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Prática como Componente Curricular (PCC)

Por:   •  2/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.166 Palavras (5 Páginas)  •  548 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Filosofia da Educação

Prática como Componente Curricular (PCC)

Enos Micael Nogueira dos Santos

(20200276956)

Camaçari – BA 2020

 INTRODUÇÃO

Este relatório tem como objetivo apresentar a proposta de Prática como Componente Curricular.

Professora entrevistada Deise Luz do Espírito Santo, Licenciada em Ciências Sociais-Ufba.

Leciona no Colégio Estadual José de Freitas Mascarenhas.

 OBJETIVO

Refletir sobre as relações de aprendizado mostradas em aula, utilizando os conhecimentos aprendidos nas aulas de Filosofia da Educação, buscando entender a realidade escolar de um ângulo mais crítico, com base na entrevista à Deise Luz.

 ENTREVISTA

⦁ Para você, o que é ensinar?

“Para mim ensinar é facilitar o caminho entre o indivíduo e o conhecimento, é apresentar possibilidades de interpretação do mundo e promover mediação entre os estudantes e as teorias e saberes diversos. Crescemos - pelo menos com a minha geração foi assim - com uma visão muito tradicional do que é educar e ensinar, e isso nos propiciou uma ideia engessada do professor como o detentor de todo conhecimento, com o papel de transmitir o que sabe, numa perspectiva unilateral, que não implica em trocas. Essa visão precisa ser (e já foi bastante) superada porque coloca o professor como sujeito acabado - o que não somos - e o estudantes como sujeitos passivos, o que eles não são. Apesar da minha formação, no passado, ter se dado sob essa perspectiva engessada, aprendi na Universidade, e a partir de outras referências, a exemplo de Paulo Freire, o quanto esta lógica precisa ser revista, e é o que eu procuro usar como base da minha atuação profissional.“

⦁ Como você escolhe seus procedimentos de ensino?

“Pensando no público que tenho diante de mim. No caso da Sociologia, que é a minha disciplina, não adianta de nada eu ficar apenas em abstrações e teorias, sem tentar traze-las para o universo dos meus alunos e alunas. É preciso tentar aproximar o máximo possível o que queremos comunicar de suas vidas, referências e compreensões de mundo. Então, a partir disso, eu tento pensar no que vou falar, nos exemplos que vou levar, nos materiais didáticos que vou usar. Nós, professores, estamos sempre procurando formas de atingir o nosso público, "falar a sua língua", porque é a partir do momento que o que dissemos para eles faz, de fato, sentido que a educação atinge a sua melhor forma. Procuro também uma linguagem que seja acessível, clara, e tento não ser enfadonha.”

⦁ Você se baseia em algum Teórico? Qual? Como?

“Em vários. Em qualquer disciplina sempre nos apoiaremos em teóricos, porque esta é a forma como a ciência foi e é construída, e o conhecimento deles precisa ser comunicado. Nas ciências humanas acredito que força e a presença da teoria fique ainda mais evidente nas aulas. Estamos sempre trazendo os nomes de alguns autores. No entanto, precisamos lembrar e alertar aos alunos que a ciência, historicamente, se faz a partir de uma construção que passa pela negação, questionamento e superação entre autores e teorias diferentes. É preciso frisar isso para que o estudante não fique com a impressão equivocada de que apenas a visão de um determinado teórico está correta. É preciso apontar a diversidade teórica de que somos cercados, possibilitando que o aluno construa seu próprio referencial. No caso da sociologia alguns teóricos clássicos que usamos bastante são Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber.”

⦁ Como acontecem as relações interpessoais em sua sala de aula? E como você trabalha os conflitos?

“De formas bastante variadas. Temos salas mais tranquilas, outras com maior hostilidade entre os estudantes. Algumas possuem mais grupos demarcados e conflitos, outras não. O conflito estará sempre presente em alguma medida porque isso é parte da convivência humana e, em se tratando de adolescentes, sabemos

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