O QUE É BELEZA?

O QUE É BELEZA?

O ideal de beleza hoje é alcançar o mesmo rosto e o mesmo corpo que é considerado “perfeito”.

E o que nos leva a pensar e acreditar no único modelo de beleza é a mídia, as maravilhosas redes sociais onde todo mundo pode ser o que quiser, desde que esteja nos padrões. O que é irônico, porque também estamos no momento da história onde todo mundo tem que “se aceitar” e não se submeter a esses padrões inalcançáveis. É muito difícil discutir um assunto que é pessoal para cada um, o que é belo para uns, pode não ser para outros. O modo como vemos e como nos relacionamos com o mundo é particular, mas não é mais. Estamos nos submetendo a ter os mesmo gostos e opiniões para sermos aceitos, para sermos desejados e admirados. Perdendo nossa identidade a troco de meros likes e sorrisos.

Qual a verdade da beleza?

Naomi Wolf em seu livro nos diz respeito a essa “verdade” cultural que cerca principalmente a liberdade feminina, onde a conexão da beleza está ligada aos padrões restritos, ao sucesso e à felicidade, assim definindo o nosso modo de viver. A busca por essa beleza quase inalcançável nos toma tanto tempo que passamos a ignorar a busca pelo sopesamento do poder.

Isso mexe com a relação das mulheres com outras mulheres e consigo mesmo. E onde está a representatividade feminina? Por que de um lado existe o problema da idealização e da venda de um sonho irreal. Por exemplo; as heroínas são mulheres perfeitas que se encaixam perfeitamente aos padrões de beleza e uma personalidade que não condizem com a realidade, e o mesmo se aplica às revistas femininas. O que nos leva a buscar em nós os “defeitos”, os “erros” e assim os poucos vamos consertando para ficarmos perfeitas e nessa busca vamos nos perdendo e aceitando nossa falsa felicidade.

A Grécia e a beleza ideal.

Em Atenas no seu período de ascensão, os gregos passaram a ter uma percepção mais clara do belo estético, os desenvolvimentos das pinturas e principalmente da escultura representavam a Beleza ideal que era o corpo humano que mostrava harmonia e proporção.

A beleza passou a ser identificada com proporções e medidas matemáticas, encaixando-se aos padrões de perfeição.

Quase nada diferente do mundo de hoje, buscando sem fim entrar em uma caixa que não nos cabe, e vamos tristemente nos mutilando, nos apagando para poder entrar nelas.

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