REVISITANDO A HISTÓRIA E PROJETANDO PERSPECTIVAS FUTURAS
Por: bramerxxt • 3/6/2020 • Relatório de pesquisa • 3.001 Palavras (13 Páginas) • 311 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Artes Visuais
História da Educação CEL01334
REVISITANDO A HISTÓRIA E PROJETANDO PERSPECTIVAS FUTURAS
EDUARDO ANTONIO DA SILVA FERREIRA - 202004177443
01/05/2020
JUIZ DE FORA – 2020
OBJETIVO
Analisar os modelos educacionais na história e sua contribuição para formação dos sujeitos e das sociedades
Reconhecer a importância do diálogo entre história e pedagogia
Mostrar as contribuições dos povos e fatos históricos na constituição dos modelos de formação do sujeito e na instituição do conhecimento
INTRODUÇÃO TEÓRICA
O presente relatório tem como objetivo refletir sobre os fatos e processos ocorrido ao longo da História da Educação, buscando relacionar a forma como os cenários Históricos e Educacionais influenciam diretamente nos processos de formação. Buscando também destacar a importância dos diferentes momentos vividos pelo Brasil, passando pelas modificações sofridas ao longo dos anos, até chegar no sistema de ensino atual e analisar as perspectivas futuras para a educação do país, levando em conta as necessidades atuais da sociedade.
Na metade do ano de 1970, se deu a passagem da História da Pedagogia para a História da Educação, como afirma Cambi:
Desenvolveu-se assim um modo radicalmente novo de fazer história de eventos pedagógico-educativos, que rompeu com o modelo teoreticista, unitário e “continuísta” do passado, fortemente ideológico, para dar vida a uma pesquisa mais problemática e pluralista. (Cambi, 1999, p. 24)
Segundo Nóvoa, essa mudança permite que o educador tenha uma compreensão do passado da profissão e com isso consiga aumentar as suas possibilidades e escolhas pedagógicas, desenvolvendo a sua capacidade de compreender que a educação tem um papel muito importante na sociedade, o que pode transformar a razão da pratica de cada professor.
A TRADIÇÃO ORAL
A educação é apresentada de formas diferentes nos diversos grupos sociais, sendo levado em consideração as suas organizações econômicas e políticas. Portanto, é incorreta afirmar que as sociedades tribais possuíam um único modelo de educação, visto que dentro dos diferentes grupos sociais existem conhecimentos variados. As sociedades tribais recebem um tratamento com “inferior” muito por causa da sua falta de escrita, porém as suas tradições orais são ricas dentro da sua realidade, esses grupos estão muito ligados ao meio ambiente e as formas de sobrevivência na natureza, então todos os seus pensamentos giram em torno disso. Visando a compreensão do mundo, eles acabam por criar um conjunto de elementos e objetos, resultando assim em uma cultura.
As sociedades tribais, tem os mitos e os ritos como forma de narrativa sobre a origem do universo, e essas narrativas são compartilhadas entre os membros da sociedade. Os mitos e os ritos são transmitidos oralmente, as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos, isso ocorre tanto no cotidiano quanto nos rituais e não existe alguém destinado a ensinar. E isso acontece nas tribos de todo o mundo.
A ORIGEM DA ESCOLA OCIDENTAL
Antigamente a Grécia não era um Estado centralizado, como atualmente. O território grego era dividido em cidades-estados, chamadas de polis, porem era mantida uma região cultural chamada Hélade. Nessa unidade era compartilhada a língua e a crença nos deuses, inicialmente de forma oral. Cada polis possuía sua particularidade, mas também traços comuns, que eram referenciados por Atenas. A formação do homem, do seu espirito e alma, para a formação da integralidade quanto sociedade, isso é traduzido pelo termo Paidéia que pode significar ao mesmo tempo civilização, cultura e tradição.
Em Atenas a educação era voltada para preparar os cidadãos pertencentes da elite para os cargos políticos, ou seja, educar as pessoas para saberem se expressar oralmente e convencer seus ouvintes através do diálogo. As mulheres eram educadas para realizarem os afazeres domésticos. E os mais pobres a educação era destinada para o treinamento do trabalho que será exercido por toda a vida.
Em Esparta, a educação era voltada para a preparação dos futuros soldados, era focado no desenvolvimento das habilidades físicas que formassem um bom guerreiro, exercitando as virtudes necessárias para a guerra. As meninas apesar de não irem para a guerra, faziam treinamentos físicos para que pudessem gerar um filho sadio e futuro guerreiro.
No século Vl a. C, com Pitágoras ocorre o nascimento do centro privado de educação que a valoriza a Paidéia. Em Atenas, com Sólon, ganha força a escola de cultura e educação física aberta para todos os cidadãos e controlada pelo Estado. Aristóteles defende a gramática, a ginástica, a música e o desenho na escola, excluindo na educação dos sujeitos livres toda disciplina voltada ao exercício profissional e no fim do século IV a.C. defende na sua obra "Política", a escola pública. A escola grega no século V a.C. é o ginásio, centro de cultura física e intelectual, presente nas cidades do Oriente mediterrâneo, conquistadas por Alexandre, o Grande.
EDUCAÇÃO EM ROMA
A sociedade romana ofereceu certa resistência em relação aos métodos de ensino Helenístico, tendo sido mantida a tradição de a educação ter a finalidade pratica e social. Sendo passada para as crianças apenas com o intuito de aprenderem a ser soldados ou agricultores. Nesse período as tradições pátrias tiveram um peso maior, sendo responsabilidade do pater familias, ou seja, era função do pai ser o primeiro educador. As mães romanas tinham o direito sobre a educação dos filhos na primeira infância, sendo responsabilidade delas lhes ensinar a falar e escrever, tendo assim uma autonomia muito maior do que na Grécia.
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