ARTE DA GUERRA
Ensaios: ARTE DA GUERRA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gui.souza • 11/3/2015 • 745 Palavras (3 Páginas) • 329 Visualizações
Os Nove Territórios -- Capítulo XI do livro A Arte da Guerra de Sun Tzu
Uma operação militar deve ser como uma cobra veloz, que quando tocada na cabeça ataca com a cauda; quando tocada na cauda, ataca com a cabeça e quando é tocada no meio, ataca com a cabeça e com a cauda.
Gente, confesso que se A Arte da Guerra fosse uma dissertação de mestrado e eu, o orientador do Sun Tzu, já teria perdido a paciência com o cara. Mais uma vez, ele me começa bem um capítulo e, sem mais nem menos, envereda por caminhos completamente alheios ao proposto.
Obviamente, é o caso deste capítulo, que pode ser dividido em pelo menos duas partes: na primeira, se discutem, de fato, os nove territórios do título; na segunda, voltam à ribalta diversos conceitos já analisados anteriormente. A conversa sobre territórios, embora apresente alguns elementos da discussão sobre terrenos, trata de um conceito mais amplo. No entanto, assim como o capítulo anterior, nos brinda com uma relação objetiva.
Temos, pois, os territórios disperso, de fronteira, chave, aberto, de intersecção, perigoso, difícil, cercado e mortal. Sun Tzu explica:
1. Disperso - onde os grupos locais lutam entre si
2. De fronteira - no qual se penetra, mas não muito
3. Chave - igualmente vantajoso para ambos os lados
4. Aberto - onde todos entram e saem como desejado
5. De intersecção - um Estado cercado por outros três inimigos, que confere a "vantagem celeste" a quem dele se apoderar
6. Perigoso - no qual se penetra fundo em terras estranhas, deixando muitas vilas inimigas para trás
7. Cercado - apertado e sinuoso, no qual uma pequena tropa inimiga, mesmo estando em inferioridade, pode atacar
8. Mortal - onde um exército sobrevive apenas se lutar desesperadamente
Claro, também nos é dado saber como nos portarmos em relação a cada tipo de território. Nas palavras do próprio mestre:
Não lute em territórios dispersos; não pare em territórios de fronteira; não ataque um território chave; não interfira em territórios abertos; em territórios de intersecção, faça alianças; em território perigoso, saqueie; em território difícil seja rápido; em territórios cercados faça planos; em territórios mortais, lute.
Locais de morte, ou mortais, ou mortíferos...
Do que foi dito acima, um conceito parece destacar-se no que se refere a territórios ou terrenos: o de local mortífero. Tanto que, em mais dois momentos neste capítulo, tais tipos de lugar são referenciados.
No primeiro, aparentemente no contexto de levar a cabo uma invasão, o conselho é situar as tropas num território mortal, "para que elas não tenham saída e lutem ferozmente". Assim, os "guerreiros darão o melhor de suas forças", farão o impossível diante do inesperado, "não temerão o perigo, e ficarão firmes". Em outras palavras, por não ter opção, lutarão até a morte.
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