Casamento em Perigo (Marriage in Peril). Miranda Lee
Resenha: Casamento em Perigo (Marriage in Peril). Miranda Lee. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nessaamoedo26 • 29/9/2013 • Resenha • 10.330 Palavras (42 Páginas) • 1.015 Visualizações
Casamento em Perigo
(Marriage in Peril)
Miranda Lee
A batalha para salvar o casamento começou... no quarto!
Brooke estava feliz, casada com o rico italiano Leonardo Parini... até ouvir acidentalmente uma conversa que sugeria que Léo já fora perdidamente apaixonado pela esposa do irmão. Brooke não queria acreditar que seu marido maravilhoso fosse infiel, mas logo teve a dolorosa confirmação de que ele estava visitando a cunhada em segredo.
Deveria Brooke revelar a Léo o que sabia? Uma coisa era certa: o marido ainda a desejava, como nunca, o que lhe dava esperança de salvar seu casamento. Lutaria pelo homem que amava, não aborrecendo-o com cenas de ciúme, mas fazendo tudo o que pudesse para seduzi-lo...
Digitalizado e Revisado por: Alice Akeru
Copyright © 2000 by Miranda Lee
Originalmente publicado em 2000
pela Harlequin Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra
Todos os direitos reservados, inclusive o direito de
reprodução total ou parcial, sob qualquer forma.
Esta edição é publicada através de contrato com a
Harlequin Mills & Boon Ltd.
Todos os personagens desta obra são fictícios.
Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas
terá sido mera coincidência.
Título original: Marriage in Peril
Tradução: Márcia Gimenez
Editor: Janice Florido
Chefe de Arte: Ana Suely S. Dobón
Paginador: Nair Fernandes da Silva
EDITORA NOVA CULTURAL LTDA.
Rua Paes Leme, 524 - 10° andar
CEP: 05424-010 - São Paulo – Brasil
Copyright para a língua portuguesa: 2001
EDITORA NOVA CULTURAL LTDA.
Fotocomposição: Editora Nova Cultural Ltda.
Impressão e acabamento: Gráfica Círculo
PRÓLOGO
Brooke esperou a reação da mãe sentindo-se tensa. Não poderia ser boa. Mais uma vez, porém, lembrou a si mesma que a mãe nunca aprovara nenhuma de suas decisões.
Não que Brooke tivesse o hábito de ser desafiadora. Ela apenas contrariara a vontade da mãe poucas vezes durante seus vinte e um anos de vida, e, na maioria das vezes, haviam sido transgressões secretas, como ler com uma lanterna sob os cobertores à noite ou passar batom no momento em que virava a esquina no caminho para a escola...
Sua única decisão realmente desafiadora fora tornar-se aprendiz em um grande hotel de Sídnei em vez de cursar Direito na universidade, mudando-se em seguida para um pequeno apartamento em Bond, o que fizera no ano anterior, para viver sozinha.
Mas nenhuma dessas decisões havia sido tão importante quanto planejar o casamento em um cartório de registros, uma cerimônia que aconteceria na manhã seguinte, sem contar, única palavra à mãe até aquele momento.
A tensão crescia no íntimo de Brooke enquanto ela esperava que a mãe dissesse alguma coisa. Mas Phyllis Freeman limitou-se a ficar sentada à mesa do jardim, fumando, completamente silenciosa.
A tortura do silêncio não era uma tática que sua mãe adotava com freqüência. Ela era uma mulher perspicaz e muito inteligente, com mente aguda e língua ferina, que usava para destilar argumentos extremamente lógicos sempre que queria. Phyllis tinha idéias bem definidas sobre tudo, mas especialmente sobre o papel e os direitos da mulher moderna.
Advogada que se especializara em casos de discriminação, ela era uma expert quando se tratava de defender a causa feminista. Aos quarenta e dois anos, depois de dois divórcios, tornara-se uma mãe intransigente e uma mulher que odiava o sexo oposto com todo fervor.
Brooke não sabia por que ainda a amava. A mulher era impossível. Abrira mão de dois bons maridos, e a partir de então passara a se ocupar da vida sentimental da filha adolescente, o que quase enlouquecera Brooke. Nenhum de seus namorados jamais fora capaz de agradar Phyllis Freeman. Sempre havia alguma coisa errada com eles.
Justamente por isso, Brooke evitara sistematicamente levar Léo para conhecer a mãe desde que o conhecera. Ela não queria correr o risco de estragar aquele que sabia ser o amor de sua vida.
Mas as coisas tinham progredido de maneira irreversível, chegando a um ponto em que era impossível continuar ocultando os fatos de Phyllis. O casamento com Léo estava prestes a se tornar um fait accompli, um fato consumado.
Brooke tinha considerado a idéia de só contar à mãe depois que tudo estivesse consumado, mas chegara à conclusão de que isso seria excessivamente cruel. Naquele instante, porém, começava a achar que talvez esse houvesse sido o menor dos males.
Seu estômago contorceu-se quando viu a mãe finalmente apagar o cigarro no cinzeiro de cerâmica e erguer a cabeça para fixá-la com gélidos olhos azuis.
— O casamento foi idéia sua, Brooke? — ela perguntou friamente. — Ou dele?
— Na verdade, foi dele — Brooke teve prazer em anunciar.
Os dois estavam sob o luar quando Léo fizera a proposta, logo depois de saber sobre o bebê. Naquele momento descobrira que ele realmente a amava, e não estava somente à procura de diversão.
Sua mãe sempre dissera que as ações valiam mais do que palavras. Bem, na mente de Brooke, casamento envolvia amor e comprometimento. Não era apenas fisicamente que Léo a queria... Algo que a mãe sempre dissera em relação aos seus namorados anteriores.
Brooke imaginava se era isso o que sua mãe pensava de si mesma no passado. Que os homens em sua vida haviam ficado cegos por sua aparência, e que nenhum deles jamais amara a verdadeira Phyllis. Quando jovem Phyllis fora uma mulher estonteante, com longos cabelos loiros, pele perfeita, grandes olhos azuis, lábios carnudos e um corpo que parecia ter sido concebido para
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