Intuição e Intelecto na Arte - ARNHEIM, Rudolf
Por: Evelise Matveichuck • 2/12/2019 • Resenha • 773 Palavras (4 Páginas) • 424 Visualizações
O desafio perceptivo na educação artística relatado por Arnheim, demonstra conceitos sociais que foram construídos de forma equivocada que confundem as pessoas sobre a importância da arte na sociedade, assim, a arte deve ser valorizada por seu papel humanizador essencial no mundo caótico, padronizado e insensível que muitas vezes convivemos. A arte por algum momento possa ter sugerido esterilidade e vulgaridade, no entanto passava por um processo de minimização de seus elementos, como uma “tentativa desesperada de libertar a arte do lastro de objetividade” em busca de um “sentimento puro”. O “Quadrado negro” de Malevich representa como é exigido que uma obra de arte se sustente com suas próprias forças, ao inovar as percepções sobre o abstrato.
O elementarismo tornou se necessário no processo artístico, pois a orientação e a habilidade visual começam com a manipulação de formas e cores que são simples para serem compreendidas, no entanto, a simplicidade da arte minimalista é capaz de provocar experiencias suficientemente complexas e profundas que façam justiça ao cérebro humano. Argumentos que favorecem o minimalismo creditam que a complexidade da obra era preenchida pela a imaginação produtiva do observador e quando os objetos colocados em ambientes favoráveis poderiam atingir o mais profundo da mente humana.
A meditação é um fator de abrangência para observar e analisar uma obra, devemos enxergar de maneiras sensíveis distintas para cada particularidade do todo de uma arte visual, é essencial entender a importância daquele que fez o objeto não só atentar se para a aquele que inovou com uma meditação ou analise, deve se ter um comportamento ético em atribuir créditos as pessoas certas. Assim como o dever ético, o professor tem a responsabilidade no processo criativo da criança, deve cumprir um trabalho que não se baseie apenas em finalidades curriculares, mas em abrir horizontes de novas probabilidades de descobertas artísticas, para que haja uma relação de autoconhecimento em que a criança consiga desenvolver seu lugar no mundo. Em projetos perceptivos e criativos o jovem deve aprender “que poucos esforços lhe são uteis a menos que ele invista neles todas as suas energias físicas e mentais”, desse modo quando se gasta o tempo com ninharias pode se perder a própria humanidade.
A arte existiu em todas as civilizações, em cada uma delas foi interpretada de uma maneira distinta, no meio social do sistema capitalista ela é vista por muitos como um luxo e dispensável, uma citação de Meyer (1928) fala com clareza sobre, “todas as coisas neste mundo são um produto da fórmula: a função determina tempo da economia”, o que se contradiz a arte por ela ser composição, e não utilitarista. A forma em si é inevitável e não prescreve a função, já a função determina apenas a variedade de formas admissíveis e não a verdadeira forma em si.
O pensamento moldado pelo sistema, explicita a existência do mau gosto como uma deficiência mais profunda, de mentes obstruídas especificas ou de uma cultura, que entendem o bom gosto restrito a uma educação de elite, ou seja, o bom gosto e o mau gosto são interpretados pela influência econômica.
A forma artística é essencial, pois não há nenhum objeto ou expressão sem ela. Por mais pura que seja uma forma, ela sempre dirá sobre si mesma, outro aspecto, é a relação
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