Francesa de arte a missão de Debret
Pesquisas Acadêmicas: Francesa de arte a missão de Debret. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fernanda009 • 16/10/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 1.455 Palavras (6 Páginas) • 419 Visualizações
Filho de Jacques Debret, funcionário do parlamento francês2 e estudioso de História Natural e Arte, e irmão de François Debret (nascido em 1777), arquiteto, membro do Institut de France. Era parente (primo) de Jacques-Louis David (1748-1825), líder da escola neoclássica francesa. Estudou no Lycée Louis-le-Grand. Foi aluno da Escola de Belas Artes de Paris, na classe de Jacques-Louis David. Também chegaria, como seu irmão François, ao Institut de France. Obteve em 1791 o segundo prêmio de Roma, com a tela Régulus voltando a Cartago.
A Revolução Francesa necessitava de engenheiros que entendessem de fortificações; foram, então, selecionados alguns dos alunos mais brilhantes para o curso de Engenharia. Debret foi um dos escolhidos, tendo estudado engenharia por cinco anos, seguindo a tradição da família, na École Nationale des Ponts et Chaussées3 .
Depois de formado, em janeiro de 1795 foi contratado como desenhista de 3 classe na École centrale des Travaux Publics (futura École Polytechnique) que apenas começava suas atividades 4 Em dezembro do mesmo ano é passa a professor de desenho.5 . Em abril de 1796, sua vaga foi extinta e ele deixa a escola a École Polytechnique.6 .
Apesar da carreira de engenheiro, Debret voltaria à pintura. Expôs no salon de 1798 um quadro com figuras de tamanho natural – Le général méssénien Aristomène delivré par une jeune fille, com o qual ganhou um segundo prêmio. Expõe em 1804, no salon, o quadro O médico Esístrato descobrindo a causa da moléstia do jovem Antíoco.
Em 1805 muda a temática de suas pinturas, expondo Napoleão presta homenagem à coragem infeliz, que recebeu menção honrosa do Instituto de França. Debret finalmente encontrara-se com o que seria o tema principal de suas obras enquanto na França: Napoleão. Expôs no salon em 1808 o quadro Napoleão em Tilsitt condecorando com a Legião de Honra um soldado russo. Em 1810, um novo “tributo” à Napoleão fora criado – Napoleão falando às tropas; seguido por A primeira distribuição de cruzes da Legião de Honra na Igreja dos Inválidos, de 1812. Não por acaso, Napoleão era um verdadeiro mecenas para artistas como Debret e David, apoiando – inclusive financiando – a disseminação da arte neoclássica.
A Missão Artística[editar]
Caçador de escravos, c. 1820-1830. Museu de Arte de São Paulo.Ver artigo principal: Missão Artística Francesa
A derrota de Napoleão, em 1815, foi um golpe duro aos artistas neoclássicos, que perderam o principal pilar que sustentava – financeira e ideologicamente - a arte neoclássica. Isto, somado com a perda do filho único, de apenas dezenove anos, abalara muito Debret.7 No mesmo período, ele e o arquiteto Grandjean de Montigny foram convidados à participar de uma missão de artistas franceses que rumava para a Rússia a pedido do Czar Alexandre I da Rússia. Mas, paralelamente, se aprontava em Paris a missão ao Brasil, chefiada por Joachim Lebreton8 , por solicitação de Dom João VI. Debret - assim como Grandjean de Montigny - escolheu o Brasil. Embarcou em Le Havre a 22 de janeiro de 1816. Calpe, o veleiro norte-americano que trazia a missão, aportou em território brasileiro em 26 de março de 1816. A missão foi planejada por António de Araújo e Azevedo, o conde da Barca9 , que escrevera ao Marquês de Marialva, embaixador de Portugal em Paris, pedindo-lhe que cuidasse da vinda de uma missão artística, missão que, entre outros objetivos, idealizaria e organizaria a criação de uma Academia de Belas Artes.
Sua chegada, em 1816, ao Brasil coincide com a morte da então rainha de Portugal, D. Maria I, Debret é então incumbido de retratar o funeral da Rainha e a aclamação do novo monarca da Corte, o que lhe dá rápida penetração na corte.10 Instalou-se no Rio de Janeiro e, a partir de 1817 passa a ministrar aulas de pintura em seu ateliê, onde tem como aluno Simplício de Sá. 7 Em 1818, colabora na decoração pública para a aclamação de D. João VI.7 Por volta de 1825, pinta águas-fortes, hoje confiadas à Seção de Estampas da Biblioteca Nacional. 7
De 1826 a 1831, é professor de pintura histórica na Academia Imperial de Belas Artes alternadamente com viagens por várias cidades do país, onde retrata tipos humanos, costumes e paisagens locais.7 Versátil, desenhou desde uniformes e trajes de gala da corte, até iluminuras de diplomas, insígnias e cenografia de teatro.9 Teve como alunos Manuel de Araújo Porto-Alegre e Augusto Müller. 7
Em 1828, Debret passou a dirigir a Academia9 e em 1829, organiza a Exposição da Classe de Pintura Histórica da Imperial Academia das Bellas Artes, primeira mostra pública de arte no Brasil, 7 com as pinturas de seus alunos8 . Em 1830, foi escolhido membro correspondente da Academia das Belas Artes do Instituto de França.11
Deixa o Brasil em 1831, alegando problemas de saúde, e retorna a Paris com o discípulo Porto Alegre. 7
Viagem pitoresca e histórica ao Brasil[editar]Em Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, Debret revela sua profunda relação pessoal e emocional com o país, adquirida nos 15 anos em que ali viveu.
Jean-Baptiste Debret: guerreiro indígena a cavalo.Apesar de ter alegado motivos de saúde para retornar à França, há outras duas hipóteses para sua volta: deveria talvez querer o retorno para se reencontrar com familiares, além de organizar o primeiro volume de Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Outra hipótese sugere que, como em 1831 tinha 63 anos, sua obra seria uma espécie de "trabalho
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