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A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA E DA DANÇA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR

Por:   •  27/6/2019  •  Artigo  •  3.804 Palavras (16 Páginas)  •  335 Visualizações

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 AMANDA SANTOS GARCIA (1186565)

Licenciatura em Artes

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA E DA DANÇA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR

Orientador: Prof. Wilton Luiz Duque Lyra

Claretiano - Centro Universitário

SÃO PAULO

2019

RESUMO

A medida em que a sociedade evolui, muitas mudanças acontecem e surgem diferentes olhares acerca das expressões artísticas, e isso no espaço escolar, não é diferente. A disciplina de arte é muito importante no currículo escolar, ao passo que é através dela que os alunos reúnem as mais diferentes formas de expressão, sejam elas transmitidas por meio reflexivo, sejam por meio estético. Desse modo, o presente estudo tem por objetivo refletir acerca da importância da música e da dança, considerando que estas duas pertencem ao ensino de arte, e estão presentes nos documentos norteadores. Nessa perspectiva, o estudo é norteado com base em uma revisão da literatura sobre o tema destacado, com a finalidade de contribuir para maiores. Embora o ensino de música e dança seja considerado importante, observa-se que ainda há certa negligência quanto à dedicação de um olhar diferenciado para essas duas especificidades contidas na disciplina de arte.

Palavras-chave: Educação, Arte, música, aprendizado, formação.

INTRODUÇÃO

A Arte na Educação Básica brasileira apresenta uma trajetória marcada por transformações inesperadas, as quais sempre estiveram relacionadas às diferentes correntes pedagógicas, e ao pensamento dos educadores de determinados momentos históricos. É preciso observar o passado artístico para compreender o presente, e ter bases para intervir em um futuro mais assertivo no ensino de Arte que contempla, a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.

O fazer artístico é uma característica inerente do modo de vida dos seres humanos. A todo instante, as pessoas estão em processo de criação seja ele científico, técnico e até filosófico, pois isso faz parte da transformação do homem diante da realidade em que está inserido.

Nesse sentido, um ensino criador que oferece elementos de aprendizagem racional e estética, contribui para o desenvolvimento de ações complementares e significativas na vida dos alunos, fazendo com que os mesmos tenham a oportunidade de novas descobertas criativas, brincar com o desconhecido, divertir-se com situações inesperadas e produzir cada vez mais conhecimento.  

No que tange a educação nacional, existe uma importante legislação que regulamenta o sistema educacional brasileiro, que é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). A mesma foi criada com objetivo de reafirmar o direto à educação desde a educação básica, compreendendo também, o ensino superior. Esta estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado. A LDB também direciona o currículo do ensino fundamental e médio, no sentido de orientar as bases curriculares, ou seja, estabelecer uma Base Comum Curricular (BNCC), para o ensino.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - 9.394/96 - reconhece o ensino de Arte como disciplina escolar obrigatória, ao mesmo tempo, na proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), essa mesma disciplina é considerada uma área curricular que apresenta conteúdos específicos e funções tão importantes quanto as demais áreas de conhecimento.  De acordo com os PCN’s, ocorre a necessidade de variar as formas artísticas na escola, podendo ser trabalhados conteúdos como: artes visuais, dança, música e teatro.  

        Na atualidade, a música e a dança são usadas nas escolas, basicamente, apenas em datas comemorativas, tais como: festas, apresentações, recitais, saraus, entre outros momentos que possuem caráter, predominantemente expositor, e não como caminho para a construção de novos horizontes. Desse modo, infelizmente, observa-se que o ensino da disciplina de Arte é deixado em segundo plano no currículo escolar, ao passo que demais disciplinas, como por exemplo, Língua Portuguesa e Matemática, acabam ganhando mais expressividade, tendo em vista designações do próprio Currículo Escolar formulado pelo Estado.  

        No cenário atual, as escolas deixam a desejar no tocante à disciplina de Arte, ainda que esta esteja presente no currículo escolar, muitas vezes esbarra em questões metodológicos e conceituais, sendo utilizada de maneira simples, sem muita profundidade, como é o caso da música e da dança.

        A música, por vezes, está presente em algumas atividades que visam à integração dos alunos, maiormente, dos anos iniciais, todavia, conforme as séries avançam, a música vai perdendo seu espaço, acontecendo até de ser praticamente ignorada nas séries finais. O mesmo acontece com a dança. Embora, seja considerada a mais antiga das expressões artísticas, historicamente, não esteve muito presente nas escolas.

        Segundo Strazzacappa (2006, p. 78) “o grande problema enfrentado pela dança e pelas outras linguagens consiste na predominância ainda do ensino das artes visuais”. De acordo com a autora, o ensino de arte na escola ainda é visto, predominantemente, dentro do universo da pintura, do desenho, da escultura, entre outros aspectos que se centralizam no plano das artes visuais, fazendo com que as demais expressões e linguagens artísticas não tenham visibilidade, ao menos que o interessado recorra a estudos específicos das demais modalidades artísticas, o que infelizmente não ocorre com frequência.    

        O processo criativo está relacionado com todo o ensino que abarca o conteúdo de Arte, uma vez que, a arte dialoga com a formação do indivíduo, possibilitando a ele uma conscientização de seu espaço, de seu corpo, de suas funções cognitivas e corporais, estimulando-o a sair de sua zona de conforto, proporcionando estímulos para o fazer criativo diante do espaço em que ocupa.        

        Nessa perspectiva, percebe-se que a educação brasileira necessita observar o ensino de Arte com mais atenção, ao passo que as escolas não compreendem o ensino dessa disciplina como um aprendizado que perpassa do conhecimento científico atingindo assim, conhecimentos estéticos e até corporais, como é possível observar no ensino da dança e da música.

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