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Descoberta Do Vidro

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Por:   •  29/4/2014  •  1.412 Palavras (6 Páginas)  •  353 Visualizações

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Descoberta do vidro.

O vidro foi descoberto aproximadamente em 5000 a.C., quando alguns mercadores fenícios ao chegarem ás margens do rio Belus, pousaram os sacos que traziam ás costas, que estavam cheios de trona. A trona é carbonato de sódio natural, que eles usavam para tingir lã. Acenderam o fogo com lenha colocaram pedaços grossos de trona para apoiar as panelas. Quando amanheceu encontraram blocos brilhantes e transparentes, que pareciam pedras preciosas.

No ano de 100 a.C, os romanos produziam vidro por uma técnica de sopro em moldes, para confeccionar janelas, em 300 d.C. o imperador Constantino passou a cobrar taxas e impostos a vidreiros, tamanha difusão e importância do vidro. Em Veneza, por volta de 1300, começou o processo de fabricação de vidro moldado a rolo especializado em produção artística, com o advento do cristal nesta época.

Da idade media em diante, a fabricação do vidro tornou-se um processo sigiloso.

Definição.

O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida através do resfriamento de uma massa em fusão. Suas principais qualidades são a transparência e a dureza. O vidro tem incontáveis aplicações nas mais variadas indústrias, dada suas características de inalterabilidade, dureza, resistência e propriedades térmicas, ópticas e acústicas, tornando-se um dos poucos materiais ainda insubstituível, estando cada vez mais presente nas pesquisas de desenvolvimento tecnológico para o bem-estar do homem.

• Principais qualidades e características.

 Reciclabilidade

 Transparência (permeável à luz)

 Dureza

 Não absorvência

 Ótimo isolador dielétrico

 Baixa condutividade térmica

 Recursos abundantes na natureza

 Durabilidade

Composição e fabricação do vidro.

 Fabricação de vidro “estilo garrafa”.

O processo de fabricação de um vidro requer seguir alguns passos e assemelha- se a uma receita de bolo. O primeiro passo a ser feito é juntar os materiais primários, tais como:

• 70% de areia (retirada de locais como fundo de lagos).

• 14% de sódio

• 14% de cálcio

• 2% de componentes químicos.

Em seguida os materiais são misturados e seguem para um forno industrial, que atinge temperaturas de até 1500 °C. A mistura passa algumas horas no forno até se fundir, virando um material meio liquido. Quando saem do forno, a mistura que dá origem ao vidro é uma gosma viscosa e dourada (lembra o mel). Ela escorre por caneletas em direção a um conjunto de moldes. O primeiro molde serve apenas para dar contorno inicial do objeto. A mistura está com uma temperatura de 1200°C. O formato do molde primário deixa uma bolha de ar dentro da mistura incandescente. O objeto segue então para um molde final e uma espécie de canudo é inserido na bolha. Pelo canudo, uma maquina injeta ar, moldando o liquido até ele ganhar o contorno definitivo – como de uma garrafa de vidro. Ao final da etapa anterior, o vidro já caiu para uns 600 °C e o objeto começa a ficar rígido, podendo ser retirado do molde. Agora o vidro será levado para o chamado recozimento: o vidro é deixado para resfriar, logo depois está pronto para ser usado.

Ilustração da fabricação de uma garrafa.

 Fabricação do vidro float (vidro plano).

Para a fabricação deste tipo de vidro são usados os seguintes materiais:

• 72% Sílica (SiO2) – matéria prima básica (areia) com função vitrificante.

• 14% Sódio (Na2SO4)

• 9% Cálcio (Cao) – Proporciona estabilidade ao vidro contra ataques de agentes atmosféricos.

• 4% Magnésio (MgO) – garante resistência ao vidro para suportar mudanças bruscas de temperatura e aumenta a resistência mecânica.

• 0,7% Alumina (Al2O3) – aumenta a resistência mecânica.

• 0,3 % Potássio (K2O).

O processo do vidro float foi desenvolvido pela Pilkington em 1952 e é padrão mundial para a fabricação de vidro plano de alta qualidade.

O processo, que originalmente produzia somente vidros com espessura de 6 mm, produz atualmente vidros que variam entre 1,8 e 19 mm. As matérias-primas são misturadas com precisão e fundidas no forno. O vidro fundido, a aproximadamente 1600ºC, é continuamente derramado num tanque de estanho liquefeito, quimicamente controlado. Ele flutua no estanho, espalhando-se uniformemente. A espessura é controlada pela velocidade da chapa de vidro que se solidifica à medida que continua avançando. Após o recozimento (resfriamento controlado), o processo termina com o vidro apresentando superfícies polidas e paralelas.

Ilustração do processo de produção do vidro plano.

Aplicação na construção civil.

O vidro tem conquistado espaço na arquitetura e construção civil, desde 1980. Ele é utilizado com freqüência em fachadas, coberturas, pisos, divisórias, portas, janelas, escadas e paredes, além do seu uso como elemento de segurança em guarda-corpos. Podemos considerar que o largo emprego deste material se deve ao fato de que ele possibilita uma interação entre os meios interno e externo, o que amplia a segurança e a visibilidade.

Ele garante leveza aos ambientes, e tem substituído materiais comumente utilizados em residências, prédios comerciais, hotéis, aeroportos, parques, shoppings, hospitais e escolas, pois leva beleza e harmonia às formas delineadas.

O tipo de vidro a ser usado na em cada construção depende de dois fatores, tais como:

• O efeito que o cliente deseja para o efeito final.

• O esforço ao qual o vidro será submetido. (para atender á esta exigência, deve-se conhecer a tecnologia de resfriamento empregado na

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