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Artes

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Por:   •  15/5/2013  •  Resenha  •  619 Palavras (3 Páginas)  •  468 Visualizações

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Em que pese a grande influência do esteticismo, cujo corolário apareceria no início do século XX na forma do abstracionismo, uma apoteose do individualismo artístico,14 houve correntes que o combateram. Hippolyte Taine elaborou uma teoria de que a arte tem um fundamento sociológico, aplicando-lhe um determinismo baseado na raça, no contexto social e na época. Reivindicou para a estética um caráter científico, com pressupostos racionais e empíricos. Jean Marie Guyau apresentou uma perspectiva evolucionista, afirmando que a arte está na vida e evolui com ela, e assim como a vida se organiza em sociedades, a arte deve ser um reflexo da sociedade que a produz.15 A estética sociológica teve associações com os movimentos políticos de esquerda, especialmente o socialismo utópico, defendendo para a arte o retorno a uma função social, contribuindo para o desenvolvimento das sociedades e da fraternidade humana, como se percebe nos trabalhos de Henri de Saint-Simon, Lev Tolstoi e Pierre Joseph Proudhon, entre outros. John Ruskin e William Morris denunciaram a banalização da arte causada pelo esteticismo e pela sociedade industrial, e defenderam a volta ao sistema corporativo e artesanal medieval.16 17

Na mesma época a arte começou a ser estudada sob o ponto de vista psicológico e semiótico através da contribuição de Sigmund Freud. Ele declarou que a arte poderia ser uma forma de representação de desejos e de sublimação de pulsões irracionais reprimidas. Disse que o artista era um narcisista, e que as obras de arte podiam ser analisadas da mesma forma que os sonhos, os símbolos e as doenças mentais. Continuou nessa linha seu discípulo Carl Jung, que introduziu o conceito de arquétipo na análise artística.18 Outra novidade foi introduzida por Wilhelm Dilthey, considerando arte e vida serem uma unidade. Prefigurando a arte contemporânea, reconheceu a importância da reação do público na definição do que é um objeto artístico, o que instaurava uma espécie de anarquia do gosto, inaugurando a estética cultural. Reconheceu também que a época assinalava uma mudança social e uma nova interpretação da realidade. Ao artista caberia intensificar nossa visão de mundo em uma obra coerente e significativa.19

Na primeira metade do século XX conceitos inovadores foram introduzidos pela Escola de Frankfurt, destacando-se Walter Benjamin e Theodor Adorno, estudando os efeitos da industrialização, da tecnologia e da cultura de massa sobre a arte. Benjamin analisou a perda da aura do objeto artístico na sociedade contemporânea, e Adorno refletiu que a arte não é um reflexo mecânico da sociedade que a produz, pois a arte expressa o que não existe e indica a possibilidade de transformação e transcendência. Representante do pragmatismo, John Dewey definiu a arte como "a culminação da natureza", defendendo que a base da estética é a experiência sensorial. A atividade artística seria uma consequência da atividade natural do ser humano, cuja forma organizativa depende dos condicionamentos ambientais em que se desenvolve. Assim, arte seria o mesmo que "expressão", onde fins e meios se fundem em una experiência agradável. Já Ortega y Gasset apontou o caráter elitista e a desumanização da arte de vanguarda, devido ao seu hermetismo, ao repúdio da imitação da natureza e à perda da perspectiva histórica. Na escola semiótica, Luigi Pareyson elaborou uma

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