CARNAVAL MULTICULTURAL EM PERNAMBUCO
Monografias: CARNAVAL MULTICULTURAL EM PERNAMBUCO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: catende • 6/3/2014 • 1.499 Palavras (6 Páginas) • 638 Visualizações
Carnaval do Recife
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O carnaval do Recife é um carnaval multifacetado, com formas diferentes de carnaval de rua, desfiles de agremiações carnavalescas e apresentações de cantores e conjuntos musicais em palanques específicos.
O Recife possui o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, que se apresenta no sábado de carnaval, ou Sábado de Zé Pereira.1
Índice
1 História
1.1 Corso
1.2 Desfiles de clubes
1.3 Escolas de samba
1.3.1 Agremiações de Olinda
2 Carnaval atual
3 Ver também
4 Notas
5 Ligações externas
História
Em fim do Século XVII havia organizações, denominadas Companhias, que se reuniam para comemorar a Festa de Reis. Essas companhias eram constituídas em sua maioria de pessoas de raça negra, escravos ou não, que suspendiam seus trabalhos e comemoravam o dia dos Santos Reis.
Galo da Madrugada.
No Século XVIII apareceu o Maracatu Nação, chamado Maracatu de baque virado, que encenava a coroação do Rei Negro, o Rei do Congo. A coroação era realizada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Igreja do Rosário dos Pretos).
Com a abolição da escravatura, começaram a aparecer agremiações carnavalescas baseadas nos maracatus e nos festejos dos Reis Magos.
O primeiro clube carnavalesco de que se tem notícia foi o Clube dos Caiadores, criado por Antônio Valente. Os participantes do clube compareciam à Matriz de São José, no bairro de São José, executando marchas. Seus participantes, levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e a caiavam (pintavam), simbolicamente.
No Século XX o Recife já dispunha de diversas sociedades carnavalescas e recreativas, entre elas dois clubes (ainda hoje existentes): o Clube Internacional do Recife e o Clube Português do Recife, inicialmente denominado Tuna Portuguesa, além da Recreativa Juventude.
O carnaval de rua realizava-se nas ruas da Concórdia, Imperatriz e Nova, com desfiles de mascarados (os papangus 2 e as máscaras de fronha).
Corso
O advento do automóvel trouxe um desfile diferente: o corso. Inicialmente composto por carros puxados a cavalo, depois os de tração a motor, os quais saiam do principal clube da cidade na época.
Os veículos eram ornamentados e os rapazes e moças desfilavam cantando marchas da época, acompanhados de fanfarras.
Inicialmente os participantes usavam jetons e laranja de cheiro, pequenos recipientes contendo água perfumada, que era jogada nos outros participantes. Depois, foram sendo utilizados água e talco.
O desfile, pelas principais ruas do centro do Recife, era composto por veículos em sua maioria abertos, com predominância de caminhonetes, caminhões e Jeeps sem capota. Era realizado nas noites da semana pré-carnavalesca e nos dias de carnaval, durante o dia.
Desfiles de clubes
Os clubes carnavalescos, as escolas de samba, os maracatus, caboclinhos e ursos desfilavam pelas ruas do Recife, e se apresentavam frente a comissões julgadoras que surgiram graças aos cidadãos da cidades. As troças tem tradição de comportar maior parte dos turistas.
Escolas de samba
Nos anos 30, surgiam as batucadas no Recife, que seriam as antecessoras das escolas de samba pernambucanas. Depois que viram o desfile das "duvidosas", formadas por marinheiros de um navio carioca que aportou no Recife, em 1945, após a segunda guerra mundial, foi que as batucadas começaram a se organizar, sendo os primeiros concursos oficiais de escolas de samba organizados a partir dos anos 50. Inicialmente os concursos eram organizados pela Federação Carnavalesca de Pernambuco, e posteriormente pela UNESPE.
As principais escolas de samba dessa época eram Gigante do Samba, Limonil, Império do Asfalto, a Dois de Julho, a Quatro de Outubro. No início, havia apenas uma divisão do samba recifense, onde desfilavam Gigante, Estudantes de São José, Limonil, Quatro de Outubro, Dois de Julho e Labariri. Com a criação de novas escolas foi criado o Grupo 2. Não havia ascensão e rebaixamento. Com a mudança de nome da UNESPE para FESAPE, foram criadas outras divisões: Grupo 3 e Grupo Aspirante.
Até então, as escolas não se preocupavam com a questão da ascensão e rebaixamento, pois sempre uma grande ajudava uma pequena do segundo grupo. Por exemplo: Estudantes ajudava Estudantes do Pina (ambas vermelho e branco). Gigante ajudava Império do Samba. Muitos batuqueiros da Galeria do Ritmo e da Samarina saíam na Estudantes. Samarina pedia a Estudantes as fantasias de alas do ano anterior, não havendo muito rigor nos concursos. De todas as escolas que eram do segundo grupo e prosperaram foi apenas a Galeria que subiu de grupo após ser enxertada com uma grande discidência ocorrida dentro de Gigante. Daí surgiu a grande rivalidade entre estas duas escolas. Antes era Gigante x Estudantes.
O primeiro ano que começou o rebaixamento foi em 1978. No ano anterior, 1977, não houve concourso para o 1º Grupo: por problemas entre as escolas deste (neste ano, apenas, Estudantes, Gigante e Limonil), o então o prefeito da Cidade (Dr. Antônio Farias) anulou o concurso deste grupo. Como a Escola Império do Samba (2º grupo) se apresentou muito bem, recebeu os prêmios destinados ao 1º e 2º grupos e o direito de, no ano seguite, se apresentar como escola de primeira. No ano seguinte (1978) Estudantes e Limonil, em protesto ao gesto do prefeito, não participaram do carnaval, somente Gigante e Império do Samba participando do grupo principal, cada uma desfilando em um dia diferente, sendo as duas consideradas
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