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A Arte Rupestre Como Meio de Comunicação

Por:   •  16/1/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.832 Palavras (16 Páginas)  •  2.788 Visualizações

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ARTE RUPESTRE

LUCIANE ANGÉLICA JUNQUEIRA DE LIMA[1]

RESUMO: Este presente artigo identifica a arte rupestre como meio de comunicação entre pré-históricos, é através delas que podemos conhecer um pouco mais da nossa própria história e da nossa própria arte. Na antiguidade, tudo o que se tinha era a natureza, e foi através dessa natureza exuberante existente que se pôde ter contato com as primeiras inscrições. Esta arte está em todos os lugares do mundo, inclusive no Brasil, onde é visível esta arte. No nordeste há um grande acervo arqueológico contento essas inscrições, porém, no pequeno e pacato município de Alcinópolis contém um patrimônio histórico fantástico aos nossos olhos, com pinturas que foram esculpidas a milhões de anos.

PALAVRAS-CHAVE: Arte Rupestre; Comunicação; Natureza; Cultura.

1 INTRODUÇÃO

A compreensão da arte rupestre é um grande desafio para vários pesquisadores. A arte rupestre é reconhecida como uma das mais antigas manifestações estéticas do homem ao longo de toda sua história. O termo rupestre vem do francês e significa “gravação” ou “traçado”, fazendo referência direta às técnicas empregadas nas pinturas que representam esse tipo de expressão artística. Encontrada geralmente nas paredes das cavernas e em pequenas esculturas, a arte rupestre tem grande importância na busca de informações sobre o cotidiano do homem pré-histórico.

A Arte Rupestre é um importante acervo de informações relacionadas ao homem pré-histórico, é através desta arte que podemos conhecer melhor suas manifestações culturais, pois cada figura tem uma representação simbólica, como figuras femininas, ventre e seios volumosos, que provavelmente simbolizavam a natureza da vida.

Para alguns especialistas, o reconhecimento dessas pinturas como sendo algum tipo de arte é bastante complicado, pois nem sempre temos a completa certeza de que as pinturas tratam de algum sentido representativo ou estético. Além disso, muitas pessoas se equivocam ao pensar que a arte rupestre se localiza somente na Pré-História. Pesquisas recentes comprovam que esse tipo de arte se desenvolveu em diferentes periodizações da história do homem.

As dificuldades encontradas para se reconhecer e interpretar pinturas rupestres é um enorme desafio para os arqueólogos, paleontólogos e demais especialistas envolvidos com esse tipo de pesquisa. Alguns acreditam que os registros deixados há milhares de anos poderiam indicar uma forma de linguagem desenvolvida. Outras hipóteses levantam a possibilidade de que os desenhos rupestres, principalmente os encontrados no interior das grutas, teriam algum sentido religioso ou cerimonial.

O trabalho arqueológico recupera os produtos gráficos e reconstrói o perfil cultural dos autores desta época. Seus interesses estavam em produzir cenas que expressassem sua temática escolhida.

De acordo com o avanço tecnológico, as formas de documentar pinturas rupestres mudaram, pois primeiro eram feitos desenhos; depois, decalques plásticos em tamanhos naturais fotografados e reduzidos, fotografias e, mais recentemente, registros tridimensionais.

2 ASPECTOS HISTÓRICOS

Arte Rupestre é o mais antigo tipo de arte da história. Também é conhecida como gravura ou pintura rupestre. Essa arte é encontrada praticamente em todo o planeta Terra, desde os primórdios da existência humana, segundo estudos realizados, a arte rupestre foi o meio de comunicação mais antigo da pré-história até os dias atuais.

Essa Arte está dividida entre a pintura rupestre e a gravura rupestre, o que as diferenciam é que uma composição foi feita por pigmentos e a outra foi composta por incisão na própria rocha. Estudos realizados por pesquisadores desta área revelam que essas inscrições são fontes valiosas da Pré-História e que através destas informações foi possível conhecer melhor os hábitos e a cultura dos povos antigos.

Os estudos realizados em relação à arte rupestre favoreceram e favorecem o conhecimento de pesquisas sobre os hábitos dos povos primitivos e a sua cultura. Os materiais utilizados para expressar a arte dos povos antigos eram: pedras, osso e sangue de animais. O sangue e o extrato de folhas das árvores eram utilizados para tingir, no entanto, são as mais primitivas expressões artísticas.

As paredes e os tetos das cavernas eram utilizados como tela para esculpir ou pintar os desenhos rupestres, que eram representados por animais selvagens, linhas, círculos, espirais, e até os seres humanos, que na maior parte de representações aparecem em situações de caça.

A ideia de que a arte rupestre é obra dos homens pré-históricos foi aceita por especialistas apenas em 1902.

A denominação arte rupestre engloba as representações artísticas (desenhos, símbolos e sinais) pré-históricas feitas em paredes, tetos e outras superfícies de cavernas, abrigos rochosos e ao ar livre. No geral, exibiam representações de plantas, animais, pessoas do período em que viviam, e imagens do seu cotidiano, tais como os rituais, danças, caça, alimentação, etc. Ademais, o homem pré-histórico também se expressava por meio de esculturas em madeira, osso e pedra. Na produção das pinturas nas paredes das cavernas, os povos da antiguidade utilizavam sangue de animais, pedaços de rochas, ossos, argila, saliva, etc. (SILVA, 2009).

Na América, além da arte rupestre pré-histórica, é encontrada a arte chamada de pré-colombiana, fruto do trabalho de astecas, maias e incas. Estes povos contam a sua história com pinturas, esculturas e grandes templos construídos com pedras.

Alves (2010 p.24) reforça que:

As pinturas rupestres são encontradas em todos os continentes - por isso as percebemos como arte universal - e fazem parte do acervo cultural da humanidade, a exemplo das encontradas em cavernas como as de Altamira, na Espanha Lascaux e Chauvet, na França.

Descreve que, ao longo de sua existência, através dos milênios, o ser humano registra, de uma forma ou de outra sua saga e que uma dessas formas de registro é a arte rupestre, que é trazida até nós, retratando em imagens o cotidiano ritualístico e mágico do ser humano. Neste contexto, o ser humano se impõe, enquanto registro de sua existência, a partir do momento em que é capaz de deixar suas marcas através da transformação que atribui à Natureza; pelas interferências produzidas e pelas singularidades culturais que se constituíram antes do período da escrita alfabética.

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