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Resenha Do Livro Arte Da Guerra

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Por:   •  28/7/2013  •  1.468 Palavras (6 Páginas)  •  1.494 Visualizações

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Resenha sobre o livro de

R

oger

c

hartier: a

história cultural entre práticas e representações.

Ieda Ramona do Amaral e Luciane Miranda Faria¹

1 Referência

CHARTIER, Roger.

A História Cultural:

entre práticas e representações.

Tradução Maria Manuela Galhardo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990.

245p.

2. Credenciais do autor:

Roger Chartier nasceu em Lyon, na França, em 1945. Desde jovem tem se

dedicado a pesquisas e projetos coletivos na direção de novas abordagens e de

novos objetos para a história, fazendo parte da terceira geração do grupo de pes

-

quisadores conhecido como Escola dos Analles. Sua trajetória intelectual abrange

várias linhas de pesquisa: uma primeira linha seria a história das instituições de

ensino e das sociabilidades intelectuais; uma segunda linha de pesquisa, que per

-

passa o conjunto de sua obra, é constituída pela história do livro e das práticas de

escrita e de leitura; uma terceira linha de pesquisa seria a análise e o debate entre

política, cultura e cultura popular; uma outra linha ainda pode ser derivada de

suas reflexões sobre o ofício de historiador, expressas em suas publicações e em

suas atividades como divulgador de uma nova história. Diretor na Escola de Altos

Estudos em Ciências Sociais, em Paris, e professor especializado em história das

práticas culturais e história da leitura, Roger Chartier é um dos mais conhecidos

historiadores da atualidade, com obras publicadas em vários países do mundo. Sua

reflexão teórica inovadora abriu novas possibilidades para os estudos em história

cultural e estimula a permanente renovação nas maneiras de ler e fazer a história.

Chartier foi professor nas universidades Princeton, Montreal, Yale, Cornell, John

Hopkins, Chicago, Pensilvânia, Berkeley.

Roger Chartier escreveu muitas obras. Referenciamos aqui só as publicadas

no Brasil: História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes; Cultura

escrita, literatura e história; Formas do sentido - Cultura escrita: entre distinção

e apropriação; Os desafios da escrita; A aventura do livro; À beira da falésia; Do

Palco à Página; A ordem dos livros; História da leitura no mundo ocidental; Práticas

da leitura; O poder das bibliotecas: a memória dos livros no Ocidente; e Leituras

e leitores na França do Antigo Regime.

1

Mestrandas da Pós-Graduação, Linha de Pesquisa Educação e Linguagem (UFMT-2006)

.

Revista de Educação Pública

Cuiabá

v. 16

n. 30

p. 183-186

jan.-abr. 2007

184 • Notas de leitura, resumos e resenhas

Revista de Educação Pública, Cuiabá/MT, v. 16, n. 30, p. 183-186, jan.-abr. 2007

3. Conhecimento geral da obra

Em sua obra “A História Cultural: Entre Práticas e Representações”, composta

por oito ensaios publicados entre 1982 e 1986, Chartier evidencia que, nos anos

de 1950 e 60, os historiadores buscavam uma forma de saber controlado, apoiado

sobre técnicas de investigação, de medidas estatísticas, conceitos teóricos dentre

outros. Esses historiadores acreditavam que o saber inerente à história devia se

sobrepor à narrativa, por acharem que o mundo da narrativa era o mundo da fic

-

ção, do imaginário, da fábula. Contudo a tendência hegemônica da historiografia

atual propõe uma nova forma de interrogar a realidade, toma como base temas

do domínio da cultura e salienta o papel das representações.

A História Cultural, esclarece Chartier, é importante para identificar o modo

como em diferentes lugares e momentos uma realidade social é construída, pensada,

dada a ler. Portanto, ao voltar-se para a vida social, esse campo pode tomar por

objeto as formas e os motivos das suas representações e pensá-las como análise

do trabalho de representação das classificações e das exclusões que constituem as

configurações sociais e conceituais de um tempo ou de um espaço. No entanto, a

História Cultural deve ser entendida como o estudo dos processos com os quais

se constrói um sentido, uma vez que as representações podem ser pensadas como

“[...] esquemas intelectuais, que criam as figuras graças às quais o presente pode

adquirir sentido, o outro tornar-se inteligível e o espaço ser decifrado” (CHAR

-

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