A CRIAÇÃO ARTÍSTICA - CAZUZA
Por: Fernando Bonilha • 12/9/2017 • Trabalho acadêmico • 2.062 Palavras (9 Páginas) • 387 Visualizações
TRABALHO DE ARTES: CRIAÇÃO ARTÍSTICA - CAZUZA
Trabalho apresentado na matéria de Artes, da 8ª série A, 9º ano, do Colégio, como requisito de avaliação do 2º bimestre.
Professora:
SÃO PAULO
2017
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 1
2. DESENVOLVIMENTO 4
2.1 Processo de Criação Artística 4
2.2 Motivações e Inspirações da Letra Codinome Beija-Flor 5
2.3 Motivações e Inspirações da Letra O Tempo Não Para 6
3. CONCLUSÃO 8
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9
- INTRODUÇÃO
"Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha num palheiro
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para.
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para
Não para, não, não para"
Cazuza – O Tempo Não Para
Este trabalho apresenta uma breve pesquisa sobre o processo de criação do compositor Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza.
O Agenor de Miranda Araújo Neto nasceu em 4 de abril de 1958 no Rio de Janeiro, mais conhecido como Cazuza, cantor, compositor, e ex-líder da banda Barão Vermelho, que posteriormente teve uma brilhante e meteórica carreira solo.
Já na infância Cazuza teve contato com a nata musical brasileira através de contatos de seus pais. Mas viver rodeado de artistas deve ter influenciado sua opção. O pai, presidente da gravadora Som Livre, recebia gente como Gal Costa, Elis Regina e Gilberto Gil para jantar.
Desde pequeno Cazuza tinha uma mania: jogar álcool na privada e atear fogo. “Ele sempre quis botar fogo em tudo e foi isso o que acabou fazendo com sua vida”, disse a mãe, Lucinha, a Biografias. “Mas uma hora ele se deu conta do tamanho do incêndio e já não dava mais para apagar”.
As brigas com a mãe eram constantes. Lucinha ficou chocada ao descobrir maconha no quarto do filho quando ele tinha 15 anos. Jogou tudo fora e ouviu de um inconformado Cazuza: “Você é louca? Era maconha de primeira qualidade. Você não dá valor às coisas. Jogou dinheiro fora!”.
Mais difícil para Lucinha foi quando começou a desconfiar que o filho era bissexual, depois de ler uma carta a um amigo que considerou carinhosa demais. Cazuza tinha por volta de 18 anos. Um dia, perguntou sem rodeios: “Meu filho, você é homossexual?”. Cazuza respondeu tranquilamente: “Olha, mãe, eu não sou nem uma coisa nem outra, porque nada é definitivo na vida. Você pode dizer que eu seja bissexual, porque não fiz minha escolha ainda. Um dia posso gostar de um homem como, no outro, gostar de uma mulher. Então não fique preocupada com isso”, escreve Lucinha em seu livro Só as Mães São Felizes, um relato sobre a vida do músico.
Como os pais às vezes saíam à noite, o filho único ficava na companhia da avó materna, Alice. Por volta de 1965 começou a escrever letras e poemas, que mostrava à avó.
Em 1972, tirando férias em Londres, Cazuza conheceu as canções de Janis Joplin, Led Zeppelin e Rolling Stones, e logo tornou-se um grande fã. Mais tarde, João Araújo criou um emprego para ele na gravadora Som Livre, da qual foi fundador e presidente. Na Som Livre, Cazuza trabalhou no departamento artístico, onde fez triagem de fitas de novos cantores. Logo depois trabalhou na assessoria de imprensa, onde escreveu releases para divulgar os artistas.
Adentrou a banda Barão Vermelho .Com uma produção barata e gravado em apenas dois dias, é lançado em 1982 o primeiro álbum da banda, Barão Vermelho .Das canções mais importantes, destacam-se "Bilhetinho Azul", "Ponto Fraco", "Down Em Mim" e "Todo Amor Que Houver Nessa Vida". Apesar de ser aclamado pela crítica, o disco vendeu apenas sete mil cópias. Depois de alguns shows no Rio de Janeiro e em São Paulo, a banda voltou ao estúdio e com uma melhor produção gravou o disco Barão Vermelho 2, lançado em 1983. Esse disco vendeu 15 mil cópias. Foi nessa fase que, durante um show no Canecão, Caetano Veloso apontou Cazuza como o maior poeta da geração e criticou as rádios por não tocarem a banda. Na época as rádios só tocavam pop brasileiro e MPB. O rótulo de "banda maldita" só abandonou o Barão Vermelho quando o cantor Ney Matogrosso gravou "Pro Dia Nascer Feliz". Cazuza deixou a banda a fim de ter liberdade para compor e se expressar, musical e poeticamente. Em julho de 1985, durante os ensaios do quarto álbum, Cazuza deixou o Barão Vermelho para a seguir carreira solo. Suspeita-se que nesse mesmo ano começou a ter febre diariamente, indícios da AIDS que se agravaria anos depois.
Nesta época, suspeita-se que Cazuza já tivesse contraído o vírus da Aids. A partir de 1987, Cazuza contraiu pneumonia, doença em decorrência da Aids. Mais tarde, ele viajou aos EUA para fazer um tratamento com AZT. Em 1988, lançou o álbum Ideologia e, no mesmo ano, gravou O Tempo Não Para. Seu último álbum em vida foi Burguesia (1989). Em fevereiro de 1989, Cazuza declarou publicamente ser soropositivo e apareceu de cadeiras de rodadas para receber um prêmio pelo álbum Ideologia. Bastante debilitado, ele morreu aos 32 anos por conta de um choque séptico causado pela AIDS.
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