ESTUDOS CULTURAIS E CULTURA VISUAL

ESTUDOS CULTURAIS E CULTURA VISUAL

GOI NIA

2015

Alguns entendem cultura visual a um campo recente, tem como objetivo o estudo dos processos culturais (hábitos e costumes visuais) na busca do entendimento dos aspectos visuais como fonte de transmissão cultural, e a combinação de estudos culturais, historia da arte e antropologia de um determinado povo ou sociedade, onde são focados aspectos da cultura. Segundo Ricardo Campos: ( Campos, 2012, pg 21)

(...)Por cultura visual, muitos entendem uma área de investigação relativamente recente, forjada a partir de múltiplos contributos disciplinares e agendas académicas. Assim, mais que uma disciplina institucionalizada, esta parece ser uma grande área de estudo de tendência transdisciplinar, acolhendo investigadores provenientes de ramos científicos, artísticos e humanísticos que buscam, grosso modo, algo comum: entender a imagem, o olhar e a visualidade enquanto construções humanas, social e historicamente situadas (WALKER e CHAPLIN, 1997). Daí que esta área abarque artistas, mas igualmente pesquisadores de história de arte, de arquitectura, de cinema e fotografia, de psicologia, de sociologia e antropologia, etc.

para ajudar a responder o que e cultura visual, e bom entender o conceitos de visualidade e visão, como proposta por Hal Foster: (Foster, 1988,p. IX)

Para o autor embora visão sugira a percepção visual como operação física, e visualidade a mesma percepção como fato social, as duas não se opõem como a natureza se opõe à cultura: a visão é também social e histórica, e a visualidade envolve corpo e psique. Todavia, não são idênticas: aqui, a diferença entre os termos assinala uma diferença no interior do visual - entre os mecanismos da visão e suas técnicas históricas, entre o dado da visão e suas determinações discursivas - uma diferença, muitas diferenças, entre de que modo vemos, como somos capazes, autorizados ou levados a ver, e como vemos esse ver ou o não-visto dentro dele.

Walker e Chaplin (2002) definem a visão como o processo fisiológico em que a luz impressiona os olhos e a visualidade como o olhar socializado. Resumindo, a visão foca na parcela biológica da experiência visual, enquanto a visualidade trata da parcela cultural da experiência visual.

Para Rosalind E. Krauss e Foster a cultura visual e porta de entrada para a próxima etapa do capitalismo que desmaterializa e digitaliza o produto para ser prontamente consumido, os estudos visuais preparam o sujeito para essa revolução.

Os Estudos Culturais nascem na Inglaterra, expandiram-se para os Estados Unidos, outros países da Europa e da América Latina, sob o ponto de vista político, caracterizam-se por sua dimensão multidisciplinar, e por sua transitoriedade, a quebra das fronteiras tradicionalmente estabelecidas nos departamentos e nas universidades; podem ser vistos como sinônimo de política, podendo ser identificados como a política cultural dos vários movimentos sociais da época de seu surgimento até os dias de hoje, em todo o momento a imagem dos Estudos Culturais é de um movimento politizado; entre os assuntos abordados estão multiculturalismo e globalização, etnia, politicas de inidentidade, cultura popular, gênero e sexualidade, pós-modernidade entre outros. Na opinião que formei com os poucos textos que li, à proposta original dos Estudos Culturais, e de não se deixar englobar em nenhuma definição rigorosa. Não há uma definição de Estudos culturais por suas explicações residirem no caráter fluido a respeito de suas premissas básicas, sob outras análises, como a de Couldry (2000) ou de Sardar e