O Flash back dos Anos Dourados

Flashback dos Anos Dourados

Por Silvia Calderaro

Você já parou para pensar que os idosos de hoje foram os jovens da década de 50? Os anos 50, mais conhecido como os “Anos Dourados”, foram marcados por revoluções tecnológicas, pois foi nesse período que a rádio ganhou espaço no mundo e a televisão chegou ao Brasil.

A entrevistada Maria Das Graças (78) lembra que todos se reuniam na casa da única vizinha que tinha televisão na rua. “Na rua em que eu morava, só uma pessoa tinha televisão e todo mundo ia para janela da casa dela apreciar as cenas passarem em preto e branco. Era algo novo!”, conta a aposentada.

Já a entrevistada Rosineide Nascimento (77) aproveita para contar como era a cidade de Manaus nos anos 50, ela afirma que só havia uma delegacia e que os furtos da época eram apenas para roubar galinhas. “Não havia maldade. Todos os vizinhos ficavam sentados na frente de suas casas vendo os filhos brincarem com as portas abertas. Lembro que só havia uma delegacia e ficava no Centro.”

A década de 50 não só trouxe revoluções tecnológicas, mas também revoluções na música. No Brasil, além da introdução do movimento do Rock, estava surgindo um novo estilo: A Bossa Nova. As entrevistadas nesse ponto, descobrem algo em comum. Elas contam que os grandes ídolos dessa época eram os cantores: Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Waldick Soriano e Tom Jobim.

“Fui atrás de um CD do Waldick Soriano e não encontrei em nenhum lugar, acho que não existe mais. Agora só ouvem funk e forró.”, diz a aposentada entre risos.

Ao serem questionadas sobre a economia e política dos anos 50, a aposentada Maria das Graças revela que a sociedade manauara antes dessa época não era muito ligada em política, mas lembra que foi com a chegada de Juscelino Kubitschek a presidência que as pessoas começaram a se interessar mais.

“Quando JK chegou a presidência prometendo mudar o Brasil, as pessoas começaram a simpatizar com ele e acreditar em suas promessas. ”

Rosineide Nascimento afirma que não lembra muito do cenário político do Brasil daquela época e até brinca: “A única certeza que tenho é que deveria ser melhor que o atual.”

Não há como negar que as entrevistadas têm bastantes histórias incríveis para contar. As marcantes lembranças de uma década feliz, hoje servem de histórias para elas contarem aos seus filhos e netos.