A DANÇA DE RUA EM MANAUS

 A DANÇA DE RUA EM MANAUS

Por volta do final da década de 80, as primeiras manifestações do street dance nascia em Manaus através dos jovens de periferia que imitavam os movimentos do cantor Michael Jackson.

 Em 1992, a professora Jeanne Abreu estava em Santos/SP em viagem de férias, quando a professora Eloísa Cubas comunicou a ela que havia um grupo em Santos que dançava uma dança chamada de street dance. Um ano se passou e as professoras de Ed. Física e dança do Colégio La Salle Jeanne Abreu e Aline Grécia mais a amiga em comum de ambas Carmem Arce, resolveram fazer cursos de dança no Festival de Dança de Joinville. Ao receberem a ficha de inscrição inquiriram entre si o que seria aquela dança chamada Hip Hop e resolveram se inscrever sem saber do que se tratava. Na primeira aula ficaram encantadas com aquele tipo de dança até então desconhecida das mesmas, o carisma e a performance do professor Johan Szabo foram definitivos para conquistá-las.

Ao chegarem a Manaus decidiram colocar em prática o aprendizado conquistado nas aulas, o sucesso frente às alunas do colégio La Salle foi imediato e as primeiras coreografias foram elaboradas. No final do ano o novo estilo de dança foi apresentado no I Festival Lassalista de Dança no Teatro Amazonas (1993)

O ano de 1994 é marcado pela saída da professora Jeanne Abreu do Colégio La Salle e em 01 de setembro do mesmo ano nasce a Escola de Dança Dance Hall de propriedade da mesma. O jazz e o street dance se tornam o carro chefe da Escola e o sucesso é crescente. A partir de então todos os anos a professora Jeanne e algumas alunas passam a participar anualmente dos cursos de Dança do Festival de Joinville. Através da amizade com a professora Eloiza Cubas de Santos a professora Jeanne Abreu é apresentada ao bailarino e coreógrafo de street dance Marcelo Cirino que nesse mesmo ano se consagra ao ter seu grupo Dança de Rua de Santos conquistado o primeiro lugar na modalidade de jazz. Os outros grupos não gostaram e em 1995 a dança de rua é apartada do jazz, ganhando uma noite exclusiva para suas apresentações.

Em 1996, a professora Jeanne Abreu convida o bailarino e coreógrafo Marcelo Cirino para ministrar um curso em Manaus. Vários bailarinos de outras linguagens participam do curso e o sucesso é inevitável. Nesse curso a professora recebe a visita de dois componentes de um grupo de street dance que era oriundo do Morro da Liberdade/São Lázaro o nome era dança de rua de Manaus e estes afirmam que atuavam praticando street dance desde 1995, empolgados com os meninos do Marcelo Cirino.

Em 1997, o coreógrafo Ray Santos é convidado para coreografar o grupo de dança da Escola Dance Hall para tentarmos uma vaga como grupo competitivo no Festival de Dança de Joinville, o grupo é classificado com a coreografia Luz Divina na modalidade de dança de rua e com a coreografia Sonhos, Lendas e Rituais na modalidade de danças folclóricas. Assim a Cia. Amazonense de Dança passa a ser o primeiro grupo competitivo de dança de rua do Amazonas a participar do Festival de Dança de Joinville e do Festival Passo de Arte em São Paulo.

A partir de então a CADAN participará ainda das seguintes edições dos  dois festivais.

1998 – As soberanas

1999 – Brasil, o país do swing

2000 – O Beco

2001 – Oráculo

2002 – Estivadores

2003 - Zorra

2004 - hoje tem marmelada e “o grande júri”

2005 – Piratas

A partir de 1999 outras academias vão formar seus grupos de dança de rua entre elas destacaram-se a Escola de Dança Arnaldo Peduto e Studio de Dança Patrícia Marque. Na atualidade diversos grupos investem na dança de rua, hoje denominada de danças urbanas. Essa dança evoluiu nas últimas décadas deixando de ser uma dança praticada nos guetos para ser praticada por todos independente de gênero, etnia, cor ou nível social.