As Cidades

As cidades como puderam ser no Brasil

O capítulo do livro trata da história do planejamento urbano no Brasil, a partir da colonização que apesar da tradição trazida pelos portugueses, foi marcado pela irregularidade dos fatos e que, contudo trouxeram resultados lucrativos.

Na época de colonizadores, a vontade de ampliar e reorganizar a cidade vai se justificando pelo desejo de um espaço bem arrumado que seja ele mesmo, um discurso de ordem, porém misturas incomodavam. As propostas de desenvolvimento indicava que tradições antigas estavam sendo superadas e novos projetos de um futuro grandioso, ao qual incluía toda sociedade, era apresentada. Os arquitetos e urbanistas vêm construindo padrões que seguem as seguintes orientações: Os valores são analisados em representações simbólicas e materiais e a partir dessas trocas e desses usos são feitas sínteses e análises. Essas, por sua vez, são geradoras de práticas positivas e teóricas, resultando por um lado “culturalismo”, onde os loteamentos são soluções, e por outro “racionalismo”, onde o conjunto habitacional é a resposta. Em vez de diversidade, o que há são confusão e indefinição do espaço. Enquanto isso, a população analisa de outra forma: Os valores são chocados com os símbolos, representações e necessidades materiais, e a população faz a experiência entre os usos e as trocas na vida real. As respostas a esse esquema só poderão ser sustentadas dentro de um propósito muito mais amplo de politização e democratização do conhecimento sobre espaço, que devem acontecer com aplicações, não sendo assim serão “puro diletantismo” teórico, afirma Carlos Nelson. “Centros urbanos são, em si mesmos, fontes abertas e inesgotáveis de ideias que saltam de seu simbolismo escancarado e são todos os dias decodificadas, absorvidas e reelaboradas nas ruas, praças, nos meios de transportes, locais de trabalho, em todos os lugares.”

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