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Ementário De Artes

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Por:   •  31/10/2014  •  817 Palavras (4 Páginas)  •  247 Visualizações

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Alguns nomes, expressões, palavras, entram “na moda” e as pessoas saem repetindo sem saber muito bem o que significam. Isso tem acontecido, infelizmente e muito, com os termos arte-educação e arte-educador(a).Surgido na década de 80 pela Profª Drª. Ana Mae Barbosa o termo arte-educação designa uma categoria de profissionais, devidamente licenciados em Arte, e o tipo de trabalho que desenvolvem, com base, em geral, na abordagem triangular.

Se você perguntar a qualquer pessoa o que é preciso para ser professor de matemática, por exemplo, certamente a resposta será algo como “ser formado para isso”. A licenciatura em Arte é exatamente isso, a formação do arte-educador. Por quê motivo as pessoas acreditam que para dar aula de arte seria diferente?

As Instituições de nível superior já transformaram os seus cursos de Educação Artística em Cursos de Artes Plásticas e Desenho ou Licenciatura Plena em Desenho e Artes, ou ainda Licenciaturas diversas nas outras três linguagens e já existem profissionais de Ensino de Arte devidamente habilitados e capacitados a mais de 10 anos.

Sendo a escola o primeiro espaço formal onde se dá o desenvolvimento de cidadãos, nada melhor que por aí se dê o contato sistematizado com o universo artístico e suas linguagens: artes visuais, teatro, dança, música e literatura. Contudo, o que se percebe é que o ensino da arte está relegado ao segundo plano, ou é encarado como mera atividade de lazer e recreação. Desde o profissional contratado, muitas vezes tendo que lidar com os conteúdos das linguagens de forma polivalente, até o pequeno número de horas destinadas ao ensino das linguagens artísticas, a expansão de que nos fala a professora Ana Mae Barbosa se torna canhestra, quase sempre inexistente.

Ao longo dos anos, muito se tem falado e escrito sobre a necessidade da inclusão da arte na escola de forma mais efetiva. Desde 1971, pela Lei 5692, a disciplina Educação Artística torna-se parte dos currículos escolares. Muitas experiências têm acontecido, mas no contato direto com professores, diretores de escola e coordenadores pedagógicos, as intenções parecem apontar para um caminho interessante, mas é no confronto com a prática pedagógica no campo da arte que se nota a grande distância entre teoria e prática. Muitos equívocos são cometidos e a questão passa batida na maioria das vezes em que se questiona as vivências com a arte.

Este quadro vem reforçar a postura inadequada de que o contato com o universo mágico da arte é importante, mas desnecessário. Esta contradição vem sendo objeto de reflexão e prática por parte dos arte-educadores, interessados em reverter a situação em favor de uma escola que valorize os aspectos educativos contidos no universo da arte. Daí a nossa preocupação com a formação de profissionais que vão exercer as funções na formação e orientação de crianças e de jovens. Diretores de escola, coordenadores e professores devem estar preparados para entender a arte como ramo do conhecimento em mesmo pé de igualdade que as outras disciplinas dos currículos escolares.

O ensino da arte deve estar em consonância com a contemporaneidade. A sala de aula deve ser um espelho do atelier do artista ou do laboratório do cientista. Neles são desenvolvidas pesquisas, técnicas são criadas e recriadas, e o processo criador toma forma de maneira viva, dinâmica. A pesquisa

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