80 Anos Semana De Arte Moderna
Trabalho Universitário: 80 Anos Semana De Arte Moderna. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: laisajost452 • 1/12/2014 • 368 Palavras (2 Páginas) • 938 Visualizações
Em 1944, em plena Segunda Guerra Mundial, era lançado o primeiro liquidificador no Brasil. Mas, um momento! O que um liquidificador tem a ver com o nosso assunto, a Guerra Fria? Tem tudo a ver. Liquidificador, televisão, máquina de lavar, torradeira, aspirador de pó... Enfim, o uso da tecnologia na vida cotidiana refletia, e ainda reflete, um determinado modo de vida, um ideal de felicidade inspirado na sociedade consumista surgida nos Estados Unidos nos anos 20. Foi justamente a partir desse modo de vida típico do capitalismo que se desenvolveu a mensagem ideológica ocidental durante a Guerra Fria. Uma mensagem que se propagou por todo o mundo capitalista.
Ideologia do consumo
Em todo o mundo fora da esfera socialista, comprar eletrodomésticos e automóveis tornou-se parte de um projeto de vida. O Brasil recebeu em cheio o impacto da ideologia consumista e da revolução tecnológica norte-americana. Nossa classe média, principalmente, adotou o sonho do carro na garagem e consumiu em larga escala a fantasia exportada por Hollywood.
Cena de São Paulo nos anos 20
Essa realidade teve origem nos primeiros vinte anos do nosso século. Se o Rio de Janeiro era a capital política e administrativa do país, São Paulo foi a metrópole que mais rapidamente sentiu o impacto dos novos tempos. Recebeu a primeira linha de montagem da Ford no país, em 1919. No início dos anos 20, alguns bairros da capital já contavam com um sistema de transporte coletivo.
Na gestão de Washington Luís como presidente do estado de São Paulo começaram a rodar os primeiros carros a gasolina. Os rapazes de famílias ricas passeavam com seus automóveis causando medo e apreensão entre os pedestres. Em 1922 foram instaladas em São Paulo novas linhas postais, telegráficas e telefônicas. Em janeiro de 1924, a cidade viu nascer a Rádio Educadora, criada para dotar o estado de uma emissora com fins culturais. Àquela altura o Brasil já contava com a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em abril de 1923. A capital paulista contava, então, com 14 salas de cinema e seis de teatro. Na época, era a segunda cidade mais habitada do Brasil, mas abrigava sozinha um terço da mão-de-obra industrial do País, empregando em suas fábricas cerca de 140 mil operários.
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