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AS CONTRADIÇÕES DA ARTE PÓS-MODERNA

Por:   •  1/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.421 Palavras (6 Páginas)  •  455 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO[pic 1][pic 2]

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

Licenciatura em História

        

Aluno (a): Bruno Geremias Bomfim de Oliveira

Disciplina: Historia da Arte no Brasil                       Polo: Carpina   Período: 4º

Professor:  André Luiz Gomes Soares             Data: 03/06/2017

AS CONTRADIÇÕES DA ARTE PÓS-MODERNA


Prof. Juliana Pessi Mayorca

OBJETIVO: Analisar o período artístico pós-modernista, compreendendo suas contradições e sua influencia na sociedade.


TESE:

     Professora Pessi inicia sua discussão se referindo ao período modernista como Paradoxal, pois, mesmo trazendo a ideia de que o novo rompe com o passado, ainda carregava consigo, resquícios deste passado, a quebra desta concepção foi para muitos críticos da modernidade, o nosso “pós modernismo”

    Com a transformação tecnológica da década de 50, principalmente com a chegada do computador e da internet a arte começou a sofrer uma enorme mudança, pois, tudo aquilo que era considerado padrão  artísticos passou a ser criticado e repensado pelos artistas pós modernos.

      A professora cita em seu artigo grandes pensadores pós modernistas como Santos, Compagnon, Eagleton, Hutcheon e Reichmann e ao longo de discurso expõe as diversas concepções a cerca deste período histórico, esta linha de pensamento é bastante interessante pois nos dá uma noção dos mais diversos pontos de vistas, por exemplo, para Santos o Pós Modernismo era um “Fantasma” pois não se sabe ao certo se o pós-modernismo significa decadência ou renascimento cultural. Decadente, pois, segundo muitos críticos, não tem força intelectual; mas renascimento pois abala os preconceitos, ameniza o muro entre arte culta e de massa e é pluralista, já que propõe a convivência de estilos diversos. Assim é feita a pós modernidade: De contradições, Já Compagnon questiona a própria formação do termo: se o moderno é o atual e o presente, o que significa o prefixo “pós”? O que seria esse depois da modernidade, se a modernidade é a inovação constante? E não só a questão do termo, mas também na ideologia e nos conceitos defendidos ao longo desses anos, percebemos como a arte moderna e pós moderna são complexas e paradoxais. Então nos questionamos: primeiramente, se o pós-moderno pretende acabar com o moderno; fazendo isso estará fazendo exatamente o que a arte moderna fez no início do século passado: Ruptura. Enquanto o modernismo quer romper com o passado, o pós-modernismo visa ao diálogo com o tempo, com a história. Para muitos, o pós-modernismo e o tradicionalismo caminham juntos. Essa característica é o segundo tempo pós-moderno. Nesse período, a invenção parece estar esgotada e a solução é voltar ao passado por meio da paródia, do neo-expressionismo.

       Ou seja, os meios de comunicação refazem o mundo à sua maneira, hiper-realizam o mundo, pois algo inviável na realidade pode ser possível na televisão. A pós-modernidade é um mundo supercriado pelos signos. Compramos algo não pelo seu poder de uso, mas por causa do status; as pessoas passaram a ser pelo que vestem, pelo que têm. Atualmente quem não está na moda, paga o preço da marginalidade social. Essa é a chamada desreferencialização e dessubstancialização do sujeito. O pós-modernismo é o niilismo: Ausência de valores. É a entrega ao presente e ao prazer, ao consumo e ao individualismo. A produção e o próprio consumo são programados na pós-modernidade. O que aumenta o desempenho e facilita a vida. É preciso qualidade e tecnologia para poupar-se tempo e dinheiro. As pessoas são bombardeadas por informação e isso provoca efeitos culturais, políticos etc. Com tantas facilidades no dia-a-dia, a pessoa despolitiza-se. A sua participação social tem pequenos objetivos, Porém para Compagnon, o pós-moderno tem algo de moderno, mas de forma exagerada, como o individualismo exacerbado, por exemplo. Mas as preocupações pósmodernas estão presas às coisas menores, ao cotidiano. Para o autor, o pós-modernismo é uma continuação do modernismo, um prolongamento. Jameson diz que a impureza constitutiva de toda a teoria pós-modernista confirma um dos achados da periodização que precisa sempre ser reiterado: o pós-modernismo não é a cultura dominante de uma ordem social totalmente nova, com o nome de sociedade pós-industrial, mas é reflexo das mudanças do capitalismo. Sendo assim, vestígios do modernismo, e do próprio realismo, continuam vivos na cultura pós-modernista. O autor diz que o conceito de pós-modernismo não é só contestado, mas intrinsecamente conflitante e contraditória, e que apesar disso não dá para não usá-lo. “Pósmodernismo não é algo que não se possa estabelecer de uma vez por todas e, então, usá-lo com consciência tranquila”. Outro teórico importante dessa área, Eagleton, diz que a palavra pós-modernismo refere-se, em geral, a uma forma de cultura contemporânea, enquanto o termo pós modernidade, a um período histórico específico. Pós-modernidade é uma linha de pensamento que questiona as noções clássicas de verdade, razão, identidade e objetividade, a ideia de progresso ou emancipação universal, os sistemas únicos, as grandes narrativas ou os fundamentos definitivos de explicação. Pós-modernismo é um estilo de cultura que reflete um pouco essa mudança memorável por meio de uma arte superficial, descentrada, infundada, retrorreflexiva, divertida, caudatária, eclética e pluralista, que obscurece as fronteiras entre a cultura “elitista” e a cultura “popular”, bem como entre a arte e a experiência cotidiana. O quão dominante ou disseminada se mostra essa cultura; se tem acolhimento geral ou constitui apenas um campo restrito da vida contemporânea; é objeto de controvérsia5 . O autor usa o termo “pós-modernismo” para abranger as duas coisas, dada a evidente e estreita relação entre elas. Dizer “pós-modernista” não significa unicamente que você abandonou de vez o modernismo, mas que o percorreu a exaustão até atingir uma posição ainda profundamente marcada por ele, deve haver algo como um pré-pós-modernismo, que percorreu todo o pós-modernismo e acabou mais ou menos no ponto de partida, o que de modo algum não significa que não tenha havido mudanças. Hutcheon diz que o pós-modernismo é uma palavra muito usada e mal usada em várias disciplinas, como literatura, artes visuais, cinema, arquitetura, teoria literária e filosofia. Denomina pós-modernismo como práticas culturais caracterizadas por importantes paradoxos de forma e de ideologia. A autora afirma que o termo pós-modernismo costuma ser acompanhado por um grandioso cortejo de retórica negativizada: descontinuidade, desmembramento, descentralização, indeterminação, antitotalização. Todas essas palavras negam um compromisso, contestam algo, conforme faz o próprio termo “pós-modernismo”. O pós-modernismo é um fenômeno contraditório, que usa e abusa, instala e depois subverte os próprios conceitos que desafia – seja na arquitetura, na literatura, na pintura, na escultura, no cinema, no vídeo, na dança, na televisão, na música, na filosofia, na psicanálise ou na historiografia. Hutcheon defende que o pós-modernismo não pode ser usado como simples fenômeno para o contemporâneo, pois ele não descreve um conceito internacional, pois ele é basicamente europeu e americano É um fenômeno fundamentalmente contraditório, deliberadamente histórico e inevitavelmente político. Essas contradições se manifestam no conceito pós-moderno da “presença do passado”. Hutcheon afirma que o pós-modernismo não é um retorno nostálgico; é uma reavaliação crítica, um diálogo irônico com o passado da arte e da sociedade, a ressurreição de um vocabulário de formas arquitetônicas criticamente compartilhadas. Por ser contraditório e atuar dentro dos próprios sistemas que tenta subverter, provavelmente o pós-modernismo não pode ser considerado como um novo paradigma. Ele não substitui o humanismo liberal, mesmo que o tenha contestado seriamente. No entanto pode servir como marco de luta para o surgimento de algo novo.

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