Obra Sandro Botticelli - A Primavera
Trabalho Escolar: Obra Sandro Botticelli - A Primavera. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: helloise • 13/9/2013 • 386 Palavras (2 Páginas) • 877 Visualizações
sopre a Obra de Sandro Botticelli - A Primavera, 1478, têmpera sobre painel de madeira, 200 x 314 cm, galeria Uffizi, Florença.
A Primavera é uma obra de temática mitológica clássica que nos apresenta a alegoria da chegada dessa estação. Ao centro encontra-se Vênus, que media toda a cena. Na tradição clássica, Vênus e o Cupido surgem para avivar os campos, fustigados pelo inverno, iniciando a primavera ao semear flores, beleza e atração entre todos os seres. À direita da obra encontramos três figuras. O primeiro, um ser esverdeado, Zéfiro, personificação do vento oeste, abraça a bela ninfa Cloris. Botticelli a representa em sua metamorfose, quando se transformava em Flora, a figura com vestido florido que cumpre sua função de adornar o mundo com flores. Sobre a cabeça de Vênus está o Cupido, seu filho, de olhos vendados, apontando a seta do amor em direção às três figuras que representam as Graças (Aglaia, Talia e Eufrónsina), símbolos da sensualidade, da beleza e da castidade. Mais à esquerda encontra-se Hermes dissipando as nuvens, fechando esse ciclo mitológico. Para a filosofia platônica, esse ciclo é a ligação ininterrupta entre o mundo e Deus, e vice-versa.
O quadro é de grande formato: mede de 3,14m de largura por 2m de altura. Evidentemente, Botticelli não precisou Ter calculado cada mínimo detalhe do quadro, a posição e o tamanho de cada mão ou pé ou cabeça, mas não resta dúvida de que as principais subdivisões, e os movimentos visuais que elas determinam, foram estabelecidas antes de começar o trabalho. Diante da profusão de detalhes e ornamentos que entram nessa composição, e do sentido de unidade harmoniosa que têm, não poderia ser diferente. Conferindo essa proporção, vemos como funcionam as principais subdivisões verticais no quadro: a do lado direito serve de eixo para a figura triunfante de Flora, e a do lado esquerdo para o círculo de dança das Três Graças. Vê-se que a composição enfatiza a verticalidade, tanto nas sequencias rítmicas das figuras ou dos grupos, ou mesmo nos troncos de árvores no fundo. Mas cabe observar também a função de eixos diagonais interligando as áreas. São essas diagonais que estabelecem a movimentação visual em forma de leque, regulando as direções assim como o distanciamento e alinhamento de braços e pernas. Apesar do formato monumental, o quadro é de grande delicadeza e musicalidade.
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