Preparação para se constituir um Teatro , Artigo
Por: Felipe Moreira • 18/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.309 Palavras (6 Páginas) • 243 Visualizações
Líder: Não importa, o carnaval esta chegando e vamos atrair muitos jovens para as micaretas. Vamos influenciá-los para que bebam álcool,e façam o que não se deve fazer!Em breve eles estarão fora do caminho do amor e da caridade então irão para vir para o nosso lado.
Rabicó: Meu líder, sinto-lhe informar que os jovens não iram para as micaretas no carnaval. Todos os jovens da mocidade foram para um encontro,onde eles irão encontrar outros jovens iguais a eles,de outras mocidades.
Líder fica pensativo.
Líder: Um encontro?Que encontro?
Rabicó: O Folia de Luz!E informo-lhe que alguns de nossos espíritos rebeldes se encontram presente nesse evento também e agora assim como os jovens, esses espíritos estão dançando Foliou e distribuindo abraços grátis! (fala animado, mas percebe a irritação do líder e volta ao tom sombrio e diz:) lamentável.
Narrador: Nesse momento a menina narizinho reconhece aquele porquinho e cutuca Emília, Pedrinho e Visconde.
Narizinho: Olhem, é o Rabicó, o porquinho lá do Sitio que morreu mês passado.
Emília: Essa não vai ficar barato. Rabicó seu porco porcaria, porque você está de conversa com esse cara de coruja seca?
Rabicó: Nossa Dona Emília, Não é uma questão de escolha, quando eu morri vim parar por aqui e estava com muita, muitíssima fome. Então ele disse que poderia me dar umas gostosuras se eu o servisse... e aqui eu estou.
Pedrinho: E quanta comida ele já te deu?
Rabicó: Até agora... nada! Nós só comemos essa grama seca.
Visconde: Isso é claro Rabicó, no plano espiritual a alimentação acorre de modo diferente, não tem comida como lá no sitio.
Rabicó: Será que não tem mesmo? (cogita a ideia, mas refuta) Claro que tem. (sai de cena)
O líder sem saber muito que fazer começa a chorar e ao mesmo tempo gritar:
Líder: Porque eles me abandonam! Por quê? Por quê?
Emília: Porque você é muito chato seu cara de coruja seca!-Falou Emilia em tom provocativo.
Líder: O que você falou sua boneca remendada?
Emília: Isso mesmo que você escutou! Ninguém gosta de ficar perto de alguém chato como você. Uma pessoa com o coração amargurado e cheio de egoísmo.
Rabicó: Chefe eu estou pensando... e pode ser que as crianças tenham razão, quer dizer aqui nós só sofremos e sempre estamos nos dando mal nas nossas investidas. E nem comer umas gostosuras podemos.
Líder: Fique quieto Rabicó! Ela é uma boneca de pano, cheio de remendos. Nem se quer tem um coração! Como pode querer saber e falar de sentimentos?!
Emília: Pois saiba que é uma grande mentira falar que eu não tenho coração! Tenho sim, um lindo coração! Só que ele não é de banana. Coisinha pouca não me impressiona. Mas meu coração doe quando vê uma injustiça, doe tanto que eu estou convencida que o maior mal desse mundo é amargura do coração.
Emília: Tudo no Sitio corre como num sonho. A criançada só cuida de duas coisas, brincar e aprender. Dona Benta e Tia Anastácia só cuidam de ensinar o que saber e de cuidar de tudo e a tempo. Dona Benta como é maravilhosa, só de me aturar quanto num vale? O que eu mais gosto nela é o seu modo ensinar de explicar qualquer coisa. A Tia Anastácia não sabe nada dos livros, mas nas coisas praticas da vida é uma verdadeira professora, para um tempero, um bolinho, um remendo no meu pé, lavar e passar é uma danada!Eu vivo lhe dizendo desaforos, mas não é coração não, eu a adoro. Também gosto muito da Narizinho. Do Pedrinho, como é corajoso. E o Visconde o mais inteligente dos sabugos de milhos. Somos uma família feliz e por isso precisamos voltar pro sitio.
Narrador: As palavras da pobre bonequinha de pano foram verdadeiramente tocantes, não teve uma sequer pessoa ou sabugo que não derramou ao menos uma lagrima. Até Pedrinho que se fazia de durão desandou a chorar. O líder pegou-se a pensar também em sua família, lembrou-se do amor da sua mãezinha e como ele a amava. Naquele momento ele se sentou envergonhado, o que pensaria dele sua tão amável mãe? O discurso de Emília foi à conta para que o Líder dos malvados se cansasse de suas malvadezas que só machucavam o coração das pessoas, mas principalmente machucava o seu coração. Foi então que olhou para seu secretario e ordenou que buscasse o saquinho com o pó de pirlimpimpim, que havia sido confiscado. E disse:
Líder: Confesso! Sempre quis ser assim, feliz! Sempre tive a vontade de dançar foliou com os jovens alegres da mocidade
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