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Arte Plumaria

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Por:   •  6/7/2013  •  1.042 Palavras (5 Páginas)  •  728 Visualizações

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ARTE PLUMÁRIA

(Índios Brasileiros)

A arte plumária dos índios brasileiros é uma das expressões plásticas mais conhecidas e impactantes das culturas nativas do Brasil. A definição usual de arte plumária diz respeito aos objetos confeccionados com penas e plumas de aves, amiúde associadas a outros materiais, e em sua maioria usada como ornamento corpóreo, seja de uso cotidiano seja em funções solenes e ritualizadas. A definição também inclui a fixação de penas diretamente sobre o corpo humano, em geral com os mesmos objetivos e significados, e a confecção de objetos emplumados para outros usos além do adorno do corpo.

Todos os grupos têm seu estilo e sua técnica, mas a grande preocupação é fazer com que a arte plumária saia com perfeição. Cada acessório feito carrega inúmeros signos, e somente os povos do mesmo grupo pode interpretar esse significado.

Coca feita com penas de japu Índio Pataxó com variados adornos plumários

TAPIRAGEM

Processo de mudar artificialmente a cor das penas de aves vivas usado por várias tribos indígenas do Brasil.

Os índios da Amazônia, Mato Grosso e Venezuela mudam a cor das penas das araras e papagaios para fazer adereços.

Para conseguir isto, na época da muda, eles tiram as penas das asas e da cauda, friccionam a pele com unguentos e dão alimentos especiais às aves como ovos de tartaruga, secreções leitosas da pele e sangue de sapos e rãs, peixes, como pirarucu, e sementes de açafrão e urucum.

O resultado deste processo, conhecido como tapiragem, é que as penas perdem o azul ou verde original que possuíam. Nascem amarelas pinceladas com vermelho ou amarelo-ouro, este tom, mais raro, é o preferido para compor os adereços.

PINTURA CORPORAL INDÍGENA

Uma das características que mais marcam a cultura indígena é a pintura corporal que pode ser vista como tão necessária e importante esteticamente como a roupa usada pelo “homem branco”. A pintura corporal para os índios tem sentidos diversos, não somente na vaidade, ou na busca pela estética perfeita, mas pelos valores.

Que são considerados e transmitidos através desta arte. Feita de jenipapo, carvão ou urucum, tem como objetivo diferir os povos, determinar a função de cada um dentro da aldeia e até mostrar o estado civil. Algumas índias utilizam esse método, por exemplo, para “dizer” que estão interessadas em encontrar um parceiro. O processo de preparação da tinta consiste em ralar a fruta com semente e depois misturá-la com outros pigmentos, como o carvão, para diversificar as cores. Nos dias comuns a pintura pode ser bastante simples, porém nas festas, nos combates, mostra-se requintada, cobrindo também a testa, as faces e o nariz. A pintura corporal é função feminina, a mulher pinta os corpos dos filhos e do marido. Cada etnia tem sua própria marca e se alguma outra utilizar a mesma, uma luta entre as aldeias pode ocorrer. A etnia Tenharim, do Amazonas, faz desenhos de bolas em todo o corpo para se caracterizar. Homens usam desenhos maiores para se diferenciarem das mulheres e imporem uma posição de liderança. Já na aldeia Tapirapé, do Mato Grosso, homens podem usar as mesmas figuras das mulheres, mas as mulheres não podem usar as dos homens. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum fim utilitário, mas apenas a pura busca da beleza.

TRANÇADOS

Gurumã, tururi, jupati, miriti, cipó titica e tucumã são nomes indígenas dados a algumas fibras naturais da Amazônia que dão forma à arte da cestaria paraense. Numa magia de trançados de talas e pinturas, num instante os artesãos fazem surgir belas cestas, peneiras, leques, bolsas e outros adereços usados na decoração de ambientes, como utensílios de cozinhas e até mesmo como acessórios da moda. Artesanato muito popular na região, as técnicas da feitura de cestos são passadas de gerações a gerações de artesãos, sobretudo os que vivem ou têm origens no interior do Estado.

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