O Construtivismo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

INSTITUTO DE LETRAS E ARTES

CURSO DE ARTES VISUAIS BACHARELADO

Disciplina de Vanguardas e Neovanguardas: Rupturas e Transformações do Corpo

 Resenha Crítica

Construtivismo-Origens e Evolução

 George Rickey

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Acadêmico: Fernanda A. Borges

         

        

Rio Grande

2016

RICKEY, George. Construtivismo – Origens e Evolução. Regina de Barros Carvalho, São Paulo: Cosac & Naify, 2002.

   Neste livro, George Rickey, artista plástico e teórico norte-americano, discorre sobre as características do construtivismo e a sua história, apresentando o trabalho desta arte e o que ela estabeleceu: uma base para o desenvolvimento de outras diversas e inventivas tendências não figurativas das décadas de 50 e 60 e inovou radicalmente a publicidade, a colagem, a tipografia, a fotografia, a cerâmica, etc; e mais tarde o design, a arquitetura e o urbanismo. Sua obra busca reagir contra a predominância da arte informal por meio de um melhor conhecimento sobre o construtivismo, pois, no final dos anos 1960, havia uma determinada incompreensão do que era este movimento, que começou como um movimento escultórico derivado da colagem, evoluindo para objetos tridimensionais, utilizando o metal, ferro, madeira, o vidro, etc. Para os Construtivistas a pintura e a escultura eram pensadas como construções e não como representações, guardando proximidade com a arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos. 

    O construtivismo consiste em todas as possibilidades de união e como elementos de combinação e estrutura. Os objetos artísticos seriam construídos a partir de materiais preexistentes, e utilizados de modo combinado com todas as técnicas disponíveis na criação de novas sínteses e aplicáveis a todos os domínios, para a realização de uma nova sociedade e de uma nova realidade construída. Os construtivistas procuravam a criação para o novo mundo, novo modo de vida, novo sistema econômico, buscam novos testes de materiais. Analisando máquinas como processo de criação, as composições das formas, as complexidades das formas, as assemblages, os diversos temas, os estudos da harmonia das cores e das linhas como elemento de forma e também dos planos, das superfícies e dos volumes. Queriam encontrar no método funcional a expressividade, que a arte e as obras fossem úteis e não apenas estéticas ou funcionais.

   Em sua obra, George vai apresentando apresenta o que foi o construtivismo inicial ou tardio, quem o inventou, quais artistas influenciou e por quais meios, a influência que o Construtivismo disseminou em diversas localidades do mundo, infere conforme foi ao decorrer do tempo e em suas respectivas regiões, como acarretou em diferentes tendências tendo como base o construtivismo, mas apesar de sua visão abrangente, ainda deixa o termo "construtivismo" sem definições críticas. Ao mesmo tempo não se fez nenhuma tentativa para determinar uma ortodoxia. Segundo Rickey, "o construtivismo se mostra melhor em suas obras de arte do que em palavras", esta publicação delineia as suas influências por intermédio de incontáveis e diversos pontos de vista tornando, não obstante, mais familiares o seu processo e os seus cenários.