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Poesia e fábula eleições

Por:   •  30/10/2018  •  Ensaio  •  494 Palavras (2 Páginas)  •  334 Visualizações

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IFSC – Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Jaraguá do Sul

Aluno: André Jordí Volkmann

Data: 25/10/2000                                                7ª fase

Unidade Curricular: Filosofia VII

Professor: Cleyton Murilo Ribas

Nada importa

Não interessa se ele é machista

Se é homofóbico ou racista

Nada disso importa não

Nossa luta é contra a corrupção

E ele não é corrupto, ora pois

Eu sou o seu caixa dois

Vamos matar esses ladrões

Sem respeitar outras opiniões

Tantos anos sem fazer nada

E a pessoa que sofre calada

É uma comunista delirante

Com o país estou insatisfeito

Mas eu não tenho preconceito

Sou só um idiota ignorante

O galo radical

Era dia de eleição no galinheiro.

De um lado havia a galinha Ptadinha que há anos estava no poder, ela vinha tentando diminuir os atentados de raposas, porém sem grande sucesso. Ao mesmo tempo, ela se aproveitava da ingenuidade de seu povo. Sim, ela ajudava os mais pobres a sobreviverem e chegou a melhorar a vida de muitos galos e galinhas, mas ao mesmo tempo roubava milho de todos. Uma verdadeira facada nas costas.

Assim, seu oponente, o galo Cocónaro, se aproveitou da situação. Mesmo sem ter ideias concretas e com diversas opiniões controversas e preconceituosas de como o galinheiro deveria ser, conseguiu se candidatar. Ele sozinho seria o herói. As galinhas e galos que possuíam alguma diferença de opinião deveriam ser chutadas para fora, para os galinheiros vizinhos que estavam no caos.

        De início, o galo até foi tratado como piada, porém ganhou força com o tempo já que cada vez mais boatos da galinha surgiam a acusando de diversas coisas que não havia feito. Ptadinha era corrupta, mas estava longe de querer aplicar a mesma ideologia dos galinheiros vizinhos como os boatos apontavam e também respeitava todas as diferenças de seu povo, diferentemente do galo.

        Outros candidatos tentaram tomar o lugar da galinha. Pessoas que não eram perfeitas, mas eram menos radicais que Cocónaro e poderiam proporcionar uma mudança positiva. Mas já era tarde, Cocó havia conseguido seu espaço e as pessoas acreditavam que era o único capaz de tirar a galinha do poder. Mal sabiam seus eleitores que era o próprio Cocónaro que criava os boatos e pagava milho a outros para espalhar.

        Assim, o galo venceu a eleição, ele não tinha capacidade de fato de ser violento para com seu povo. Mas muitos de seus eleitores compraram a ideia e o galinheiro virou um caos diferente dos vizinhos apenas em ideologia. Um certo dia, em meio ao caos, a porta do galinheiro, que já não era mais protegida devido aos problemas internos, explodiu

        As raposas, que tanto Cocó havia atacado, invadiram com tudo.

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