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Ética E Cybercultura

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Por:   •  21/11/2013  •  838 Palavras (4 Páginas)  •  181 Visualizações

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ÉTICA E CIBERCULTURA

É patente que vivemos uma revolução constante aos meios de comunicação, no que tange principalmente ao desenvolvimento das tecnologias digitais. A informação hoje é largamente digitalizada e o termo “ciberespaço” é usado sem estranhamento.

Pierre Lévy define ciberespaço como: “o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores”; e cibercultura como: “conjunto de técnicas, de práticas, de atitudes, de modos de pensamentos e valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço.”

Vivemos em um contexto de virtualização, que nem sempre gera uma reflexão por parte dos atingidos. Tal contexto, por mais que não pressuponha uma efetividade material, o virtual faz parte, sem divisores, da realidade daqueles que a compõe.

Apesar de muito difundido, este é um espaço ainda pouco explorado, diante de suas possibilidades, que precisará, assim como todos os espaços, de regras éticas, vez que a mente humana possui sempre suas aptidões para o bem e para o mal. Contando ainda que, quando usada com a segunda finalidade, possui a vantagem da do anonimato e da despersonalização.

As redes sociais são os mais latentes exemplos da interferência do virtual no real. Facebook e twiter são capazes de deixar os jovens completamente ao que de “real” acontece à sua volta. Já o Google é a maior e mais procurada ferramente de busca de informações atualmente.

Mas tudo tem um preço: pesquisa recente do PEW INTERNET & AMERICAN LIFE PROJECT concluiu que as atuais tecnologias estão criando uma geração que se distrai com facilidade e só consegue se concentrar por breves intervalos de tempo. Dois terços dos professores entrevistados concordam que as tecnologias contribuem mais para distrair os alunos do que para alavancar seu desempenho escolar.

Há quem critique duramente os estímulos advindos da internet, a neurocientista Susan Greennfield afirma redicalmente que passar tempo demais frente às novas tecnologias causa alterações cerebrais compatíveis ao mal de Alzheimer, podendo perder momentaneamente a noção clara do que é passado, presente ou futuro. Apesar de não recusar que os videogames desenvolvem a coordenação motora e a memória.

Não há como negar ou desvincular-se do avanço tecnológico, mas como sua proporção é cada vez maior, necessário se faz o equilíbrio, uma vez que as vantagens acarretam também seus ônus.

Um deles, dos considerados mais desvantajosos à geração atual, é que o excesso de informação constante na rede, ao invés de propiciar a reflexão e aumento do intelecto, traz uma infinidade de dados, informações, citações e referências que não levam à lugar nenhum, e por sua facilidade e agilidade podem alterar os processos de cognição do cérebro, vindo a suprimir a necessidade de memória.

A verdade é que não há nada absolutamente maléfico, que não traz benefício algum, assim como não há nada tão benéfico que não traga nenhum malefício. O equilíbrio volta a ser o “x” da questão.

As redes tem influencia tão enraizada na geração atual que atinge inclusive a saúde desta. O acesso as informações relativas à enfermidades, seus sintomas, tratamentos e novos medicamentos pode fazer com que o paciente sugestione um diagnóstico ou comece a sentir sintomas daquela doença que desconfie ter, ou pode até contaminar a confiança paciente e médico. Mas há também o lado bom, no qual o paciente tem melhores referencias do profissional escolhido e paciente bem informado faz escolhas mais conscientes, além do que as maiores informações por parte dos pacientes força os profissionais da saúde a estarem sempre atualizados.

Outra questão importante fortemente influenciada nesta cibercultura é a privacidade. As Constituições trazem sempre a preocupação em proteger-lhe, mas ela tem que conviver com a publicidade e o valor dado à transparência, trazendo, como sempre, a necessidade da ponderação, sem eliminação de nenhuma delas.

A futurologia sempre foi algo que aleatório e imprevisível, mas na atual realidade tornou-se inteiramente imprevisível. Aquilo que parecia fantástico já existe, arquivos armazenados nas nuvens. Os eletrodomésticos já podem ser ativados via smartphone, mas requer dinheiro disponível de seus usuários.

O Brasil, mais uma vez, ficou na dependência das tecnologias importadas vinculando-se ao ideal norte-americano do lucro como único objetivo. Acontece que neste mundo a percepção da propriedade é diferente, e aqueles que visam o lucro de antemão.

Em tão novo capítulo ainda se desenvolve a questão da ética. Onde ela se encaixa e de que maneira são itens ainda não esgotados, mas que começam a se desenvolver. A cada vez que expomos nossas intimidades na rede devemos nos perguntar se tais exposições estão em conformidade com os princípios éticos. Não respeitar a privacidade própria ou alheia tem consequências virtuais e reais, as informações disponibilizadas devem ser as mais restritivas possíveis e principalmente não acreditar em tudo que se lê na internet.

Tudo aquilo que se divulga pode ser lidos por qualquer um e a orientação de pais e professores, principalmente, devem seguidos pelas crianças e adolescente e a restrição de idade dos sites respeitada.

O mundo virtual favorece condutas que não ocorreriam no mundo real, mas naõ podem ser esquecidas nunca as regras de boa educação, “berço” e as reflexões sobre ética e etiqueta que permeiam nossas atitudes do mundo real além dos valores como justiça fraternidade e lealdade.

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