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Por:   •  12/1/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.449 Palavras (10 Páginas)  •  120 Visualizações

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PALHAÇOTERAPIA EM BENEFICIO A SAÚDE

Jane Vidovix Krasouki[1]

Marilene Mezz[2]

Marilene Dos P. Messias[3]

Thais Araujo Silva[4]

Vagner Santana[5]

“O palhaço nos traz bom humor para nos livrar de tanta dor.”

Denise Campos

Resumo

A inserção do palhaço no hospital é relativamente recente e dada a ênfase na integralidade do cuidado e humanização da assistência à saúde é necessário compreender e analisar a produção do conhecimento científico sobre a prática da palhaçoterapia. Prática essa que desafia o modelo hegemônico de cuidado e que potencialmente contribui na recuperação da saúde, como respostas fisiológicas, comportamentais e emocionais; ansiedade pré-operatória em crianças e adultos. Apesar da baixa representatividade do tema no campo científico e mesmo não sendo amplamente aceita como prática de saúde, os resultados encontrados sugerem benefícios na utilização da palhaçoterapia em ambiente hospitalar.

1. INTRODUÇÃO

Com paixão, alegria e humor são essenciais para construir uma sociedade saudável e pacifica e em geral, os doutores da alegria provem uma forma complementar de auxiliar no cuidado a saúde ao usar técnicas como música, malabares, improviso, mágica, contação de histórias e fantoches para entreter as crianças e adolescentes em hospitais. Os doutores da alegria ajudam a criar um estado emocional positivo e um ambiente que promove interação entre os pais e as crianças a adotarem uma atitude positiva de esperança. Com um alto nível de adaptação, sensibilidade e atenção os doutores da alegria adaptam suas ferramentas de acordo com cada paciente, situação e condição médica.
Usando o ditado de “que rir é o melhor remédio”, o poder curativo do humor é usado pelos doutores da alegria a lidar com as necessidades psicossociais dos pacientes apoiando a expressão emocional empoderamento.

No Brasil, Wellington Nogueira, após conhecer a iniciativa Big Apple Circus Clown Care Unit em Nova York em 1984, fundada pelo ator Michael Christensen, fundou o Doutores da Alegria em São Paulo em 1991. A palhaçoterapia continua crescendo em muitos países, bem como estudos sobre humor, brincadeira e os benefícios da risada.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Este estudo tem por base artigos científicos previamente publicados, devido à escassez de autores nesse segmento principalmente pelo fato de não haver aceitação unanime por parte do corpo médico, em relação a eficácia da palhaçoterapia, na melhora do quadro de saúde dos pacientes.

Neste contexto, o principal objetivo deste estudo é, pois, conhecer as diferentes maneiras de utilizar o bom humor, o riso, no ambiente hospitalar, como forma de cuidado complementar ao tratamento biomédico e como meio de aprimoramento na relação médico-paciente.

Para alcançar os objetivos propostos desse estudo utilizou-se a pesquisa qualitativa com características de pesquisas bibliográfica, realizada a partir da análise pormenorizada de materiais já publicados na literatura e artigos científicos divulgados no meio eletrônico que segundo Vergara (2010) algumas das características principais desse tipo de pesquisa, se dividem em dois critérios: quanto aos fins e quanto aos meios da investigação.

Quanto aos fins, a pesquisa referente à dissertação foi exploratória, que Vergara (2010) descreve como uma pesquisa que pode ser realizada em área com pouco conhecimento acumulado e sintetizado, pois o tema “palhaçoterapia” possui pouca literatura disponível.

Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, descrita por Vergara (2010) como estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral.

Quanto aos procedimentos técnicos Gil (2008) afirma que uma Pesquisa Bibliográfica e Documental é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos e de análise de documental, quando se analisa relatórios e documentos de instituições.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Rir de acordo com o dicionário online de língua portuguesa, se define como “contrair os músculos faciais por alegria, por achar algo engraçado”.

Para Miyashiro e Luiz (2007), A definição do riso a princípio parece ser algo simples, mas não é. Até mesmo os especialistas que estudam o assunto encontram ainda dificuldade de arranjar uma definição. Afinal, rimos em tantas situações diferentes e com tanta frequência que em cada uma delas o riso poderia ter uma definição.

Holden, no seu livro Rir ainda é o melhor remédio, diz: “Rir é uma forma de energia barata, econômica, que não polui o ambiente e que pode ativar e animar nossa constituição física” (2005).

Masetti (2003) assinala que para Espinosa, filósofo holandês do século XVII, a força dos encontros está quando há uma interação entre um corpo e outro, entre as ideias, e assim esse encontro pode formar um corpo mais potente, ou tirar um pouco dessa potência de agir do outro.

Os efeitos dessa troca geram paixões, alegres ou tristes; isso vai depender da troca. Quando uma paixão é alegre, ela aumenta o nosso poder de ação, aumenta a nossa potência. Já quando ela é triste, ameaça a nossa coerência e diminui a nossa energia (MIYASHIRO, LUIZ, 2007).

Fisiologicamente o riso aciona e provoca a formação e a liberação de hormônios, como a endorfina, serotonina, dopamina e ocitocina, aqueles mesmo que são processados durante exercícios físicos ou até mesmo em leves caminhadas ao ar livre. Essas substâncias já foram denominadas de “hormônios da alegria e da felicidade” ou então “quarteto felicidade”, por gerarem grande bem-estar (SANTOS et al., 2017).

Segundo Lambert (1999), o riso relaxa o corpo e a mente, fortalece as defesas orgânicas, melhora a circulação e a pressão arterial e libera ‘endorfinas’, que promovem uma sensação de bem-estar geral.

Assim, para Miyashiro e Luiz (2007), como já foi citado, o riso fortifica o sistema imunológico, estimula funções cardiovasculares e libera endorfinas, substâncias que aliviam a dor. Quando rimos, estamos não só melhorando no aspecto emocional, mas também no físico, mental e espiritual.

Portanto de acordo Lambert (1999) citado por Miyashiro (2007), nos mostra um pouco da história, assinalando que Hipócrates, considerado o pai da medicina, durante o século IV a.C., já utilizava animações e brincadeiras na recuperação de pacientes. Graças a sua teoria, a influência dos afetos sobre o organismo foi incorporada à medicina já no início do século XII.

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