O Design Colaborativo

Design Colaborativo

Com o aumento da população e do poder de consumo, surgem problemas com o aumento de lixo devido ao descarte irresponsável de resíduos e da falta de estrutura pública.

O aumento da fiscalização e da pressão de autoridades, o rápido acesso a informação e a crescente discussão sobre o tema, começa a originar uma nova proposta no mercado que vem ganhando cada vez mais adeptos, guiada pelo consumo colaborativo de produtos.

No entanto, estudos evidenciam alguns pontos considerados negativos desse tipo de serviço, como a interação obrigada e a falta de confiança que fazem possíveis usuários desistirem de utiliza-lo. ( apud. Vasques, Lourenço e Padovan, 2016)

O consumo colaborativo é alvorado no trabalho como um sistema aberto complexo que sofre em influência de fatores externos, como ex: economia, tendências sustentáveis e comportamento humano, mas que influencia ou tem consequências com o meio ambiente, na economia e na vida das pessoas que o utilizam.

Para os autores Zwan E. Bhamra (20023), o Eco Design possui limitações já que se utiliza de meios já existentes de produção e consumo. Para os autores, um movimento em direção a um mundo sustentável envolve a redução de energia e de recursos, bem como de lixo e da poluição gerados por pessoa em uma quantidade equivalente a algo entre quatro e vinte vezes menor (para países industrializados).

(...) Os sistemas de serviços de produtos, os mercados de redistribuição e os estilos de vida colaborativos estão relacionados com a desmaterialização, com menos uso e com a busca de pontes alternativas como participação em grupo. (Botsman e Rogers, 2011, pág. 156). Para os autores o consumo colaborativo pode ser organizado em três sistemas: sistemas de serviços de produtos (pagar pelo uso do produto, sem possuir, mercados de redistribuição (mercadorias são redistribuídas e trocadas) e estilos de vida de colaboração (pessoas com interesses semelhantes se reúnem para compartilhar e trocar ativos menos tangíveis como o tempo, espaço, habilidades, etc.)

No Brasil já existem serviços que promovem o consumo colaborativo como, por exemplo, o ZazCar de automóveis, UseBike de bicicletas, Enjoei de roupas, The Hub e Pto de contato (espações de trabalho), etc.

De acordo com Tonetto, Renck e Steen (apud. 2012), o processo de escolha do usuário no momento da compra e racionalmente limitado já que ela procura pontuar as opções disponíveis a fim de fazer a melhor escolha, mas quando encontra uma alternativa suficientemente boa ele interrompe o processo. Os autores afirmam que o processo de tomada de decisão envolve além de racionalidade, intuição e significado emocional e que a “configuração da informação processada pelo usuário em relação ao produto/serviço poder ser determinante, já que as pessoas são sensíveis a forma com que as informações são passadas, não apenas ao conteúdo da informação em si)”

De acordo com Botsman e Rogers (2011), “as mudanças de habito precisam ser fáceis e convenientes para a pessoa media e devem, ao mesmo tempo, criar valor tanto para empresa quanto para a sociedade.”

Batsman e Rogers (2011) diz que existem quatro princípios que fundamentam o consumo colaborativo: a massa crítica (influência das pessoas mais um impulso suficiente para torna-lo sustentável, algo que impeça de acabar, como exemplo, opções de escolha para que o consumidor sinta-se satisfeita, a capacidade ociosa (potencial ocioso de um objeto) a crença no bem comum (dar para receber) e a confiança (necessário desenvolver a familiaridade e a confiança). Eles não necessariamente terão o mesmo peso significativo em casa serviço, mas devem ser considerados pelo designer que precisa saber criar as ferramentas e o ambiente certos para alcançar e/ou mante esses princípios.

A questão de Design em serviço de consumo colaborativo: ações estratégicas, táticas, operacionais- UFSC

Aline Bertolini - Mestranda

Eugenio Andrés - Doutor

Luiz Fernando Gonçalves – Doutor (todos da UFSC)

Criações de projeto que oferece um conjunto variado de recursos e tecnologias, criação de ambiente e conceitos colaborativos, em todo lugar.

House of Bubbles: compartilhamento de roupas (através da assinatura)

Compartilha desde roupa a salas destinada a reuniões e cursos.

- Compreendendo a Colaboração em Design de Produto. (Pág.6- Adriano Heemann,