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Fichamento Do Livro Filosofando

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Por:   •  3/12/2014  •  1.904 Palavras (8 Páginas)  •  1.294 Visualizações

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CAPÍTULO 37 - ESTÉTICA: INTRODUÇÃO CONCEITUAL

1 CONCEITUAÇÃO: NO USO VULGAR, EM ARTES, EM FILOSOFIA

Para definir o uso vulgar de estética basta ir às ruas e perceber que ela é sempre associada à beleza física, ou seja, usada como adjetivo. Já nas artes, a estética também é apresentada como estilo, toma forma de substantivo significando um conjunto de características que a arte assume num determinado período.

Na filosofia, tal qual no uso vulgar a estética vem associada à beleza, o que difere é que nesse caso ela evidencia como o estudo racional do belo interfere nos sentimentos do homem.

2 ETIMOLOGIA DA PALAVRA ESTÉTICA

Do grego “aisteshis”, que significa “faculdade de sentir”, “compreensão pelos sentidos”. Através da etimologia pode-se perceber o motivo de estética e artes possuírem uma relação estreita, visto que as artes estão ligadas ao sentimento, a compreensão, a percepção.

3 O BELO E O FEIO

Durante muito tempo filósofos de diversas correntes se posicionaram a respeito da objetividade/subjetividade da beleza.

Platão afirmava que o belo tem apenas o caráter objetivo, ou seja, uma obra de arte deveria se aproximar ao máximo do ideal de beleza universal, o que implica em um objeto pela sua forma, pelas suas qualidades independente do sujeito que a recebe.

Já o filósofo David Hume vem desconstruir esse pensamento, dizendo que tudo que depende do gosto não pode ser discutido de forma racional. A partir daí o foco é outro, o belo não se encontra mais no objeto, mas no sujeito que o percebe.

Sem defender nenhum dos dois pontos de vista citados acima, Kant trata a existência do belo como algo de gosto universal, que é aceito por todos. Segundo ele não há regras para produzir o belo.

Hegel defende outra teoria. Para ele o belo muda através do tempo, o conceito de beleza sempre será mutável a depender da época e da cultura em que está inserido.

Atualmente entende-se que o belo não possui mais apenas um valor estético, cada objeto oferece um tipo de beleza individual e diferente.

Para entender a questão do belo se faz necessário também compreender como é visto o feio.

Até o século XIX, quando a arte ganha autonomia e deixa de funcionar apenas como cópia da realidade, o feio praticamente não era discutido, visto que ele não é considerado objeto da arte.

Em relação a gosto, pode-se dizer que o conhecimento é fator de grande relevância para o julgamento estético. Entender a particularidade de cada objeto é necessário para que o gosto seja resultado de um julgamento livre de qualquer preconceito.

4 A RECEPÇÃO ESTÉTICA

Toda e qualquer obra de arte tem o intuito de proporcionar ao receptor a contemplação do belo de forma gratuita, de maneira que qualquer um possa entrar no seu mundo. A obra de arte possui infinitos significados e cabe ao expectador se abrir para acolhê-los.

CAPÍTULO 38 – ARTE COMO FORMA DE PENSAMENTO

1 ARTE É CONHECIMENTO INTUITIVO DO MUNDO

Entre inúmeras formas de conhecimento intuitivo existentes, a arte certamente tem um lugar especial para as duas partes: o artista e expectador. A arte tem a necessidade de ser sentida, não explicada. É através dos sentidos que se intui o que o artista expressou em sua obra, seja o tato, o olfato, a audição ou qualquer outro.

No cotidiano usam-se esses sentidos para construir a noção do espaço físico, enquanto que nas artes eles são usados para ampliar a experiência da sensibilidade, abrindo assim as portas da imaginação.

O PAPEL DA IMAGINAÇÃO NA ARTE

É através da imaginação que o apreciador estabelece uma ligação entre a percepção dos sentidos e a ordenação do espírito. O mundo da imaginação é tido como pre real, visto que é uma síntese criativa de imagens já percebidas, porém manifestada de forma livre, não engessada.

ARTE E SENTIMENTO

O sentimento é uma espécie de ponte que liga a arte ao homem. É ele que vai acolher o objeto, de forma que ele seja retirado do contexto natural e seja levado a um horizonte interior. Mas esse sentimento nada tem a ver com emoção. Trata-se de conhecimento e reconhecimento.

Emoção diz respeito a um estado psicológico de profunda agitação afetiva, é uma resposta dada ao sentimento. É através desse conhecimento do sentimento que o pensar artístico se expressa, estabelecendo a linguagem de sua obra.

2 A EDUCAÇÃO EM ARTE

Não existe outro meio de se educar em relação às artes que não conviver com elas. A arte está em todos os lugares, basta procurá-las. Quanto maior o contato, melhor.

Só assim é possível ampliar a sensibilidade de forma neutra, sem se deixar influenciar pelo gosto e pelo contexto histórico vivido.

Esse contato é importante para aproximar e estabelecer uma sintonia entre o expectador e o autor de uma obra. É importante saber sentir a obra de arte, comungar uma experiência afetiva.

CAPÍTULO 39 – FUNÇÕES DA ARTE

As funções da arte nem sempre foram as mesmas que se conhece hoje. Ela já serviu para disseminar ensinamentos religiosos e para contar histórias.

Dentre outras funções três são consideradas principais e que serão apresentadas de forma distinta, mas que, a depender do interesse que o expectador se aproximar dela podem também se encontrar juntas numa mesma obra.

1 FUNÇÃO PRAGMÁTICA OU UTILITÁRIA

É quando uma obra de arte tem como principal finalidade atingir outro objetivo que não o fim artístico, a exemplo da arte barroca que serviu para tentar segurar e chamar cada vez mais fiéis para a igreja católica, através de obras de arte que exprimiam a grandiosidade do reino dos céus.

2 FUNÇÃO NATURALISTA

Trata-se de uma obra de arte que assume a função de tratar de determinado assunto, sendo esse o exclusivo critério de avaliação, deixando de lado a qualidade técnica, por exemplo.

Esses critérios são classificados como correção da representação, ou seja, se a obra pode ser identificada por aquele que a vê; como inteireza, ou seja, se ela foi representada por inteiro; e o

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