Música Popular Brasileira
Casos: Música Popular Brasileira. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mariafayne • 22/9/2014 • 4.024 Palavras (17 Páginas) • 349 Visualizações
História da Música Popular Brasileira
Nossa música é riquíssima em estilos, gêneros e movimentos. A partir do século
XX a produção musical se diversificou, acompanhando as inúmeras novidades técnicas
que foram surgindo: desde a gravação sonora que permitiu o registro das músicas, até
o rádio, a televisão e a internet. Vamos fazer um breve passeio por essa história!
Gêneros e Movimentos musicais nacionais:
O Teatro de Revista e a música
Foi um gênero de teatro musicado muito em voga no final do século XIX. Foi
esse gênero de produção que empregou inúmeros músicos, cantores, compositores e
maestros na época. A compositora Chiquinha Gonzaga foi uma das mais importantes
compositoras para esse gênero de espetáculo.
A característica principal do Teatro de Revista era contar uma história de forma
satírica e cômica, geralmente baseada em acontecimentos ocorridos ao longo do ano,
no campo da política e da cultura. Os textos eram sempre entremeados de números
musicais, onde alguns gêneros como o maxixe se destacaram. Chiquinha Gonzaga
escreveu inúmeros maxixes para peças desse tipo. Dentre os seus maxixes mais
famosos podemos citar “Forrobodó”, “O Corta Jaca” e “Maxixe da Zeferina”.
Arthur Azevedo e Chiquinha Gonzaga
Peças, autores e músicas famosas do Teatro de Revista:
Também um dos mais importantes autores do gênero foi Arthur Azevedo. São
dele, por exemplo, as revistas O Bilontra e Capital Federal, musicada por Chiquinha
Gonzaga.
O Maxixe: foi um gênero que surgiu no século XIX e acabou muito apreciado pelos
espectadores do teatro musicado. Nasceu da mistura da “polca”, o gênero de dança e
música europeu que arrebatou a juventude carioca no tempo do Império, com o lundu,
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gênero de dança e música cuja origem vem dos batuques dos negros escravos. O
maxixe era dança de pares e seus passos foram considerados muito “indecentes” pela
elite social. É que o maxixe era dançado em ambientes frequentados por pessoas
humildes, geralmente trabalhadores, que criavam passos ousados, rebolados e
principalmente enroscando as pernas e apertando o corpo do parceiro.
Anúncio da Revista “O Bilontra” de Arhur Azevedo
A História do Samba
Origem da palavra “SAMBA”
O nome samba é, provavelmente, originário da palavra angolana semba, um
ritmo religioso, que significa umbigada, devido à forma como era dançado. O primeiro
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registro da palavra "samba" aparece na Revista O Carapuceiro, de Pernambuco, em 3
de fevereiro de 1838, quando Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama escreve contra o
que chamou de "samba d'almocreve".
O Samba é uma das principais formas de música com raízes africanas criadas no
Brasil. O samba carioca possivelmente recebeu muita influência de ritmos da Bahia,
com a transferência de grande quantidade de escravos para as plantações de café no
Estado do Rio, onde ganhou novos contornos, instrumentos e histórico próprio, de
forma tal que o samba moderno, como gênero musical, surgiu no início do século 20
na cidade do Rio de Janeiro, mais especificamente na Praça Onze, reduto que ficou
conhecido como a Pequena África, por conter uma enorme população de afrobrasileiros.
A “Deixa Falar”
Fundada em 1928 no Estácio, a Deixa Falar é considerada a primeira Escola de
Samba. Os “bambas” do Estácio criaram um novo tipo de carnaval para tentar acabar
com a violência nos blocos e cordões, reduto dos foliões afro‐descendentes. “Os
sambistas do Estácio estavam cansados de apanhar da polícia”, conta Maria Thereza,
biógrafa de Ismael Silva, o mais emblemático desses “bambas”.
O início das Escolas
As primeiras agremiações não tinham enredo ou samba definidos. Os mestres
de canto puxavam os versos e os foliões repetiam, mostrando ao público duas ou três
músicas compostas durante o ano. A grande novidade da Deixa Falar foi incluir
instrumentos de percussão nos desfiles. Isso porque até meados dos anos 20, os
sambas eram acompanhados apenas por violões, pandeiros, violinos e até castanholas.
Ismael Silva
Em entrevista ao jornal Correio da Manhã nos anos 60, Ismael Silva explicou a
origem do nome Deixa Falar:
“Naquela época, existia uma grande rivalidade entre os blocos e
todos se achavam superiores. O pessoal do Estácio dizia: "Deixa
falar". Eles achavam que os sambistas de lá eram melhores e não
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