Artigo Músicos Profissionais e Iniciantes na Faculdade

DIFERENÇA ENTRE MÚSICOS INICIANTES APRENDIZES E MÚSICOS PROFISSIONAIS NO CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA

Jailson de Almeida Gomes^[1]

Universidade Federal do Acre (UFAC)

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Investigação e Prática Pedagogica – Profº mestre Jorge Fernandes

Resumo

   

   Este artigo apresenta a relação e convivência entre os estudantes do curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal do Acre (UFAC), pois entre os mesmo existem os que já possuem uma bagagem na carreira profissional e conhecimento previo musical, e também existem os que não possuem o conhecimento musical previo, os iniciantes aprendizes.

   Entender como foi á escolha profissional, a vida laboral durante o período de formação docente, ás expectativas futuras em relação ao curso, o vestibular, entre outros.

Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados questionários, entrevistas focais e participação direta em aulas do curso, ensaios, e eventos musicais realizados na própria faculdade.

  A pesquisa foi orientada teórica e metodologicamente pelo professor mestre Professor Jorge Fernandes. Como resultados enumeram-se: mais da metade dos estudantes de Licenciatura são homens, têm mais de vinte anos e exercem atividades profissionais paralelas;

Dentro da maioria escolheu o curso de Licenciatura como segunda opção com o objetivo de ampliar os conhecimentos musicais e, principalmente, para estudar um instrumento musical;

Boa parte deles não manifestou interesse em trabalhar na rede pública de ensino, mas como professores particulares de instrumento ou serem criadores e participantes de projetos sociais, voltados claro ao ensino da Música.

  Trata-se de um estudo que pretende entender e compreender um pouco dessa relação entre profissionais e aprendizes musicos no mesmo espaço, acerca da formação do professor de educação musical e, em conseqüência, obter sugestões para melhorias do curso de Licenciatura em música.

Palavras-chave: Licenciatura em Música, Músico Profissional, Músico Aprendiz, Relação e Convivência.

Introdução^[2]

   Como músico profissional na especialidade de trompetista, e atualmente sou aluno no curso de licenciatura em Música na Universidade Federal do Acre, cursando o segundo período; percebo claramente a diferença que existe entre os alunos do curso, o nível de conhecimentos entre os alunos, as culturas são bastante variadas, os estilos são bastante diferentes dentre os mesmos, os gostos e diferença na escolha dos instrumentos musicais para aqueles que optarem por serem músicos instrumentistas, pois a escolha do instrumento é muito importante pro seu desenvolvimento profissional.
         

   No mesmo ambiente existem músicos com conhecimentos de nível básico, de nível intermediário e também se tem músicos já profissionais, são os que já possuem uma carreira musical, já certa bagagem profissional. De acordo com Barbosa, Nascimento e Santiago (2007)

Em música, a prática é necessária para capacitar o musicista a adquirir, desenvolver e manter aspectos técnicos, aprender uma nova música, memorizar músicas, desenvolver interpretações e prepará-lo profissionalmente. Barbosa, Nascimento e Santiago (2007)

   Acompanhando de perto, vou poder identificar os pontos positivos e negativos de uma total convivência, entender melhor essa relação; e ver o que pode ser feito pra melhorar ainda mais, afinal, são quatro longos anos pela frente de curso. Então o quanto melhor ficar essa relação de convivência entre os mesmos, à aprendizagem e o aperfeiçoamento de ambos será eminente. Daí a chance de juntos aprenderem e bem maior. Pois assim expressaram Barreto e Chiarelli(2011,p1)

a musicalização pode contribuir com a aprendizagem, evoluindo o desenvolvimento social, afetivo, cognitivo, linguístico e psicomotor da criança. A música não só fornece uma experiência estética, mas também facilita o processo de aprendizagem, como instrumento para tornar a escola um lugar mais alegre e receptivo, até mesmo porque a música é um bem cultural e faz com que o aluno se torne mais critico. (BARRETO E CHIARELLI 2011,p1)

  Pois nós músicos sabemos o quanto é valioso manter-se sempre atualizado, pois um músico instrumentista precisa sempre estar em contato com seu instrumento dia a dia, estudando, passando e repassando lições, alto avaliando-se, procurando sempre melhorar seu desempenho musical, pois justamente são essas horas diárias de estudos, que contribuirão para uma boa evolução do seu nível. E pra os músicos iniciantes tendo amigos de sala já em nível profissional, tende-se ainda mais o incentivo entre os mesmo. Nos dias atuais temos a tecnologia a nosso favor, onde através dela podemos realizar pesquisas na internet, ter aulas particulares ao vivo via Skype e outros meios de Vídeo conferência, participar de grupos voltados pra o seu instrumento, poder baixar livros, métodos, estudos, musicas, etc.

   Mais é claro que tantos os iniciantes como os já profissionais em música, necessitam de uma avaliação e direcionamento de outro profissional, cabendo-se aí o trabalho e real ajuda do Professor em sala de aula, pois sabemos que mesmo com experiência, sempre teremos alguma dúvida não é mesmo¿ Portanto a função do professor é fundamental para o aprendizado de todos os alunos, independente de conhecimentos próprios ou não.

Objetivo^[3]

  Como objetivo, pretendo acompanhar de perto participando de aulas, até de períodos e turmas diferentes, também estar presente em encontros dos estudantes do curso, algumas apresentações que vou perceber e compreender um pouco mais da rotina dos estudantes, os pontos que me levem a entender e colher o máximo de informações possíveis sobre essa relação em sala de aula e na própria faculdade entre músicos profissionais e músicos iniciantes na faculdade, a partir daí vou poder analisar um pouco o quanto existe de harmonia e companheirismo tanto dos profissionais com os iniciantes, e dos iniciantes com os profissionais. Através da pesquisa de informações e entrevista feita com alguns alunos pude coletar algumas sugestões para possíveis melhorias para o curso.