A Dissertação Carmen Miranda
Por: varus • 6/11/2017 • Dissertação • 793 Palavras (4 Páginas) • 317 Visualizações
Resenha Crítica[pic 1]
Carmen Miranda: Banana is my Business
Aluno: Vitor Martins de Almeida
O Docudrama – situado entre os gêneros documentário e o drama – “Carmen Miranda: Banana is my business” narra a vida e a história da brasileira, que assinando um contrato com estúdios dos EUA, conquistou a fama no exterior e, ao mesmo tempo, severas críticas de jornalistas brasileiros da época. O filme conta também, com os dramas pessoais de Carmen, tais quais como o casamento, sua ascendência e decadência profissional nas telas e palcos norte-americanos.
Carmen apareceu nas telas pela primeira vez com o figurino de baiana – personagem que a lançou internacionalmente - em 1939, no filme “Banana da Terra”. O musical apresentava clássicos como “O que é que a baiana tem?”, que lançou Dorival Caymmi no cinema. Quando estava em temporada no Cassino da Urca, Carmen foi contratada pelo o magnata do show business Lee Shubert, para ser uma das atrações do seu novo espetáculo, “The Streets of Paris”, que estrearia na Broadway. Este foi o episódio que transformou a vida de quem mais tarde viria a ser conhecida como "The Brazilian Bombshell".
No ano de 1940, Carmen se muda para os EUA com sua família e estreia seu primeiro filme em solo norte-americano, “Serenata Tropical”, onde foi reconhecida pelos críticos ianques, principalmente por suas roupas exóticas e sotaque latino. A popularidade da artista subia em níveis extraordinários, até que foi convidada pelo presidente Franklin Roosevelt à Casa Branca para apresentar-se com seu grupo musical, Bando da Lua.
Carmen foi usada pelo governo norte-americano como “símbolo da amizade entre a américa latina e os EUA”, servindo como garota-propaganda da aliança das américas, principalmente entre o Brasil e os EUA, tendo estado em encontros com os presidentes de ambas as nações, onde os EUA instauravam sua “política de boa vizinhança” vendendo equipamentos militares para o Brasil. A atriz foi usada como parte de um processo para uma caricaturização latina do Brasil aos olhos do público ianque, junto com personagens criados na época, tal como o zé Carioca, criado pelo cartunista Walt Disney para a mesma função. Isso a faz receber inúmeras críticas negativas de jornalistas brasileiros, que aclamavam a cantora como sendo “vendida” para o exterior. Tais críticas fizeram com que Carmen se sentisse insegura para vir ao Brasil realizar suas performances.
Em sua vida no solo norte-americano, Carmen fez o total de 14 filmes entre 1940 e 1953, 9 deles somente na 20th Century Fox. A popularidade da artista, entretanto, foi decaindo ao longo da segunda guerra mundial, tendo seu talento como cantora e performer muitas vezes ofuscado pelo caráter exótico em suas apresentações. Carmen porém, nunca parecia afetada por tais fatos em suas apresentações e aparições a público, sendo retratada sempre como uma pessoa de boa índole e hospitaleira que acolhe aos brasileiros que desejam visita-la nos EUA. O filme retrata a cantora nos estúdios da 20th Century Fox, como uma pessoa de poder dentro do estúdio, dado o conhecimento de sua fama e importância para os produtores da época.
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