Pintores Viajantes
Ensaios: Pintores Viajantes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jullieny • 17/9/2013 • 328 Palavras (2 Páginas) • 515 Visualizações
Viagem à Terra do Brasil
Jean de Lery
(1534 - 1611)
Jean de Lery nasceu em Margelle-Saint-Seine, na Borgonha, no ano de 1534, falecendo em Berna em 1611. Foi um apaixonado pela religião reformada, fazendo parte do grupo que em Genebra rodeava Calvino.
Depois da sua aventura no Brasil, onde foi vítima da apostasia de Villegaignon, esteve ainda em Sancerre, por ocasião do cerco dessa cidade e escreveu-lhe a história.
Saint Hilaire o apelidou de "Montaigne dos viajantes", e não errou pois é de louvar em Lery a sua fidelidade informativa e o cuidado que tinha em respeitar versões alheias. Só perde a calma (e nisto desmontanhiza-se) quando penetra em assunto de religião. Aí paga com rancor e ódio, o ódio que os católicos votavam aos neo-protestantes.
A vinda da Corte portuguesa, no começo do século XIX, proporcionou a abertura do país para o mundo, tanto por meio do comércio de produtos - agora sem a intermediação da metrópole -, como pela presença de viajantes, naturalistas e artistas, vindos principalmente da Europa. Um desses artistas foi o francês Jean-Baptiste Debret, que nos seus desenhos e nas suas pinturas retratou o dia-a-dia do Brasil naquele momento. Seu álbum intitulado Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, apresentado em três volumes, reúne desenhos com valiosas anotações feitas pelo próprio artista a respeito do cotidiano da sociedade brasileira, particularmente a do Rio de Janeiro. Essa obra foi a matéria-prima utilizada por Raymundo Campos na confecção do mais novo volume da coleção O olhar estrangeiro, intitulado Debret: cenas de uma sociedade escravista. Privilegiando temas como a escravidão e o trabalho livre, os segmentos sociais e a condição feminina, o livro apresenta imagens sobre o passado do Brasil que, dada a diversidade de situações em que ainda hoje são utilizadas, já foram incorporadas à memória nacional. Debret: cenas de uma sociedade escravista é um material precioso, uma excelente fonte de pesquisa para o conhecimento do país no início do século XIX, um período particularmente criativo da nossa história.
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