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A História do Grupo Fleury

Por:   •  27/5/2020  •  Bibliografia  •  1.461 Palavras (6 Páginas)  •  178 Visualizações

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  1. Introdução

                          A história do Grupo Fleury começou em 1926 ano de sua fundação. Contudo começou a se diferenciar nacionalmente em 1982, quando já contava com um sistema informatizado para atendimento ao cliente. Em 1983, a companhia começou a ofertar os primeiros exames de Centro Diagnóstico. Onze anos depois, em 1994, implantaram o sistema de código de barras para identificação segura de exames. Em 1998, tornou-se a primeira empresa em todo o planeta a disponibilizar os resultados de exames na internet. Já no novo século, em 2004, a Fleury inovou novamente com resultadas de exames que também apresentavam dados históricos. Um ano depois, em 2005, introduziu os checkups diversificados. Em 2010, começou a oferecer Centros Médicos Integrados, onde o cliente começou a poder fazer múltiplos exames no mesmo local.

        Com mais de 90 anos, o Grupo Fleury é uma das  organizações de medicina e saúde do Brasil, reconhecido pela comunidade médica e opinião pública pela excelência técnica, médica, em atendimento e em gestão.

        Com cerca de 9 mil colaboradores e mais de 2 mil médicos, a empresa conta com uma rede de aproximadamente 216 unidades de atendimento das marcas Fleury Medicina e Saúde, a+ Medicina Diagnóstica, Laboratório Weinmann, Labs a+, Clínica Felippe Mattoso, Diagnoson a+, Weinmann Serdil, Instituto de Radiologia, Campana, Cedire, Centro de Patologia Clínica, Diagmax, LAFE, Inlab, Papaiz e SantéCorp.

        Por meio dessas marcas, estão presentes nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e Maranhão.

        A partir do breve conhecimento empresarial, faremos uma análise da vantagem competitiva do Grupo Fleury, com respaldo as cinco forças de Porter.

  1. Desenvolvimento

        O Grupo Fleury, com anos de história desde sua fundação em 1926, é uma das maiores e mais conceituadas empresas de medicina diagnóstica e saúde no Brasil.   Diferentemente de outros mercados pelo mundo, no Brasil, quando se trata de medicina diagnóstica, é o paciente que normalmente escolhe o prestador de serviços de saúde, em geral, ouvindo recomendações do seu médico.  

        Sendo assim, a alta qualidade dos serviços e as boas relações com a comunidade médica, pacientes e operadores de planos de saúde mostram-se vital para os negócios. Ao longo dos anos, a Companhia se diversificou e atualmente, conta com múltiplas linhas de negócios mas a principal fonte de renda (por volta de 84% do faturamento da empresa) vem das 180 Unidades de Atendimento de medicina diagnóstica distribuídas pelo país.  

        O conceito de Private Equity consiste em investidores ou fundos que investem em empresas, objetivando alavancar seu desenvolvimento. Existem diferentes formas de fazer isto, seja implementando controles gerenciais melhores, reduzindo custos, contratando pessoas mais qualificadas, injetando capital para ajudar na expansão, entre outras maneiras.   A expressão Private Equity apresenta-se como uma modalidade de investimento onde investidores investem na compra da participação societária de uma empresa, seja ela uma empresa privada de fato ou fechando o capital de uma listada na bolsa de valores

        O crescimento do Grupo Fleury passa pelas seguintes frentes a serem exploradas na cadeia de valor da saúde:

  • Expansão orgânica no negócio de unidades de atendimento. 
  •  Continuar a liderar o segmento no Brasil e aumentar a participação na receita de 1% (2017) para 5% (2022).
  • Novas ofertas para além do diagnóstico: cuidados primários, coordenação de cuidados de saúde, infusão de medicamentos, procedimentos ortopédicos e outros
  • Transformação digital da empresa: conhecimento médico, relacionamento com clientes, processos de back office e outros
  • Forte pilar em inovação: P&D, startups e parceria técnica
  • Oportunidades em M&A para se tornar o consolidador do mercado no segmento de diagnósticos.

                O mercado de medicina diagnóstica no Brasil ainda é muito fragmentado, com poucos players dominantes. Existem ainda muita clínicas regionais e pequenas. A verdade é que fora a DASA e o Grupo Fleury, existem poucos (se é que existem) players com capacidade de tentar expandir e consolidar o mercado. E mesmo a DASA (que hoje conta com mais de 400 unidades)  está focada em um segmento diferente, pois estão voltados para serviços intermediários e básicos, a preços mais acessíveis enquanto a Fleury está concentrada no segmento premium.  

2.1 Forças de Porter

 

                Desenvolvida pelo Professor da Universidade de Harvard, Michael Eugene Porter, a análise de 5 forças de Porter apresenta-se como uma estrutura de análise sobre o cenário competitivo de uma indústria para avaliar a atratividade da mesma. Por atratividade, tem-se em mente, a rentabilidade geral dos participantes desta indústria. Uma indústria atrativa abre a possibilidade para grandes retornos enquanto uma menos atrativa não. Basicamente o modelo aborda 5 forças ou ângulos principais que devem ser estudados para concluir a atratividade do mercado em questão.

                Segue abaixo as 5 forças de Porter para o Grupo Fleury, especificamente:

  1. Ameaça de novos entrantes: apresenta força baixa para a Fleury. Dado que este é um mercado fragmentado, existem poucos players com tamanho e saúde financeira para abrir novas clínicas agressivamente. Inclusive, se tem alguém capaz de tal, seria o Grupo Fleury e a DASA.  
  2. Rivalidade entre os concorrentes: apresenta força média para a Fleury. O mercado de é um tanto quanto fragmentado, com clínicas menores tendo forte presença e reconhecimento em determinadas regiões.  
  3. Ameaça de produtos substitutos: apresenta força baixa para a Fleury. A verdade é que não existem muitos substitutos. O único verdadeiro substituto seriam as clínicas dos próprios hospitais. Além de já ser uma ameaça relativamente fraca, o Grupo já oferece serviços diagnósticos em hospitais.  
  4. Poder de negociação com fornecedores: apresenta força alta para a Fleury. Este é o ponto fraco do negócio como um todo. A Fleury tem pouco poder de barganha com seus 2 maiores fornecedores. Primeiramente, a oferta de fornecedores de equipamentos de diagnósticos por imagem é escassa e a companhia depende fortemente de importados e de grandes companhias, como a General Electric. Além disso, há forte dependência no médico. Não só há poucos médicos no Brasil mas eles tem forte poder de barganha pois boa parte dos pacientes fazem uso dos serviços da Fleury por indicações dos médicos.
  5. Poder de negociação dos clientes: apresenta força média para a Fleury. Dado que o Grupo é um dos maiores do mercado e apresenta serviços de altíssima qualidade, este item é menos expressivo do que poderia ser. Ainda assim, como todos do setor, sofre pois seu maior cliente são planos de saúde, que representam cerca de 70% do faturamento do Grupo. 

  1. Conclusão

                Não há soluções simples ou modos de entrada perfeitos que garantam o sucesso do empreendimento.

                Novos negócios demandam um olhar atento às características do mercado e uma estratégia de entrada que combine os recursos e capacidades pré-existentes com os recursos e capacidades requeridos por ele.  

                O principal desafio é compreender exatamente as características de um novo mercado e consequentemente, os recursos e capacidades necessários para empreender com sucesso.

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