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A Divisão de Educação, Cultura e Ação Social Gerência de Educação

Por:   •  4/9/2023  •  Relatório de pesquisa  •  1.662 Palavras (7 Páginas)  •  71 Visualizações

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Divisão de Educação, Cultura e Ação Social

Gerência de Educação

Ata do Grupo de Estudos

2º bimestre – 2023

UNIDADE

Guarapuava

TEXTO

Manual Maker atividades mão na massa para o ensino de ciências

DATA DE REALIZAÇÃO

21/05/2023

MEDIADOR DA AÇÃO

Erivelto José Lopes

PARTICIPANTES

Erivelto José Lopes, Fernanda Guralecka, Ivan Litenski, Jéssica Tassiana Bobroski, Patrícia Djenis e Suelem Kluconski.

O material referente a esse grupo de estudos, foi desenvolvido pela orientadora de atividades Viviane Retamero, da US Ivaiporã, como resultado de sua pesquisa de mestrado. Compartilhamos com toda equipe do esse material, com autorização da autora, por ser bastante pertinente e estar relacionado com a metodologia do Futuro Integral.

Aproveitem essa leitura e sugestões de atividades!  Boas discussões para as equipes!

VAMOS REFLETIR: QUESTÃO 1

Fundamentada em diversos autores, Retamero (2022) argumenta que as atividades práticas, quando são cognitivamente desafiadoras e coletivas, podem estimular o interesse dos alunos. Além disso, a autora apresenta o Maker como um potencial formato didático para favorecer o ensino e a aprendizagem em Ciências. Vale destacar que o fazer, quando mecânico, parece não contribuir para a aprendizagem, sendo que muitas vezes os alunos conseguem fazer algo, no entanto, não compreendem o que estão fazendo (ARRUDA, 2001). Este fato pode ser o motivo pelo qual os alunos “não conseguem explicar ou aplicar o conhecimento em novas situações” o que justifica o desacordo entre o ensino e a aprendizagem, ou seja, os alunos não aprendem o que lhes é ensinado (POZO; CRESPO, 2009).

Embora a produção educacional “Manual Maker: atividades mão na massa para o ensino de Ciências” esteja fundamentada no ensino de Ciências o formato didático apresentado não se restringe a esta disciplina. Assim, tendo como referência os saberes relacionados ao seu eixo de atuação (Raciocínio Lógico, Letramento, Expressão Corporal ou Arte Educação) e a sua experiência profissional no projeto, como as atividades Maker podem contribuir para o ensino e a aprendizagem dos alunos do Futuro Integral?

Num primeiro momento é importante entender que a cultura maker é oriunda da publicação de uma revista norte-americana do ano de 2005. Nela se propõe o desenvolvimento de uma atividade no conceito de “mãos na massa”. Ou seja, uma abordagem que incentiva os estudantes a fazer com as próprias mãos.

A pertinência dessa discussão é de suma relevância do ponto de vista do desenvolvimento de uma metodologia que supra as demandas de um aprendizado, e faça sentido para o educando, tanto no contexto educacional como social.

Notamos na literatura que norteia as bases desse texto a abordagem de questões que partem de um fazer teórico até a conclusão prática.

Para melhor esmiuçar essa posição é válido dizer que as propostas centrais desses estudos abarcam as múltiplas interações que correspondem ao aprendizado do sujeito e seus pares, ou seja em coletividade.

Uma vez que propor soluções-problema torna o ambiente desafiador e potencializa a prática do aprendizado.  Ademais, é primordial valorizar a experiência em que o sujeito aluno está exposto.

Compreender que o professor, é um mediador, para um processo, é a base para o resultado da ação se tornar eficaz e se materializar na sua completude.

Quanto ao resultado que se pretende na aplicação teórica e prática não seria errôneo afirmar que isso se daria pelo arcabouço de conhecimentos na apropriação de uma metodologia ativa, esta que, irrompe e evoca uma mudança de paradigmas. Em linhas gerais trata do desenvolvimento e o envolvimento do aluno, pois ele não mais receberá o conhecimento pronto, mas em sua posição perceberá que é uma peça central e menos secundária no processo de aprendizagem.

 Isso tudo corrobora para um conhecimento significativo, de maneira que o leva a interagir ativamente com as etapas que são elaboradas.

Nesse nível e respeitando a especificidade de cada indivíduo em seu papel de protagonismo é possível ir além e desafia-lo a enfrentar as adversidades. Sobretudo, porque está ligado ativamente ao procedimento de construção do seu aprendizado.

A partir dessa perspectiva seria interessante instigar o aprendiz ao desenvolvimento de uma construção mental, isso diz respeito ao fato de uma formação para pesquisar, ler, comparar hipóteses, classificar e interpretar de maneira crítica. Pois com todos esses aparatos em mãos poderá tomar uma decisão mais assertiva para explorar seu potencial acadêmico.

Posto isso, como mote gerador da discussão, nós como equipe do futuro integral Guarapuava, buscamos atuar em sintonia com o que é a matriz deste texto.

De maneira mais abrangente podemos citar algumas ações que julgamos estar alinhadas com a metodologia proposta. Podemos citar dentre várias, a atividade de pensamento computacional, da área de letramento e arte, bem como exercícios de conversação e diálogos, em situações reais da vivência dos alunos. Outra atividade que se pode elencar tem a ver com a experimentação e pesquisa sobre o tema, exemplo disso é a atividade, do que são feitas as coisas, do eixo raciocínio lógico. Em arte/letramento trazemos o desafio do reaproveitamento de materiais para composição de um ambiente artístico onde todos elementos descartados compõe uma única cena sem perder seu valor individual, chamamos de Assemblage, montagem em francês. Inúmeros outros exemplos poderiam ser citados dentro dessa lógica de trabalho. Contudo, adotamos uma postura condizente com a metodologia supracitada por compreender que ela traz efeitos benéficos, a longo prazo para nossos alunos.

Por fim, em nossa prática metodológica adotamos uma postura que vai ao encontro do tema, aqui discutido, pois elegemos o conhecimento como uma ponte entre quem aprende e a maneira como se aprende. Somos mediadores da ação. Fato que eleva o nível do aluno ao de ator principal da sua vivência na comunidade escolar e em sociedade.

 

QUESTÃO 2

A autora afirma que o material produzido tem como objetivo estimular o interesse e orientar os professores a utilizarem as atividades Maker no ensino. Embora ofereça modelos, a pesquisadora recomenda que os educadores personalizem o material, reflitam sobre ele, sobre os resultados produzidos com sua utilização, assim como, sobre sua própria atuação docente em uma abordagem Maker.

Desta forma, o que você e sua equipe compreenderam como essencial em uma atividade Maker? Quais conhecimentos são fundamentais para o orientador de atividades e quais seriam os possíveis pontos de gargalo para a aplicação desta estratégia didática nas atividades do projeto Futuro Integral?

A priori, pudemos perceber que o processo é algo bastante sistemático em sua abrangência, pois a saber revela um processo a ser seguido. Partindo da visão da mediação da docência e a metodologia a ser aplicada.

Em segundo plano e não mais importante é necessário levar o aluno a compreensão, do seu papel como fio condutor, nas atividades e para sua conclusão.

Tendo essa clareza percebemos o diferencial das nossas atividades frente ao ensino tradicional.

Como gargalo na aplicação da cultura Maker notamos que a estrutura das instituições pode tolher o potencial dos alunos, pois é notório que o material humano a nós entregue necessita apenas de um ambiente inovador, motivador e que o desafie a criar.

Conforme a discussão que fizemos em equipe também revela que nem tudo são flores, pois demonstra que nos assemelhamos mais, a uma cultura do improviso ou do reaproveitamento, do que as bases do texto nos mostra, a Cultura Maker. Para dar luz a essa situação podemos elencar o ambiente em que nossas atividades são realizadas, pois convivemos com estruturas por vezes deficitárias. Nós enquanto professores que estamos na ponta do processo também dispomos do mínimo para dar suporte ao nosso aluno que na sua maioria advém de um ambiente de carência financeira, afetiva e cognitiva. Quando falamos da questão cognitiva precisamos pensar nos alunos inclusos, que são vários, e na grande maioria de cunho intelectual, isso também requer uma formação diferenciada para o atendimento desse aluno. Como ministrar uma atividade interessante e instigante sem um aparato tecnológico básico como um projetor, uma tela e uma caixa de som, para que esse docente que muitas vezes é um aprendiz visual ou auditivo, e está conectado em sua maioria em smartfones para jogos online fora do ambiente escolar, e que por vezes possui uma rede social? Igualmente, é preciso citar um fator interno “interessante” da nossa instituição, que ocorre em desalinho com o que propõe os programas PCG, do Sesc. Convivemos com algumas áreas com a mesma proposta de atendimento ao público geral da comunidade e com recursos bastante dissonantes do futuro integral, uma vez que abrangemos uma gama significativa de crianças da comunidade. E como já citamos somos a “Cultura do improviso/reaproveitamento”!

No papel percebemos que o texto proposto para debatermos é muito instigante e agrega muito para enriquecimento metodológico, porém precisamos de suporte para dar o mínimo que nele se apresenta. Nós que estamos na ponta do processo e desenvolvemos as ações encontramos entraves pela precariedade que fora citada logo acima. Cremos que seria muito mais proveitoso se assim o tivéssemos, pois vemos que fazemos muito com pouco, ou seja nós professores fazemos uso da cultura Maker para o nosso conhecimento, mas não conseguimos entrega-la para o nosso aluno atendido, com excelência. Dessa forma, ficamos reféns do pouco que dispomos e da nossa própria criatividade para confrontar um mundo de interações que nossas crianças do futuro integral estão expostas no âmbito extraescolar.

Como professores e pesquisadores, do futuro integral Guarapuava, não vemos o ensino como algo engessado, mas que precisa ser experimentado em sua gênese. É dessa forma que a teoria do texto proposto para o grupo de estudos se encaixa sobremaneira com a nossa prática, mas com as ressalvas apontadas logo acima.

Sendo assim, julgamos que a criatividade é o fator primordial para que o docente desenvolva e execute seu planejamento com êxito. Quando somatizamos todos esses aspectos temos uma resultante positiva para aquilo que pretendemos.  E por fim, sempre alinhados entre os eixos de atuação desenvolvemos aulas em sintonia com a pertinência da prática do fazer, construir e executar com o aluno o planejamento previamente traçado.  


ASSINATURA DOS PARTICIPANTES:

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