Cubismo - Movimento artístico formado no início do século XX

Cubismo

Um dos movimentos mais influentes desse período, o Cubismo, foi um movimento artístico formado no início do século XX por volta de 1907, tendo seus principais precursores Pablo Picasso e Georges Braque. Apontado como um divisor de águas na história da arte ocidental, esse movimento recusa a percepção de arte como imitação da natureza, afastando noções como perspectiva e modelagem, assim como qualquer tipo de efeito ilusório. “Não se imita aquilo que se quer criar”, disse Georges Braque.

O contexto se antecede para a transição do século, uma época marcada por revoluções que resultaram em transformações políticas, socioeconômicos, culturais e artísticas, e grande desenvolvimento da tecnologia. A evolução proporcionou uma nova percepção da realidade sobre o modo de vida da sociedade.

O ponto de partida para o Cubismo, foi o Impressionismo, precedida por Paul Cezanne no ano de 1906, ele acreditava que todas as formas poderiam ser reduzidas às figuras geométricas perfeitas de cubos, cilindros e cones. Seguindo por essa influência, Picasso começa a pintar anglos e tempo, conservando o plano bidimensional, que são a largura e altura inseridas no impressionismo.

Na primavera de 1907, iniciou-se o Cubismo, a partir de uma célebre obra de Pablo Picasso chamada, “Les Demoiselles d’Avignon”, que foi considerado o primeiro grande movimento das artes no século XX. Ela apresentava o rompimento com os padrões  adotados da arte convencional renascentista, o artista não se preocupou com o ponto de fuga do qual partiam os planos da tela, com a cor, e dando ênfase nos ângulos e formas, os dois precursores pintavam seus objetos pictóricos em cubos cezannianos.

O movimento passou por três etapas, a primeira foi o “Cubismo Primitivo”, de 1907 a 1910, que foi representada pela obra de Picasso, “ Les Demoiselles d’Avignon”, nessa etapa o estilo teve sua caracterização obtendo uma redução às formas geométricas dos seguintes objetos pintados, casas sem portas, janelas ou pessoas, obras nas quais aparecem uma mão, ou apenas um olho. As principais cores dessa etapa foram o acre, marrom e o verde tendo por missão a remodelação das formas.

A segunda etapa foi chamada de “Cubismo Analítico”, de 1910 a 1913, essa etapa nos mostra a fragmentação de objetos simples, como os instrumentos guitarras e violinos, cabeças e inúmeras figuras. Eles eram apresentados em inúmeros pontos de vista, em uma perspectiva indefinida.

Já a terceira etapa foi chamada de “Cubismo Sintético”, a partir de 1913, nessa etapa foram utilizados colagens de diversos papéis, folhas de libro, jornais, papéis de parede e encadernações. Houve um grande interesse por texturas e materiais que se garantem com mais vivacidade. Volumes e espaços são propostos com minúsculos e leves traços sombreados, não tendo um processo imitativo.

As principais características do movimento Cubista foram a representação de objetos selecionados em cubos, como se fossem cristais, geometrizando formas e volumes renunciam à perspectiva clássica; o claro e o escuro não apresentam mais a função pictórica.

Em um plano conceitual o Cubismo pode ser apontado como uma arte que privilegia o exercício da mente, adquirindo uma maneira de expressões de ideias. Rompendo com uma perspectiva consagrada das linhas de contorno, a natureza passa a ser apresentada simplificadamente, permitindo uma maior concepção sobre os atributos estéticos da obra, no mesmo tempo recusando a ideia de arte enquanto pura imitação da natureza.

Esse estilo passa a abandonar as distinções entre formas e fundos, ou qualquer noção de profundidade.