Primeira Guerra Mundial Historia da Arte
Por: Isabelle Louise Cechinato • 14/12/2016 • Seminário • 1.422 Palavras (6 Páginas) • 741 Visualizações
Centro Universitário UNINTER
Angélica Morais
Isabelle Cechinato
Laci Farias
Leticia Filipak
Paola Guari
Surrealismo
História da Arte
Curitiba
2016
ÍNDICE
Surrealismo 3
ARTES PLÁTICAS4
CINEMA7
FOTOFRAFIA7
NO BRASIL8
BIBLIOGRAFIA10
SURREALISMO
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, entre os anos de 1914 a 1928, houve um período de instabilidade política, social e principalmente ideológica, neste período tudo era muito incerto inclusive a paz. As incertezas da população resultaram em questionamentos sobre os valores tradicionais tão reconhecidos pelos europeus, e do meio artístico novas formas de representar a realidade fragilizada em que viviam.
Neste contexto surgem várias manifestações que tentavam se expressar diante do mundo marcado por guerras e batalhas. Um desses movimentos foi o Dadaísmo, em 1916, que tinha como premissa renegar a lógica, organização e racionalidade, o que tornou a arte mais espontânea e liberta.
Na década de 1920, inspirado pelos conceitos dadaístas e teorias do psicanalista Sigmund Freud, o surrealismo, movimento que queria estar acima da realidade, ganhou forma na França e rapidamente repercutiu mundialmente. Artistas anteriormente dadaístas logo aderiram a nova forma de expressão empregando em suas produções impulsos subconscientes, combinações representativas, peças abstratas e a escrita automática “sem sentido”.
Um nome que se destacou bastante na época foi o de André Breton, considerado fundador do surrealismo com seus Manifestos Surrealistas (sequencia de livros de romance e poesia) de 1924 a 1929, que criticavam a forma acomodada que a arte, literatura e governo parisiense se apresentavam.
“Ao contrário, a atitude realista, inspirada no positivismo, de São Tomás a Anatole France, parece-me hostil a todo impulso de liberação intelectual e moral. Tenho-lhe horror, por ser feita de mediocridade, ódio e insípida presunção. É ela a geradora hoje em dia desses livros ridículos, dessas peças insultuosas. Fortifica-se incessantemente nos jornais , e põe em xeque a ciência, a arte, ao aplicar-se em bajular a opinião nos seus critérios mais baixos; a clareza vizinha da tolice, a vida dos cães. Ressente-se com isso a atividade dos melhores espíritos; a lei do menor esforço afinal se impõe a eles como aos outros. Consequência divertida deste estado de coisas, em literatura, é a abundância dos romances. Cada um contribui com sua pequena “observação”. Por necessidade de depuração o sr. Paul Valéry propunha recentemente fazer antologia do maior número possível de começos de romances cuja insensatez ele muito esperava. Os mais famosos autores seriam chamados a participar. Tal ideia dignificava também Paul Valéry, que, não há muito, a propósito dos romances, me garantia que, ele, sempre se recusaria a escrever: “A marquesa saiu às cinco horas.” Mas cumpriu ele a sua palavra?
Algumas das obras de Breton foram: Montepio; Os Campos Magnéticos; Manifesto do Surrealismo; Por uma Arte Revolucionária Independente; Clair de Terre; Nadja; Os Passos Perdidos; O Amor Louco. Autor do Manifesto Surrealista e responsável por colocar o movimento em todos os domínios da arte: da pintura à literatura. Incentivou o surrealismo com exposições e revistas que falavam sobre o movimento, como a La Révolution Surréaliste e a Littérature.
Alfred Jarry é outro nome que se tornou conhecido durante o movimento literário surrealista. Jarry inventou a Platifísica, descontruindo o real e sugerindo uma ciência com soluções imaginárias voltado para o lado cômico. Em uma de suas obras mais famosas “Ubu Roi”, ele confronta a plateia burguesa encarnando a maldade característica dessa classe social.
Guillaume Apollinaire, foi um escritor crítico das artes e criador da palavra surrealismo, uma característica marcante de sua escrita era a falta de pontuação. Algumas de suas obras foram: As Mamas de Tirésias, O Bestiário ou o Cortejo de Orfeu, O Espírito Novo e os Poetas, Calligrammes, Álcoois e Os Pintores Cubistas. sem pontuação uma característica marcante.
Outras personalidades estão presentes neste período:
- Paul Éluard: No defeito do silêncio; Imaculada Concepção; Capital da dor; Amor e Poesia; A Vitória de Guernica; Liberté; Do horizonte de um homem ao horizonte de todos; Poemas Políticos; O Phoenix.
- Louis Aragon: Le Paysan de Paris; Feu de Joie; Le Panorama; Le Libertinage; Le Mouvement Perpétuel; Le Front Rouge; Le Crève-cöur.
- Jacques Prévert: Paroles; Histoires et autres histoires; Fatras; Grand Bal du printemps.
- Murilo Mendes: Poesia em Pânico; O Visionário; As Metamorfoses; Mundo Enigma; Contemplação de Ouro Preto; Poesias; A Idade do Serrote.
LITERATURA
Na literatura dita surrealista, as palavras deveriam ser escritas conforme viessem ao pensamento sem seguir nenhuma estrutura coerente. Os escritores dessa época eram inovadores, rejeitaram a forma do romance e da poesia que eram representados pelos valores sociais da época. Em suas poesias e textos o que predominava era a liberdade, a livre associação de ideias, frases montadas com palavras recortadas de revistas e jornais e outras imagens mostravam um pouco do inconsciente, misturando a criatividade. No Brasil, só a partir de 1928 é que é possível documentar os sinais do surrealismo na literatura nacional. O livro Macunaíma, de Mário de Andrade, é um exemplo de influência que o surrealismo exerceu em nossa literatura. A aparência caótica de Macunaíma tem muito a ver com esse automatismo psíquico e a escrita “automática” dos surrealistas.
ARTES PLÁSTICAS
Nas artes plásticas a emoção do subconsciente era colocada em prática e tornava-se real e por meio da pintura tomavam forma. Salvador Dalí se tornou forte representante da primeira vertente do movimento trabalhando com a distorção e justaposição de imagens conhecidas. A obra mais conhecida de Dalí neste estilo é “A Persistência da Memória” onde aparecem relógios desenhados que parecem estar derretido.[pic 1][pic 2]
Já na segunda corrente, houve uma libertação na mentalidade dos artistas que deram maior vazão ao inconsciente, se libertando de valores racionais. O “Carnaval de Arlequim” e “A Cantora Melancólica”, são duas pinturas de Miró que representam muito bem esta vertente do surrealismo. Joan Miró e Max Ernst representam muito bem esta corrente que tinha como características telas com formas curvas, linhas fluidas e com muitas cores.[pic 3][pic 4]
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