Oi Estou Legal :D

O contexto histórico (considerando aqui as implicações e influências relacionadas a Igreja, os modos de relações capitalistas de ação e reprodução da realidade vigente), se estabelece no bojo da formação acadêmica do Serviço Social na América Latina. Bem como, nas reproduções sociais inerentes aos indivíduos e instituições envoltos neste contexto.

O autor explana criticamente sobre a “função concreta que o Serviço Social desempenha nas relações sociais entre as classes” e “qual o papel da Igreja durante o período da gênese da profissão” (pg. 44), no seu surgimento acadêmico e profissional na América Latina. Sem deixar de pontuar as relações de produção capitalistas que historicamente reproduzem novos e velhos comportamentos sociais.

O processo de acumulação capitalista tornou-se o eixo central de controle e resistência. Se de um lado ele solidifica o Estado e as instituições de controle social, de outro ele se estabelece como formas de resistência e de lutas de classes. Ambos os eixos caracterizam-se em seus propósitos hegemônicos, entretanto com distintas implicações e propósitos. Dentro deste contexto a classe operaria passa a oferecer resistência as mais diversas formas de exploração estabelecidas entre a relação Capital e trabalho.

A subordinação da força de trabalho ao capital traz consigo um complexo de fenômenos que, aos olhos dos pensadores do Serviço Social, apareciam como disfuncionalidades, a serem corrigidas mediante a utilização de recursos técnicos nos quais, supostamente, estava o remédio para os males sociais. (CASTRO, 1989, pg. 41)

Diante desta caracterização histórica o surgimento das primeiras escolas de Serviço Social na América Latina estabelece mudanças no bojo profissional enquanto profissão estabelecida através de formação universitária específica, entretanto, ainda impregnada por interesses de instâncias de organização do poder político. Com destaque para a Igreja católica e seus preceitos morais, comportamentais, disciplinadores e norteadores de valores e por consequência, de ações.

Vale destacar que o período que antecede a inserção universitária do Serviço Social esteve configurado explicitamente por práticas assistencialistas de cunho católico e de controle social do Estado, não que o fato de nível acadêmico tenha rompido totalmente e de imediato essa prática, apenas passa a explanar um novo momento histórico que em ultima instância deu origem a questionamentos que posteriormente eclodiram em novas práticas. “Afinal, que tipo de relação existe as exigências e as necessidades sociais e a institucionalização Universitária do Serviço Social”? (Pag. 45)

A legitimação da classe dominante perpassa e está atravessada pelas lutas populares, o controle destas classes mantém a ordem Estatal e burguesa de dominação. As estratégias de manipulação popular impulsionam e permitem a derivação profissional num contexto que facilita a reprodução do capital. Haja visto que o descontentamento da classe operária coloca em discussão a dominação da burguesia, essencialmente quando estes organizam-se contra as mais diversas formas de exploração do trabalho e reivindicam a redução da jornada de trabalho. Quando o capital passa a ser ameaçado, torna-se necessário a aplicação de mecanismos que controle, mas que se estabeleça, enquanto conquista para a classe dominada. Neste contexto surgem novos critérios para a profissão. O caráter meramente caritativo embutido pela doutrina cristã não mais dava conta das mais diversas formas de mercantilização da força do trabalho, visto que o consumo, as formas de vidas e a transação do salário poderiam subsidiar os interesses do capital.

Sabe-se que as condições de trabalho, seja manual ou intelectual, caracterizam determinadas condições de relações sociais e por conseqüência, novas transformações e mudanças sociais. O que estabelecia a necessidades