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Renascimento

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Por:   •  28/10/2013  •  Seminário  •  1.357 Palavras (6 Páginas)  •  377 Visualizações

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“Renascimento”

O renascimento exigia ao mesmo tempo:

. fidelidade à natureza e beleza sem perceber nisso a menor contradição;

. cada obra deve confrontar-se com a realidade, seja para corrigi-la, seja para imitá-la.

O renascimento era contrário a “imitação dos mestres” não só pela falta de ideias do imitador, mas porque simplesmente a natureza é muito mais rica que os obras dos pintores.

Essa dupla exigência que buscava imitar a realidade e “corrigi-la” confrontava-se com as tradições do atelier, pois dispensava o artista de explicar-se diante da natureza, porém estas foram substituídas pela teoria da arte.

Embora esta se apoie sobre antigos fundamentos, no seu conjunto constitui uma disciplina especificamente moderna pois não responde mais à questão:

.“Como se faz isso?” mas sim:

.“O que se pode fazer e, sobretudo, o que se deve saber para ser capaz, dada a circunstância, de enfrentar a natureza com armas iguais?”

As concepções artísticas do Renascimento se opõem às da Idade Média, pois:

.arrancam o objeto do mundo interior da representação subjetiva e o situam num “mundo interior” solidamente estabelecido.

.dispõem entre o sujeito e o objeto (como o faz na prática a “perspectiva”) uma distância que ao mesmo retifica o objeto e personifica o sujeito.

Os objetivos dessa teoria da arte eram primeiramente práticos e em segundo lugar históricos e apologéticos, mas nunca especulativos, ou seja, pretendia tornar se superior em relação à antiguidade de grego romana e também fornecer regras firmemente e cientificamente fundadas.

Porém só atingia esse objetivo importante com a condição de pressupor, para além do sujeito e do objeto, a existência de um sistema de leis universais e válidas incondicionalmente, do qual as regras da arte seriam deduzidas e cujo conhecimento constituiria a tarefa específica da teoria da arte.

Essa disciplina nova acreditava que podia formular as exigências de exatidão e beleza, também indicar e trilhar o caminho de sua realização. O artista deveria respeitar as leis da percepção, anatomia, das teorias psicológica e fisiológica do movimento e as de fisiognomonia psicológica.

Beleza →fruto da escolha de uma bela invenção, concebida com harmonia racionalmente determinada, das cores, das qualidades e relações entre os volumes.

Teoria das proporções →mostrava a importância de saber como determinar essa harmonia e o prazer que dela resulta. Se não se apoiavam nas leis fundamentais da matemática ou da música referiam-se às declarações de veneráveis autoridades. Deveria surgir uma espécie de norma opondo-se ao critério de gosto puramente individual.

O pensamento do renascimento considerava que →o ser e o comportamento do sujeito e do objeto eram regidos por regras que tinham ou uma validade a priori, ou um fundamento empírico.

Beleza...

Segundo Platino →semelhança evidente dos corpos com as ideias ou como um triunfo da razão sobre a matéria.

Segundo Alberti→ a beleza consiste numa harmonia e num acordo das partes com o todo, segundo determinações de números, de proporcionalidade e de ordem, tais como exige a “harmonia”, isto é, a lei absoluta e soberana da natureza.

Essência da beleza → harmonia entre as proporções e cores.

Com a influência do platonismo sobre a teoria da arte renascentista aparece a noção de ideia.

Segundo as concepções da “Academia Neoplatônica”, as ideias são realidades metafísicas →existem como “verdadeiras substâncias”, ao passo que as coisas terrestres são simplesmente suas imagens.

As impressões das ideias existem em nossa alma desde sua existência anterior e supraterrestre.

As ideias que estão inicialmente inativas e adormecidas são reanimadas pela doutrina e pelas ideias.

A ideia do belo está impressa em nosso espírito como uma fórmula, uma noção inata que nos permite reconhecer a beleza visível e de julgá-la em função de uma beleza invisível.

→Bela é a coisa que, na terra está em harmonia mais completa coma ideia de beleza e reconhecemos essa harmonia relacionando a aparência sensível à “fórmula” conservada em nós.

CONCEPÇÃO NEOPLATÔNICA E METAFÍSICA.

Rafael menciona a noção de ideia relacionada com a experiência “Para pintar uma bela mulher, eu deveria olhar mulheres mais bonitas ainda, e evidentemente com a condição de que me ajudeis nessa escolha; mas como existem tão poucas belas mulheres quanto bons juízes para decidir a respeito, sirvo-me pois de uma certa ideia que me vem ao espírito. Não posso dizer se ela contém algum valor artístico; já peno o suficiente para possuí-la.”

Rafael tinha consciência de só poder se inspirar, para fazer o retrato de uma mulher ideal, numa “representação interior”. Não atribuía valor normativo e nem origem metafísica a essa representação, defendia sua essência pela expressão: “uma certa ideia”.

Não se preocupava com o seu valor ou verdade.

Para Alberti, a ideia das belezas, que para ele conserva ainda algo de sua metafísica, depende efetivamente da “experiência” e tem por morada favorita o espírito que conhece a natureza, de preferência àquele desprovida de intuição concreta.

Mas falta ainda a afirmação de que essa ideia seria “deduzida” dos objetos da natureza.

Eis

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