma boa internet e uso de forma adequada da plataforma. Ao enviar seus vídeos, eram gerados “links” que podiam ser compartilhados através de outras redes sociais, sendo este considerado o diferencial desta plataforma em detrimento das outras existentes.

        Em 2006 ele foi vendido ao Google por bilhões de dólares e em 2007 já era o site mais popular do Reino Unido. O Youtube passou a se tornar conhecido entre as massas e para tentar explicar este sucesso há três versões diferentes. A primeira diz que um blog de tecnologia, muito respeitado fez criticas à arquitetura tecnologia da plataforma e esta matéria entrou como destaque na pagina de um outro site, o Slashdot, chamando atenção das pessoas.

        A segunda versão diz que a causa do sucesso foi o aprimoramento de recursos. Os usuários puderam comentar, compartilhar, recomendar vídeos e reproduzi-los em outros sites. E por ultimo dizem que um vídeo cômico, que foi considerado o primeiro hit do Youtube, visto milhares de vezes nos dez primeiros dias. Porém tempos depois o clipe precisou ser retirado do ar por conta de direitos autorais.

O site é a maior mídia de massa da internet do inicio do século 21, sendo considerado como uma plataforma de cultura popular participativa. Assim, há uma utilização de pessoas de patamares diferentes. No geral, o Youtube permite a exposição das ideias e criatividades de indivíduos que se “englamuressem” ao verem seus vídeos em rede mundial, podendo assim transformar-se em astros e celebridades da internet.

Há muitas controvérsias a cerca do que realmente é esta plataforma e se terá utilidade futuramente. A utilidade/ valor do site baseia-se nos conteúdos, nos uploads e na audiência gerada por este. Esta divergência de historias não pode esclarecer do que se trata realmente o Youtube, fazendo emergir diferentes ideias a respeito como dizem os autores: “Cada uma dessas historias criou uma ideia diferente do que o Youtube era: seria outra moda passageira, amada pela turma da tecnologia? Uma invenção inteligente que as pessoas precisariam ser convencidas a usar ou uma plataforma de distribuição de mídia como a televisão?” (BURGESS  E  GREEN,  2009,  pg.20)

        O que também não ajudavam a decifrá-lo eram as descrições do próprio site, pois eram amplas, porém vagas e superficiais. Inicialmente o objetivo do Youtube era servir como uma espécie se armazenador de vídeos pessoais diferentemente de hoje que destina-se à expressão pessoal, uma forma de transmitir-se ao mundo. Esta mudança leva a entender o Youtube como uma empresa de mídia, agregadora de conteúdos e como um site de cultura participativa, possibilitando compartilhar vídeos amadores.  

        Em relação às praticas comerciais a plataforma tem se mostrado controversa e apesar de alguns dos mais importantes produtores de conteúdo terem feito “amizade”, o Youtube conseguiu alguns “inimigos” como o conglomerado estadunidense que rejeita os acordos do site, por alegar que o mesmo induz e lucra com a violação dos direitos autorais.

 Os autores dizem que o uso/valor desta fermenta digital advém não somente das atividades de top down, possui valores que vão de culturais a econômicos, originadas dos usuários por meio do consumo, empreendedorismo e avaliação. Enfim, o Youtube é uma plataforma de disponibilização de conteúdos digitais, apesar de não produzi-los, oferecendo uma ampla exposição aos usuários.

        A ideia central do livro é utilizar o Youtube como um objeto de pesquisa. Inicialmente os autores citam um trecho do escrito de Stephen Heath sobre a televisão, que antes era um grande meio de comunicação de massa e  obviamente já foi inovação e por isso também houve dificuldade em entende-la. Então eles fazem uma comparação entre esses dois meios coexistentes. A citação fala basicamente que a televisão há duas décadas era um objeto desorganizado, instável, com certa velocidade de mudanças, como tecnológicas e econômicas, com fluxo interminável, de sons, imagens e de uma mesmice quantitativa.

        A partir dai é feita a comparação dessa antiga mídia de massa com o Youtube. É dito que muito mais que a televisão ele é instável, com mudanças dinâmicas, com maior variedade de conteúdos e de frequência cotidiana, ou mesmice. Há uma dificuldade em entendê-lo pelo fato de possuir duas funções, podendo ser uma plataforma de distribuição de cultura popular ajudando a popularizar os produtos de mídia comercial como também plataforma de criatividade vernacular onde os usuários poderiam expor seus conteúdos próprios.         

        Não há um consenso sobre a cultura típica do Youtube e sempre que ele é estudado fornece novas noções acerca do que essa plataforma é de verdade. Com o intuito de compreender esta plataforma são feitas muitas pesquisas utilizando analises detalhadas de elementos específicos que podem ajudar a descrevê-la. O texto diz que os estudos de mídia e cultura utilizam estes métodos mais detalhados, então como o Youtbe se encaixa nesses âmbitos devem ser usadas essas abordagens e o considera um sistema cultural intermediado.

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