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Leonardo da Vinci Arte e Ciência

Por:   •  16/12/2016  •  Artigo  •  1.854 Palavras (8 Páginas)  •  458 Visualizações

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MODELAGEM E SUAS POSSIBILIDADES

Caren Alessandra Tapia Araujo

Prof. Orientador: Priscila Anversa

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Artes Visuais (ART0143) – Prática Módulo IV

23/05/2014

RESUMO

Considerado por muitos um gênio, Leonardo da Vinci, artista expoente do Renascimento, destacou-se em diversas áreas das artes como: pintura, escultura, musica, poesia e o desenho. Mas não foi somente nas artes que ele pautou sua obra. O desenho possibilitou que ele registrasse seu grande interesse por algumas áreas de conhecimento como: engenharia, matemática, geologia. Seu desenho científico será o objeto de estudo deste paper. Suas ilustrações além de grandes obras artísticas, foram importantes fontes de observação científica para o século XVI.  De acordo com E. H. Gombrich (2008) e H.W. Janson (2001), Leonardo tinha um olhar aguçado e curioso para com a natureza como um todo. Anatomia, botânica, atmosfera, tudo o instigava e ele registrava os resultados de suas pesquisas e descobertas através do desenho. Este estudo pretende abordar a relevância que a ilustração científica de Leonardo Da Vinci deixou para o século XVI propiciando grandes avanços para a ciência,

Palavras-chave: Leonardo da Vinci. Arte. Desenho. Ciência.

1 INTRODUÇÃO

Foi no período chamado “il Cinquecento”, início do século XVI, na Itália, que grandes nomes da arte se destacam, dentre eles Leonardo da Vinci. Nascido na Toscana, proximidades de Florença, o filho ilegítimo de Caterina e Ser Piero da Vinci, viria a ser um dos mais notáveis artistas e cientistas de que se teve conhecimento. Com habilidades inigualáveis para as mais diversas áreas da arte, ciência, arquitetura e engenharia, o legado de sua obra causa admiração e assombro, a vislumbrar-se a época em que viveu. Ainda muito jovem, teve a oportunidade de ser aprendiz do grande mestre desenhista, pintor e escultor Andréa Del Verrochio, e foi quando teve contato com as mais diversas artes e técnicas. De acordo com Gombrich (2008), ele conheceu todo o processo da escultura, fundição, desenhos, perspectivas, cores, o que lhe propiciou desenvolver ainda mais suas vastas habilidades e a partir de então, desenvolver seu próprio trabalho artístico. A sua mais valiosa ferramenta de trabalho era a visão. Grande questionador, um curioso que procurava retratar suas observações com a maior fidelidade possível, através de seu olhar aguçado. Sua obra artística foi um marco para o período do Renascimento e suas descobertas científicas estavam séculos à frente de seu tempo.

Famoso por suas obras artísticas, talvez pela mais popular, a pintura intitulada Mona Lisa, Leonardo da Vinci tinha muitas outras habilidades, e sua arte foi uma importante ferramenta para os registros de suas descobertas, estudos e relatos científicos. Sua destreza em desenhar com veracidade os objetos de suas pesquisas e estudos bem como suas anotações, deixaram mais de seis mil páginas de registros manuscritos.

Inicialmente lê-se uma breve biografia de Leonardo da Vinci. Na seqüência, será apresentado alguns campos de seus estudos e seus registros, para conhecer um pouco mais de sua importante colaboração para os campos da ciência, engenharia, arquitetura, e outros é o objetivo desse trabalho.

2 A CIÊNCIA NO RENASCIMENTO

O período do Renascimento traz a busca pelo reconhecimento do artista, como um profissional de elevado status social. Para tanto houve a necessidade do artista se aprofundar em conhecimentos das mais diversas naturezas a fim de tornar-se o artífice perfeito: com conhecimentos em anatomia, geometria, astrologia, filosofia, perspectiva além de claro ser perito em desenho. Este foi um período marcado pelas descobertas e invenções.

Neste contexto, nascia na aldeia de Vinci, nas colinas da Toscana, em 15 de abril de 1452, Leonardo da Vinci. Filho de pais não casados, Sir Piero da Vinci e Caterina, foi registrado por seu avô.  Dezessete anos mais tarde seu pai já sendo um advogado de prestígio em Florença, recebeu uma nomeação para um importante cargo na área jurídica. Acredita-se que nesta mesma época Leonardo teria iniciado suas atividades junto ao artista Andréa Verrocchio. Este possuía um estúdio onde realizava suas obras de pintura, escultura e desenhos, e Leonardo viria a ser seu aprendiz. Segundo Gombrich (2008), foi neste período que Leonardo teve contato com esculturas em bronze, técnicas de fundição e outras atividades relacionadas com a pintura e desenho. A sua habilidade nata e seu talento extraordinário logo o fariam trilhar seu próprio caminho. Leonardo não acreditava que o artista necessitava de uma formação acadêmica, ao contrário, ele considerava que o artista deveria ter sua própria visão do mundo e explorá-la ao máximo.  

Sem dúvida, a visão era o instrumento mais importante para Leonardo. Procurando retratar fielmente tudo o que via, não se contentava em apenas observar. Sua curiosidade intrínseca o levava a querer desvendar o funcionamento de tudo, desde o crescimento de um bebê ao voo de um pássaro. Ele acreditava que entender o mundo visual refletiria na sua arte elevando-a a um patamar de prestigio e nobreza.

2 O DESENHO DE LEONARDO

Segundo Martin Kemp (2005, p. 20), “Cada ato de olhar e desenhar era, para Leonardo, um ato de análise, e é com base nessas análises que o criador humano pode refazer o mundo”. Leonardo imprimia em todas as suas obras, inclusive em sua invenções, os termos de obediência das causas e efeitos naturais, o que tornava todo o seu material uma experiência visual realista e intrigante. Leis de proporção e perspectiva eram pontos importantes em seus desenhos.

Canhoto, Leonardo adotou seu próprio modo de escrever. Fazia sua escrita da direita para a esquerda, portanto era necessário ler seus registros através de um espelho.  Muitos de seus desenhos e registros escritos eram feitos com a pena e tinta marrom aguada sobre giz preto em papel. Seus desenhos do corpo humano se destacavam pela forma como retratava as articulações dos membros e a utilização de luzes e sombras.

Segundo Kemp (1996, p. 192):

Leonardo foi um dos mais inovadores e férteis desenhistas de todos os tempos. Em suas mãos, a prática do desenho tornou-se uma extensão de seu pensamento criativo, não apenas expressando uma série de novas ideias em abundante profusão, mas também tornando-se, através de uma rápida confusão de alternativas esboçadas sobrepostas umas sobre outras, um modo de permitir que as configurações ao acaso ajudassem o processo inventivo. O desenho tornou-se uma forma de pensamento visual mais do que um mero meio para desenhar uma pintura.

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